A felicidade é a causa e o lucro, o efeito.
Todos nós almejamos ser felizes. Sonhamos constantemente em estarmos no ponto mais alto do pódio da prova de felicidade e tenho a firme convicção que nascemos para sermos felizes.
Se ser feliz é o que todos almejam, nunca consegui encontrar uma explicação pelo qual as empresas não utilizam este cenário para aumentar a rentabilidade. Na realidade o que encontramos é uma grande maioria de profissionais infelizes em suas atividades profissionais e consequentemente em suas vidas pessoais, provocando verdadeiras sequelas organizacionais e familiares.
Pessoas infelizes têm baixa produtividade e contaminam o clima organizacional, além de procurarem a todo custo a sua zona de conforto onde as mazelas de suas vidas não as incomodam. A infelicidade corrói a esperança, a criatividade e consequentemente a inovação.
Este assunto me instiga tanto, que venho o abordando em minhas aulas, palestras, workshops e programas de Coaching que conduzo. Muitas vezes ouço: Cleyson, isto é utopia, não funciona no mundo corporativo; Negócios são negócios, sentimentos ficam ao largo. Ouço ainda: desde que o mundo é mundo, manda quem pode e obedece quem tem juízo, mudar o status quo é apenas um sonho que não atenderá a real necessidade dos acionistas.
Não creio nisso! Eu creio que o individuo corre em busca da felicidade como a corça anseia pela agua corrente”.
Neste período de recesso de final de ano, finalmente encontrei exemplos práticos, verdadeiros cases organizacionais, no excelente livro de Marcio Fernandes, CEO de uma grande empresa de energia que aplica estes conceitos com sucesso no seu time de 4 mil colaboradores e que, não sem motivo, transformou a empresa em uma das melhores para se trabalhar, com índice recorde de satisfação maior que 99%.
A melhor maneira de aumentar a rentabilidade de uma empresa não é fazer cortes, e sim investir na qualidade do dia a dia de seus colaboradores. Márcio Fernandes (Felicidade dá Lucro, Ed Penguin)
Tenho visto inúmeros programas de retenção de talentos, processos de treinamentos muito bem elaborados e ministrados, mas que têm a mesma eficiência das palavras escritas na areia, pois se estas são varridas pela agua do mar, os processos são neutralizados em um curto espaço de tempo pelos cenários mal administrados no dia a dia.
O sucesso de uma organização é diretamente proporcional à qualidade dos líderes que possui.
Se esta afirmação for verdadeira, e tenho certeza que é, a única saída viável que vejo nestes tempos de crise é atuar no comportamento da liderança, implantando uma filosofia de trabalho que traz ao colaborador satisfação, prazer, alegria e comprometimento de fazer parte do time. Creio que isto somente acontece se ele, colaborador, sentir-se “sócio” do empreendimento o que é facilmente conseguido se dermos a ele segurança profissional, voz ativa e controle pessoal sobre suas atividades e desenvolvimento profissional.
A época em que o braço que realizava o trabalho era mais importante do que a cabeça, já passou.
Uma empresa só terá sucesso e consequentemente rentabilidade nestes tempos difíceis se seus colaboradores estiverem na função certa, fazendo o que gostam e em uma empresa que os respeita, que os escuta e principalmente atribui a ele próprio a responsabilidade da condução de sua vida, sem o falso paternalismo tão comum a que nós, brasileiros, estamos acostumados.
“As pessoas trabalham mais e melhor quando se sentem respeitadas, cuidadas e valorizadas, pois deixam de agir como funcionários e passam a ser colaboradores ” (Marcio Fernandes)
Participe da Conversa