Os estudiosos de Coaching e de Mentoring, certamente, já ouviram falar em Rob McNamara. Ele é autor de vários livros e especialista em processos de desenvolvimento de executivos, times e lideranças, incluindo até mesmo atletas olímpicos. Rob é professor da Universidade de Harvard e bastante aclamado por seus artigos. Hoje vou me reportar a um trabalho que ele publicou ao final de 2015, na Integral Leadership Review, estimulando que as pessoas sejam menos estruturadas e repetitivas, abrindo espaços à criatividade.
Começa ele comentando sobre a questão da autenticidade de uma pessoa (pessoa autêntica, definida como aquela que é íntegra, verdadeira, estável e organizada), o que é muito valorizado pelos clientes e pelos Coaches (aliás, nós sempre gostamos de externar a nossa própria autenticidade), e considerando ainda mais o quanto é importante sermos “verdadeiros com nós mesmos”. Rob afirma que a autenticidade é uma ideia intoxicante, pois nada há de mais excitante do que a busca de fazer crescer nosso eu “real e verdadeiro”.
A lealdade inquestionável de uma pessoa à sua própria autenticidade apresenta muitos desafios invisíveis, até para os Coaches mais experientes. Continuando, Rob afirma que o atributo “autenticidade” frequentemente pode ser encontrado em pessoas bem diferentes entre si. Depois, com o fluxo contínuo de desenvolvimento pessoal e profissional ao longo do tempo, essa sensação de crescimento interior sempre deverá ser acompanhada, para o que ele sugere os seguintes passos:
- Desconfie sempre dessa sua própria autenticidade e, quando de forma inconsciente você se perceber valorizando-se como um ser completamente autêntico, coloque-se como suspeito e se questione a respeito dos fatos que o fazem chegar a essa conclusão;
- Envolva-se (e talvez valha a pena sugerir o mesmo a alguns de seus clientes) em situações novas, desconfortáveis e que até podem lhe provocar ansiedade, saindo da zona de conforto. Faça outras coisas novas e de forma diferente, a ponto de se sentir estranho, descoordenado e até desajeitado. Será bom para você e pode ser muito bom para os clientes;
- Exercite-se como uma pessoa criativa. Não comece a realizar as novas atividades e ações apenas da forma como já sabe fazer, pois isso não levará ao encontro da criatividade. Mergulhe em inovadoras e diferentes formas de “fazer as coisas acontecerem”, de serem resolvidas. Quando você conquistar esse tipo de independência, irá se sentir estranho mas, provavelmente, irá se descobrir mais facilmente capturado por uma identidade individual que, além de autêntica, torna-se inerentemente criativa.
Como se pode ver, esta semana eu me envolvi e me apliquei demais ao conceito de Alétheia. Além de escrever a respeito da “verdade e realidade” no Espaço do Coach, trouxe ao espaço Dimensões do Sucesso o conceito de que ser autêntico é encontrar-se com a verdade interior e, nesse estado de bem-estar, avançar para tornar-se uma pessoa inerentemente criativa.
Como sugeriu Rob, isso vale primeiro para você mesmo, enquanto Coach e, depois, fica a sugestão de estender a prática aos seus clientes. Vamos tentar?
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