Olá!
Que bom poder falar novamente com você, meu querido leitor. Hoje quero falar de um tema que acomete dez em cada dez pessoas que trabalham em ambientes corporativos. A violência.
Não estou falando de violência física, pois esta é inaceitável em qualquer cenário das relações humanas, mas sim da violência relacional, aquela que fere ainda que esteja revestida das melhores intenções.
Um grande amigo me disse uma vez que toda a violência é resposta a um nível não administrável de frustração, ou seja, quando uma pessoa toma uma atitude violenta para com outro, na verdade, esta pessoa está frustrada consigo mesma e percebendo-se incapaz de resolver a situação, assume uma postura descontrolada, muitas das vezes, repetindo padrões de comportamento que encontrou em seu passado.
A violência corporativa possui vários formatos:
- Falta de educação;
- Falta de respeito;
- Tratamento diferenciado;
- Excesso de controle;
- Delegação extremada;
- Falta de alçada.
Certamente você já deve ter recebido algum comportamento deste ou mesmo presenciado alguém que atuou desta forma. Perceba que mesmo as atitudes mais absurdas como a falta de educação e a falta de respeito podem vir revestida de intenções positivas como “engajar as pessoas” “despertar para o desafio” e outras baboseiras. Mas de fato, trata-se de violência.
Voltando ao ponto principal, a violência é fruto de frustrações, para poder lidar com estas situações é necessário que tenhamos nosso radar ligado para identificar o tipo de frustração do nosso interlocutor e estas também possuem tipos bem específicos.
- Não sou competente;
- Assumi um compromisso que não vou cumprir;
- Não quero parecer inapto perante meus pares;
- Não me sinto respeitado em minha posição;
- Não me sinto ouvido em minhas demandas.
Tenho muitos anos de experiência neste mundo corporativo e, acredite, já fui violento com algumas pessoas e sofri outras tantas formas desta violência corporativa. A única forma de colocar as coisas em ordem foi abrir-se para a pessoa que estava à minha frente, respirar algumas vezes e procurar, sempre que possível entender o que causava a frustração.
Algumas vezes, percebi que eu mesmo era o agente provocador da frustração que se transformou em violência e voltou-se contra mim. Cármico!
Não somos responsáveis pela ação violenta dos outros, mas devemos pensar se não somos causadores das frustrações. Fique de olho e pense nisso.
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