Gostaria de compartilhar com vocês algumas ideias de Brené Brown, autora do livro “A coragem de ser imperfeito”. Li recentemente e achei muito interessante as diferenças apontadas por ela entre as pessoas plenas e as não plenas.
A autora conta de forma bem humorada como ocorreu o choque de descobrir que sua vida se encaixava perfeitamente na descrição de pessoas “não plenas” e o que fez para buscar ajuda e superar a sensação de desespero. Brené, em cada capítulo, dá sugestões de estratégias práticas para evitar a agressão e a autopiedade em nós mesmos, baseada em depoimentos que ela compilou através de uma extensa pesquisa com pessoas plenas.
Mas afinal, o que as pessoas plenas fazem de diferente? A que elas dão valor? Quais são suas maiores preocupações e como as resolvem ou enfrentam?
A pesquisa da autora fez surgir 10 pontos recorrentes na vida de pessoas plenas, e vejam só, todos eles relacionados aos fundamentos da autoestima.
São eles:
- O Cultivo da Autenticidade: É basicamente deixar de ser quem devemos ser, para sermos quem somos. Tem a ver com viver serenamente naquele que é o seu espaço;
- O Cultivo da Autocompaixão: É o abandono do perfeccionismo através da prática da gentileza com a gente mesmo;
- O Cultivo da Resiliência: É a capacidade de superar adversidades e sentir profundamente todos os sentimentos, mesmo os ruins;
- O Cultivo da Gratidão e Alegria: O importante desse capítulo é a relação que a autora faz entre a prática de gratidão e a alegria. Segundo ela, a prática da gratidão é o meio pelo qual alcançamos a alegria;
- O Cultivo da Intuição e Fé: O problema aqui é que cada vez mais vivermos em um mundo onde queremos certeza e a intuição não é valorizada. Já a fé é definida pelas pessoas plenas como: “Um lugar misterioso, onde encontramos coragem para acreditar no que não podemos ver e força para abandonar nosso medo da incerteza”;
- O Cultivo da Criatividade: Cultivar a criatividade é criar. Seja uma nova receita, escrever, pintar ou montar um look;
- O Cultivo de Brincadeiras e Descanso: Brincar aqui, tem a conotação de fazer algo que não tenha um objetivo específico, descontrair, não se preocupar só com o resultado. Nossa sociedade valoriza tanto a produtividade que muitas vezes não temos tempo de fazer coisas como brincar e descansar. Pessoas plenas sabem a hora de impor limites às cobranças da sociedade;
- O Cultivo da Calma e Tranquilidade: Cultivar calma e tranquilidade significa viver sem tornar a ansiedade um estilo de vida. Não é negar a ansiedade, e sim entender que calma e tranquilidade são aspectos que podem ser treinados;
- O Cultivo do Trabalho Significativo: Cultivar um trabalho significativo aqui é traduzido como ter uma meta, trabalhar para alcançá-la e se sentir bem por isso. Pessoas plenas conseguem observar a importância do que fazem e a complexidade de si próprias, que jamais poderia ser reduzida a uma simples profissão;
- O Cultivo do Riso, Música e Dança: Este capítulo pode ser resumido em uma frase: abrir mão do controle. Riso, música e dança são, normalmente, atividades profundamente sociais e tem o poder de nos reconectar com os outros.
Acredito que ela consegue passar seus conceitos de uma forma clara e objetiva, ferramentas para serem aplicadas no dia a dia. Assim, aperfeiçoando nossa autoestima e trabalhando nossas habilidades comportamentais, fica mais fácil de embarcarmos nesta jornada pela busca da plenitude!
ANDREA LOPES
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