A Atitude no Voo da Vida: Você está indo ou vindo?
Eu tinha apenas 18 anos de idade, quando voei de avião pela primeira vez. Na ocasião, um senhor sentou-se ao meu lado e, quando me viu curiosa e observando cada detalhe do avião, puxou assunto perguntando-me:
– Você está indo ou vindo de algum lugar?
Fiquei paralisada por alguns segundos… Acho até que o homem ficou surpreso com minha reação. Então, sorri e disse:
– Estou indo!
O motivo do meu espanto foi porque, quando eu tinha apenas 10 anos, assisti a um filme, no qual um homem sentava-se ao lado de um rapaz e fazia a mesma pergunta:
“Você está indo ou vindo?” E o rapaz dizia:
– Como disse?
– Sim, você está indo para algum lugar ou vindo de algum lugar?
O homem questionava.
Bem… Por um instante, comecei a acreditar que esta era uma abordagem bastante comum dentro de um avião. (rsrs)
Era frequente, durante a minha adolescência, ouvir histórias sobre aviões, até porque meu pai, como todo bom militar, adorava filmes de guerra, e como eu o adorava, curtia esse tempo com ele.
Confesso que, durante um bom tempo, pensei em ser piloto de avião. Foi, então, que procurei meu tio Samuca, que havia se aposentado como piloto, e meu primo Rodrigo, que estava começando a carreira. Ter passado um sábado inteiro com eles foi extraordinário e um privilégio para poucos, pois aprendi mais coisas sobre aviões do que qualquer cidadão comum.
Meu tio, conhecendo minha fama de arteira e levada, fez-me a seguinte pergunta:
– Você sabe o que significa ATITUDE para um piloto de avião?
Achando-me esperta como sempre, não pensei duas vezes e respondi:
– É ter atitude de liderar o avião como piloto e responsável pelas vidas que está transportando.
Ele me deu uma “moca” de leve e disse:
– Não seja precipitada! Pare, pense e pondere antes de falar.
A propósito, “moca”, no Rio de Janeiro, é o mesmo que cascudo ou fechar a mão e dar um soquinho de raspão na cabeça de alguém.
Nessa hora, ele pegou um livro e me mostrou um painel de avião com vários medidores e, apontando para eles, disse-me:
– Estes instrumentos medem a atitude de um avião.
Em um primeiro momento, confesso ter ficado confusa, mas logo fiz cara de quem estava entendendo tudo e, quando menos esperava, ganhei outra “moca” seguida de uma bronca:
– Seja humilde e admita quando não entender as coisas!
Ainda olhando para o painel, continuou a explicação sobre a atitude. Mostrou algo que me fez refletir e mudar minhas atitudes pelo resto da vida.
Acredito que a aula dada por ele, de forma simplificada, a respeito dos instrumentos que auxiliam no controle da atitude de uma aeronave, que, em resumo, significava mostrar o alinhamento da aeronave em relação à linha do horizonte, ajudou-me a compreender, alguns anos depois, o que estava tentando me ensinar, quando me disse que eu deveria sempre me posicionar corretamente na vida.
O interessante é que, de fato, quando estamos bem posicionados na vida (alinhando a aeronave), sabemos qual é o nosso propósito de vida (a linha do horizonte) e o que faz o nosso coração bater mais forte, principalmente se nossas atitudes mentais e de comportamento estão alinhadas ao que sentimos ser nossa missão. Isto nos dá a vantagem de voar voos mais altos com os ventos a nosso favor.
Assim, fazendo uma analogia, a importância é a mesma quando um piloto de avião deve saber onde está a linha do horizonte, tendo em vista ser fundamental para que ele não fique desorientado no ar ao realizar manobras diante de uma situação emergencial… Os pilotos são treinados e capazes de realizar uma aterrisagem segura, mesmo quando não conseguem enxergar a pista de pouso, olhando apenas para os instrumentos do painel de controle.
Assim, como eles, nós também precisamos do nosso próprio painel de controle. Nós precisamos saber qual é a nossa linha do horizonte. E, para isso, nós precisamos treinar nossa mente, a fim de aterrissarmos de maneira mais segura na pista de pouso, que é o nosso objetivo de vida, mesmo diante das turbulências que iremos passar ao longo da viagem.
E a pergunta que fica é:
Por que as pessoas, diante das dificuldades, das turbulências da vida, perdem-se pelo caminho? Por que a maioria delas não chega ao seu destino? E por que não conquistam seus objetivos?
Existem muitas explicações para isso, mas gosto de simplificá-las apontando 3 pontos importantes:
Primeiro, elas não têm um desejo ardente. Não sabem ou não conhecem aquilo que faz seu coração bater mais forte. Não sabem qual é a linha do horizonte e, quando surge qualquer intercorrência, facilmente ficam desorientadas.
Segundo, elas não têm um objetivo claro e específico, algo que esteja alinhado com seu desejo ardente, pois um objetivo sempre vale a pena ser alcançado.
Terceiro, elas simplesmente não possuem um painel de controle que as oriente, diariamente, para que possam manter a atitude certa em relação à vida. Isso as faz pousar de maneira segura, mesmo quando estão no meio de grandes crises.
Sinto-me muito grata por contribuir, positivamente, para a vida de centenas de empresárias, que fazem parte do Programa de Mentoria NO CONTROLE. Inclusive, este nome foi dado em homenagem ao meu tio Samuca, que me ensinou tudo sobre a atitude no voo da vida.
E o mais engraçado é que, quando eu entendi que precisava ter um painel de controle, eu criei o High Performance Planner, que, carinhosamente, chamo de O PLANNER. Diferentemente de qualquer outro, ele te oferece, não só o painel de controle para pilotar sua vida, mas também o treinamento necessário à sua mente, transformando-lhe em uma pessoa de alta performance.
Hoje, eu sei, de verdade, responder à pergunta que aquele gentil homem me fez na primeira vez que voei de avião – Você está indo ou vindo?
Eu sei de onde eu vim e qual é o meu destino. Sei pra onde estou indo e porque estou indo.
Eu termino esta apresentação com uma frase do meu querido pai e herói:
“A vida passa voando, mas lembre-se de que Você é o Piloto!”
Gostou do artigo? Quer saber como assumir o comando da sua vida com mais atitude? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Elis Ferraz
https://fatordesucesso.com.br/
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