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A Bondade Não Faz Reféns: Pratique-a sem esperar nada em troca!

Descubra como praticar a bondade sem criar expectativas no outro pode fortalecer sua autoestima, melhorar suas relações e equilibrar seu emocional. Entenda como as expectativas sobre o comportamento do outro impactam sua ansiedade e comece a agir por você mesmo!

A Bondade Não Faz Reféns: Pare de Criar Expectativas no Comportamento do Outro... Pratique-a sem esperar nada em troca!

A Bondade Não Faz Reféns:
Pare de Criar Expectativas no Comportamento do Outro… Pratique-a sem esperar nada em troca!

Olá,

O grande autor Augusto Cury criou uma série de obras sobre a ansiedade, tema já conhecido e reconhecido como o mal do século. De fato, concordo plenamente com ele. Nós, seres humanos, estamos cada dia mais ansiosos pelo final de um capítulo, pela chegada de uma mensagem, pela mudança de estação, pelo final do livro e até mesmo pelo final do texto que você está lendo neste momento.

Quem nunca deu uma espiadinha no final do livro ou adiantou para o último episódio de uma série, apenas por curiosidade? Cury está correto: somos, sim, ansiosos, assim como somos expectantes. (E não confunda com expectorante.)

Expectante é um adjetivo pouco usado e refere-se a pessoas que criam muitas expectativas, colocando-as um passo antes da ansiedade. Quando criamos expectativas em larga escala, tendemos a gerar ansiedade por situações e resultados futuros sobre os quais não temos qualquer controle ou interferência, e isso geralmente acaba em frustração.

Quando falamos em comportamento — e este é sempre o nosso tema — comportar-se como um expectante dificulta as relações humanas, criando cenários de julgamento que são aplicados a outras pessoas sem que estas sequer saibam o motivo pelo qual estão sendo julgadas e condenadas.

Aqui na Academia Brasileira de Inteligência Comportamental, empresa onde trabalho, temos um ditado corrente que diz que “ninguém tem que nada”. Na prática, isso significa que ninguém é obrigado a atender nossas expectativas, simplesmente porque elas existem. O comportamento do outro sempre será reflexo do meu comportamento.

Veja, por exemplo, uma situação em que você ajuda uma pessoa que está em dificuldade, seja com um apoio, uma doação, ou o que for. Todavia, essa pessoa não fez uma solicitação direta para você. Ela estava em uma situação complicada, e você decidiu ajudar. Como consequência, temos dois cenários possíveis:

  • Cenário um: a pessoa agradece e ainda torna seu ato público.
  • Cenário dois: a pessoa não agradece.

Qual dos dois cenários é o esperado? Ambos. O agradecimento é uma consequência possível, mas não obrigatória. A pessoa não “tem que” agradecer.

Nesse cenário hipotético, muitas pessoas que criaram a expectativa de gratidão por seu ato acabam se sentindo frustradas e até mesmo chateadas por não terem sido reconhecidas por sua bondade.

Da mesma forma, pense em pessoas com as quais você possui uma relação estreita, seja de amizade ou laços familiares, mas que passam semanas, quando não meses, sem entrar em contato.

Você pode tratar isso de maneira natural e dizer: “Ok, estou sentindo falta da pessoa e, portanto, vou entrar em contato”, ou você pode se frustrar, dizendo: “Ah, essa pessoa não me valoriza, e sou sempre eu quem precisa iniciar o contato.”

Novamente, suas expectativas constroem um cenário futuro hipotético que, quando não atendido, gera frustração e afastamento.

Então, quer dizer que para ser feliz não podemos criar expectativas?

Calma lá. Não é bem assim. Podemos criar nossas expectativas, mas precisamos ter consciência de que são expectativas criadas por nós e que o outro não tem obrigação de saber o que esperamos dele. Evidentemente, não estou me referindo à conduta social, leis e regras, pois essas são conhecidas e não são, portanto, expectativas individuais. São códigos coletivos de conduta, e outro dia falaremos disso.

Minha dica de comportamento, tendo como objetivo sua felicidade e equilíbrio, é: quando fizer algo por alguém, faça isso por você!

  • Ajudou alguém? Isso foi importante para que você se sinta bem com a sua ação.
  • Facilitou o acesso a algum recurso? Pense no capital social e relacional que está sendo construído.
  • Renunciou a algo em função do grupo? Pense na imagem que foi criada sobre sua dedicação.

Enfim, não permita que sua bondade faça reféns!

Toda ação ou iniciativa feita por alguém traz embutido um benefício para a pessoa que a realiza, não dependendo de terceiros para isso.

Esse tipo de comportamento, no longo prazo, é muito, mas muito mais eficiente na construção da sua autoestima e na melhoria do seu capital social.

Pense nisso!

Gostou do artigo?

Quer saber mais sobre como o ato de praticar a bondade sem criar expectativas pode contribuir para o equilíbrio emocional e fortalecer as relações? Então, entre em contato comigo! Terei o maior prazer em conversar sobre isso.

Até a próxima!

Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com

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Edson Carli Author
Edson Carli é especialista em comportamento humano, com extensa formação em diferentes áreas que abrangem ciências econômicas, marketing, finanças internacionais, antropologia e teologia. Com mais de quarenta anos de vida profissional, atuou como diretor executivo em grandes empresas do Brasil e do mundo, como IBM, KPMG e Grupo Cemex. Desde 2003 está à frente do Grupo Domo Participações onde comanda diferentes negócios nas áreas de consultoria, mídia e educação. Edson ainda atua como conselheiro na gestão de capital humano para diferentes fundos de investimentos em suas investidas. Autor de sete livros, sendo dois deles best sellers internacionais: “Autogestão de Carreira – Você no comando da sua vida”, “Coaching de Carreira – Criando o melhor profissional que se pode ser”, “CARMA – Career And Relationship Management”, “Nut’s Camp – Profissão, caminhos e outras escolhas”, “Inteligência comportamental – A nova fronteira da inteligência emocional”, “Gestão de mudanças aplicada a projetos” (principal literatura sobre o tema nos MBAs do Brasil) e “Shé-Su – Para não esquecer”. Atual CEO da Academia Brasileira de Inteligência comportamental e membro do conselho de administração do Grupo DOMOPAR. No mundo acadêmico coordenou programas de pós-graduação na Universidade Mackenzie, desenvolveu metodologias de behaviorismo junto ao MIT e atuou como professor convidado nas pós-graduações da PUC-RS, FGV, Descomplica e SENAC. Atual patrono do programa de desenvolvimento de carreiras da UNG.
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