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A Conexão das Emoções que Causam Conflitos entre as Pessoas

O que acontece quando suas emoções se conectam às do outro? Descubra os segredos por trás das conexões emocionais que causam conflitos. Aprenda como lidar com essas situações e transformar suas relações interpessoais.

A Conexão das Emoções que Causam Conflitos entre as Pessoas

A Conexão das Emoções que Causam Conflitos entre as Pessoas

A intenção deste texto é mostrar de forma simples a conexão das emoções que causam conflitos entre as pessoas. Para isso, coloquei uma breve explicação sobre sentimentos e emoções, baseadas em dois autores reconhecidos que encontrei na Wikipédia, e finalizei com questões reflexivas, que se adequam a todos os conflitantes.

O ser humano possui emoções básicas ou primárias, que se encontram no nosso sistema límbico.

De fato, todas as culturas reconhecem essa classificação das emoções.

Para Paul Ekman, psicólogo americano, considerado um dos 100 maiores psicólogos do século 20, e pioneiro no estudo das emoções e expressões faciais, durante a década de 70, ele identificou seis emoções básicas e sugeriu que essas emoções são sentidas em todas as culturas humanas.

Em Teoria das Emoções Universais, baseada em suas pesquisas sobre as expressões faciais, Ekman sugere que a alegria, a raiva, a tristeza, o medo, o nojo e a surpresa são emoções básicas universalmente reconhecidas por meio das expressões faciais.

É notório que, em uma situação conflituosa, as expressões faciais são facilmente identificadas. Isso porque os envolvidos, por força de suas emoções, transparecem o que estão sentindo. E cada um, por sua vez, reage de acordo com o que vê e sente diante do que está acontecendo.

Outro estudioso das emoções, Antonio Rosa Damásio, é um médico português, neurologista e neurocientista que trabalha no estudo do cérebro e das emoções humanas.

De acordo com Damásio, as emoções humanas classificam-se em primárias e secundárias, sendo que as primárias são as que vivenciamos na infância e são elas oriundas de um conjunto de elementos naturalmente estabelecidos.

Se as emoções primárias são “sequelas” de nossa infância, estariam os envolvidos no conflito “congelados” por sentimentos e emoções não identificados em sua vida adulta, que os levam a consequências desastrosas?

Quais sentimentos afloram em nosso ser, ao nos emocionarmos com determinadas situações?

SENTIMENTOS

Qual a origem dos sentimentos?

Como as emoções são o fruto do que pensamos a respeito de situações que aconteceram, sabe-se que os sentimentos dependem da maneira como encaramos ou interpretamos nossas vivências.

De acordo com Damásio, os sentimentos são, por definição, a experiência mental que nós temos do que se passa no corpo. São os sentimentos o mundo que se segue à emoção.

Este breve apanhado de Damásio e Ekman pode ajudá-los a compreender o que eu quero dizer sobre como nossas emoções se conectam com as do outro.

Em sendo o outro aquele com o qual nos encontramos em conflito, e se considerarmos que os sentimentos são:

  • Admiração;
  • Adoração;
  • Alívio;
  • Anseio;
  • Ansiedade;
  • Apreciação estética;
  • Arrebatamento;
  • Calma,

E, as EMOÇÕES BÁSICAS:

  • Alegria;
  • Tristeza;
  • Medo;
  • Raiva;
  • Desprezo;
  • Nojo;
  • Surpresa.

REFLEXÕES SOBRE OS CONFLITOS

Com base nos tópicos discutidos sobre sentimentos e emoções, deixo então aqui algumas perguntas para refletirem sobre seus conflitos:

  • Qual a conexão entre você e seu adverso no momento do embate?
  • Se você se encontra em uma discussão acirrada com o seu oposto, qual a emoção básica que acontece entre ambos?
  • Qual o sentimento gerado entre vocês, quando sentem raiva um do outro?

Ao colocar essas questões para que reflitam sobre os sentimentos e emoções elencados anteriormente pergunto:

  • Vocês foram arrebatados pela fúria ou raiva reprimida?
  • Quando resolvem suas questões conflituosas, qual foi, de fato, a emoção básica?
  • Qual foi o sentimento ao perceber a solução?
  • Foi alívio? A calma surgiu pelo resultado após o embate?

Percebam que as palavras são proferidas em um conflito, às vezes com medo, pelo que talvez o outro retruque durante o diálogo. As emoções desabrocham e os sentimentos incomodam de acordo com as respostas.

Se as respostas foram causadoras de tristeza ou qualquer outra emoção, o que você sentiu? Desprezo ou quiçá surpresa pelo que poderá acontecer em seguida?

Alguma vez você já pensou que, no rompante das palavras, o medo do outro se revela pela sua agressividade?

O que vem depois do diálogo entre os conflitantes? Alívio de um por dizer o que lhe causa pânico e alívio do outro porque percebe que estão no mesmo barco? Cada um está tentando seguir para o seu lado mais confortável?

Quando as emoções se fundem, os sentimentos gerados só trarão benefícios se ambos compreenderem o quanto foi desastroso não se escutarem antes de chegar ao embate.

É importante saber e reconhecer que as questões conflituosas só conseguem chegar a um denominador comum quando os conflitantes se escutam de peito aberto, porque as emoções e os sentimentos são comuns a todos os seres humanos. É nesse momento que os envolvidos percebem então suas semelhanças. O quanto podem ser cruéis ou amorosos em seu diálogo.

A conexão no embate se revela pela maneira como um se refere ao outro, e o final da história sempre se revela pela forma como conseguiram reconstruir o diálogo.

Finalizo este breve texto sobre um assunto tão complexo e desafiador com esta frase de autor desconhecido:

“Se a reflexão fizesse parte de nosso dia a dia, possivelmente a maioria dos atos impensados responsáveis pela maioria dos conflitos deixariam de existir…”

Gostou do artigo? 

Quer conversar mais sobre a conexão das emoções que causam conflitos entre as pessoas? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar a respeito com você.

Luísa Santo
https://www.linkedin.com/in/luisasanto/

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Luísa Santo Author
Luísa Santo é advogada, mestra em resolução de conflitos e negociação pela Universidade Kürt Bosch-Suiça, na Argentina. Coach para conflitos pessoais e interpessoais, Analista corporal e comportamental. Atua na área de conflitos pessoais e interpessoais desde 1998. Acresceu aos seus conhecimentos diversas técnicas ao longo do tempo, para que a construção do diálogo entre partes e com seu próprio EU se tornassem mais profícuas. Trabalha com grupos ou individualmente e forma grupos com no máximo dez participantes, para que se ajudem a encontrar soluções para aquilo que buscam. Isso os desperta para a importância e a necessidade das relações, bem como para o desenvolvimento pessoal, e com isso aprendam que juntos sempre serão mais fortes.
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