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A crença do impossível

Invariavelmente, grandes conquistas surgiram a partir de visões que a maioria considerou como impossíveis de serem realizadas. E você ainda vive a crença do impossível?

a crença do impossível

A crença do impossível

”Se existe magia em lutar além dos limites da resistência, esta é a mágica de arriscar tudo por um sonho que ninguém enxerga, só você”
Menina de Ouro (filme)

Invariavelmente, grandes conquistas surgiram a partir de visões que a maioria considerou como impossíveis de serem realizadas.

O potencial de uma pessoa para transformar sonhos em realidade, bem como para realizar coisas que a grande maioria tem a crença de ser impossível, é ilimitado. E, quando estimulado e ou impelido por situações adversas, resulta em realizações inimagináveis.

Como já disse Nelson Mandela: “tudo parece impossível até que seja feito”…. ou, nas palavras de Ralph W. Emerson, “o que está atrás de nós e o que está diante de nós é irrelevante comparado ao que está dentro de nós”.

Esta nossa capacidade para realizar além do que é imaginado como possível, é um dos cinco princípios de coaching ericksoniano, segundo o qual, as pessoas têm dentro de si os recursos que necessitam.

Pesquisas e estudos de Milton Erickson determinaram que a “mente consciente” é limitada e consegue absorver apenas uma pequena quantidade das inumeráveis informações recebidas ao longo da vida. Por outro lado, a mente “além da consciência” absorve, processa e armazena todas as experiências e informações recebidas para utilizá-las quando necessário; nossas maiores e melhores habilidades vem deste “hard drive” extremamente complexo. Entretanto, a liberação deste enorme arsenal de conhecimento ocorre não através de um processo simples e automático, mas sim quando as pessoas são estimuladas e desafiadas.

Uma história de superação e utilização de recursos “além da consciência” que me vem à mente é a do grande violista israelense Isaac Perlman que, na infância, contraiu poliomielite e, desde então, vive em uma cadeira de rodas.

Em 18 de novembro de 1995, quando ele se apresentou como solista em um concerto no Lincoln Center em Nova Iorque, uma das cordas partiu-se no primeiro movimento; todos esperavam para ver o que ele faria… com surpreendente virtuosidade, ele continuou como se nada tivesse acontecido, tocando até o final apenas com as três cordas remanescentes.

Os aplausos, quando terminou o concerto, foram ensurdecedores, não somente por seu desempenho como também por seu sangue frio em continuar, imperturbável. Quando o barulho recrudesceu, ele foi chamado a dizer algumas palavras para a audiência. Sentado em sua cadeira de rodas, um símbolo vivo de coragem, ele disse apenas uma frase: “Nosso trabalho é fazer música com aquilo que resta.”

Esta bela história nos mostra que nossos recursos internos, principalmente aqueles “além da consciência”, são infinitos e incomensuráveis. E que, usualmente, são acessados em momentos de extrema necessidade ou por aqueles que desejam fazer coisas diferentes e fugir do senso comum.

A pergunta, então é, no universo corporativo, onde a criatividade é uma qualidade cada vez mais valorizada, as pessoas devem ser pressionadas até o extremo limite para estimular os recursos internos de “além consciência” e, assim, produzir os resultados esperados?

A resposta é não. Profissionais e empreendedores de sucesso têm em comum o fato de utilizarem seus recursos de forma diferenciada. Por esta razão, conseguem romper barreiras e quebrar paradigmas, estando permanentemente à frente de seu tempo.

O uso de recursos internos requer foco, disciplina, esforço e comprometimento. O autoconhecimento é fundamental para desenvolver e utilizar o enorme “potencial adormecido” que existe dentro de todos nós. E, para utilizar de forma eficiente estes recursos, algumas ações devem ser estimuladas consistentemente; entre elas:

  1. Buscar novos conhecimentos (desenvolvimento pessoal e profissional);
  2. Dedicar tempo para pensar – o “ócio criativo”;
  3. Aguçar o sentido de observação;
  4. Questionar sempre;
  5. Exercitar as associações – como as coisas funcionam;
  6. Experimentar e aprender;
  7. Ousar e Errar – desafio ao “status quo”.

E se você ainda assim tem a crença do impossível, eu digo:

Ficar sentado embaixo de uma macieira para se proteger do Sol, uma maçã cair sobre sua cabeça e, assim, descobrir a teoria da gravidade só aconteceu uma vez com Isaac Newton. Lembre-se, o sucesso é resultado de planejamento e ação; portanto, exercite e pratique sempre ações visando utilizar ao máximo os seus recursos e, assim, gerar ações criativas e superar desafios.

Walter Serer
https://www.linkedin.com/in/walter-serer-86717b20/

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Walter Serer Author
Walter Serer possui extensa e sólida experiência executiva como CFO e CEO de empresas multinacionais de grande porte. Robusta formação em Finanças Corporativas adquirida na General Electric (graduado pelo Financial Management Program) onde atuou por 14 anos ocupando relevantes posições na área de Finanças e Administração. Atuou como CFO nas empresas TI Group, Valeo, Coldex Frigor e Black&Decker. Nos últimos 18 anos exerceu posição de CEO na Ingersoll Rand Brasil (2011-2014), Syncreon South America (2003-2010) e TI Group Latin America (1997-2003). Pós-graduado em Finanças pela FGV e graduado em Administração de Empresas pela (ESAN – PUC/SP).
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