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A Importância da Construção das Relações: Interdependência ou Morte!

Entenda a importância da interdependência nas relações para criar uma cultura de transformação e confiança nas organizações. Aprenda como incentivar a cooperação e o protagonismo para alcançar o sucesso.

A Importância da Construção das Relações: Interdependência ou Morte!

A Importância da Construção das Relações: Interdependência ou Morte!

Interdependência é um conceito que rege as relações entre os indivíduos onde, um único indivíduo é capaz de, através de seus atos, causar efeitos, positivos e/ou negativos, em toda a sociedade.

Ao mesmo tempo, esse mesmo indivíduo é, por sua vez, influenciado pelo todo. Com isso, é possível dizer que todas as pessoas e coisas que rodeiam a vida dos seres humanos estão interligadas e afetam a vida de todos de forma significativa. Ao pensar no imenso impacto que pequenos gestos podem causar, chego à conclusão de que cada ação se torna importante. Essa é a relação de interdependência: a consciência de que o todo depende de um único indivíduo. E cada indivíduo depende do todo para existir.

Esta reflexão há um tempo está provocando a minha forma de pensar, sentir e agir quando penso no meu entorno e principalmente levando em conta o cenário de mudanças e desafios que atualmente vivemos no País, nas organizações, nos diversos grupos e principalmente no interior das individualidades.

Percebo que a partir das mudanças provocadas pelo ambiente político e econômico, estamos vivendo uma imensa oportunidade de transformar a nossa forma de relacionamento.

Em que mundo queremos viver? Que tipo de relações queremos criar e construir? Como criar sustentabilidade nas relações organizacionais?

Essas e outras questões foram bastante discutidas durante os dias que estive presente no CBTD – Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento. Percebi que o grande desafio está sendo preparar e apoiar os atuais tomadores de decisão para que reflitam sobre a importância da sua própria mudança interior, antes de sair exigindo corte de custos, demissões, rapidez de resultado e outras tantas decisões baseadas no medo e no ego.

Estamos em uma época que precisamos discutir de forma conjunta e com as pessoas, os conflitos, riscos, dúvidas, metas, desafios, medos, propósitos. O diálogo passou a ser a forma mais simples e eficaz para encaminhar as questões organizacionais.

O perfil de clientes, consumidores, fornecedores e colaboradores mudou e muito. Por conta de todo este cenário, as pessoas já não são mais as mesmas.

O conceito de hierarquia está sendo substituído por leveza e dinamismo nas relações. Salas de reuniões estão sendo desmanchadas e em seu lugar criado espaços alternativos, precisamente desenhados com a intensão de despertar a criatividade e o protagonismo nos profissionais.

Os tomadores de decisão que já compreenderam a necessidade de estarem juntos para facilitar as informações, deixaram suas salas e hoje, lado a lado, compartilham locais comuns onde possuem um telefone, uma mesa e uma cadeira.

Hoje o tempo é para ser investido na transição das pessoas. Não dá mais para pensar em hierarquia. É vital dar espaço para que os profissionais errem e acertem. E isto significa dar liberdade de expressão e ação.

Como resultado deste movimento, as pessoas começam a criar novamente, não ter mais medo em errar, a visão sistêmica volta a fazer parte do seu dia a dia e cuidar de riscos e resultados torna-se natural.

Neste sentido, fico muito feliz que o tema Gestão da Mudança e Gestão da Transição tem ganho um enorme espaço nas pautas dos comitês estratégicos, na concepção e implementação de um planejamento estratégico, assim como no início de projetos e programas complexos dentro das empresas.

Afinal, os artefatos da Gestão da Mudança como – Diagnóstico, Gestão de equipe, Gestão de influenciadores, Comunicação, Impactos e Educação começa a ser mandatório dentro de uma estrutura empresarial que entende a importância da união da dimensão técnica com a dimensão humana.

Finalmente o mindset da Gestão da Mudança está sendo discutido de cima para baixo. E com isso, iniciativas como implementação de trilhas de capacitação da liderança em mudança, assessments para a compreensão de capacidades e necessidades individuais, assim como coachings e mentorias estão cada vez mais presentes nos temas de desenvolvimento da liderança.

O líder que entende o seu papel de Agente da Mudança, passa a servir a organização usando métodos de Gestão da Mudança que apoiem a relação de confiança que precisa ser resgatada em toda cultura e identidade empresarial.

É na cultura da empresa que precisamos buscar elementos para alavancar o processo de mudança. Para isso o tema mudança precisa ser desvinculado de projetos. E começar a ganhar espaço no desenho da estratégia empresarial, na definição do modelo de gestão e nas intenções de melhorias do dia a dia de trabalho.

Nesta altura, vocês devem estar perguntando: Como criar interdependência em um ambiente competitivo como nos encontramos hoje?

Muito fácil! Basta entender que ser competitivo é saudável. Praticar a meritocracia é fundamental para criar uma cultura de transformação.

Portanto, os tomadores de decisão que estão preocupados em criar um clima de confiança e relações saudáveis em seu entorno, precisa compreender que rivalidade é diferente de competição.

E assim, começar a incentivar o feedback, a criatividade, o protagonismo, o autoconhecimento, o job rotation, carreira, comunicação, desenvolvimento e outras tantas práticas que provoquem o clima de cooperação e interdependência.

Estar disposto a trabalhar a serviço do bem comum requer coragem e ousadia. Mas quem disse que mudar é manter-se na zona de conforto.

Ao contrário, é estar aberto e disposto a mudar de língua, País, estilo de gestão, forma de pensamento, entre outros. Estar aberto a discutir a relação, dialogar sobre conflitos, estabelecer acordos claros e alinhar continuamente expectativas e capacidades individuais.

As oportunidades de aprendizado são imensas e o cuidado é preparar estes profissionais para esvaziarem a xicara e estarem dispostos a se desapegarem de velhos padrões e crenças. Para o líder aprender ele precisa estar motivado para saber criar relações. E este movimento inicia com o autoconhecimento e com a coragem de se reinventar internamente.

Do contrário estaremos desejando mudanças e ao mesmo tempo mantendo o que já existe. O nome disso? loucura. Vamos despertar?

Gostou artigo? 

Quer saber mais sobre a importância da interdependência na construção das relações? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Estamos juntos, conte comigo!

Kátia Soares
https://www.agentesdamudanca.com.br

Referências:
A transição na Gestão da Mudança e Mudança de Cultura e Cultura da mudança – Katia Soares

Confira também: Liderança Inspiradora: Liderar em tempos de mudanças é uma arte

 

Kátia Soares é fundadora da Agentes da Mudança, Escritora, Consultora especializada em Gestão de Mudança, Mentoring, Executive Coaching e Conselheira Consultiva. É Criadora da Jornada de Formação – Líderes Agentes da Mudança. Autora dos livros “A Transição na Gestão de Mudança” e “Cultura da Mudança ou Mudança de Cultura”. Com mais de vinte anos de experiência em consultoria organizacional com foco em marketing, mudança estratégica/cultural e coaching para grupos e executivos. Como consultora atuou por cinco anos na Ernst & Young Consulting. Estruturou no Brasil a prática de change management. Tem liderado há mais de quinze anos projetos de transformação organizacional em empresas nacionais e multinacionais, sendo especialista em gestão de mudança, planejamento estratégico e comunicação empresarial.
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