Me preparando para a escolha do que escrever no artigo deste mês, me peguei pensando no princípio da pausa e me perguntando o quão importante, para mim, sempre foi pausar e refletir sobre os meus próximos passos.
E agora me ocorreu perguntar quantas vezes eu pratiquei o princípio da pausa, para rever como estou sendo coach e como tenho me preparado para servir aos meus clientes?
Uma outra pergunta que surgiu durante essa reflexão foi – Eu estou no lugar certo? –
Foi assim, pausando, que realizei muitas coisas e também me reinventei algumas vezes, seja no âmbito pessoal como no profissional.
A conexão com o fato de me reinventar, trouxe a palavra Inovação e o desejo de pesquisar sobre como a prática da pausa pode contribuir para que possamos inovar e criar.
Dessa forma, sugiro que você leitor(a) aproveite sempre o tempo para visitar seus valores motivacionais e seus propósitos, individual e coletivamente. O propósito energiza e nos dá força para irmos além, até que algo extraordinário tenha sido criado.
Foi assim, que cheguei às sete práticas da pausa para desenvolver culturas de inovação, válidas para coaches como para líderes em desenvolvimento, que estão elencadas no livro de Kevin Cashman intitulado “O Princípio da Pausa – Dê um passo atrás para avançar” em uma tradução livre.
São elas:
1. Firme-se no propósito
Aproveite o tempo para esclarecer seus valores motivacionais e propósito atraente, individual e coletivamente. O propósito alimenta energia e força para ir além do que é, e continua até que algo extraordinário tenha sido criado. A finalidade é a força vital de inovação que cria e multiplica a energia.
2. Pergunte e escute
Recue por vezes, para se colocar de forma aberta e curiosa usando a linguagem da inovação: questionar e ouvir. Esforce-se para fazer a pergunta extra para desafiar a si mesmo e aos outros a se aprofundarem ainda mais. Aprimore suas habilidades de questionamento e escuta para ativar seu potencial de inovação coletiva. Procure pontos de vista diversos para observar problemas ou oportunidades de um novo ponto de vista.
3. Experimentação de Risco
Tenha a coragem de acelerar através do fracasso, criando ímpeto e velocidade através de novos aprendizados. A experimentação nos direciona para o nosso eventual destino através de barreiras, voltas e reviravoltas, desde que estejamos aprendendo de forma ágil o suficiente para persistir. Recue para garantir que seus comportamentos, assim como seus sistemas e processos, não restrinjam indevidamente o risco de experimentação. Certifique-se de que as pessoas chave estejam encorajadas a investirem pelo menos 15% do seu tempo explorando e testando novas ideias.
4. Refletir e sintetizar
Reserve tempo, da maneira que funciona para você, para integração e síntese. Um bom exemplo é um CFO que reserva todos os domingos à noite para mapear seus problemas mais complexos ou estratégicos. Ele coloca todas as peças em ordem e começa a associá-las. Ele associa as partes divergentes em um todo mais integrado. Identifique sua melhor maneira de “organizar a bagunça” diária ou semanalmente, para ganhar clareza e novas possibilidades.
5. Considere as Dinâmicas Inside-Out e Outside-In
Distancie-se para considerar as forças que moldam o futuro, examinando as sugestões internas e externas. Promova a criatividade ideal internamente e considere a dinâmica competitiva, global e futurista de uma maneira integrada. A inovação transformadora está na confluência da criatividade interna e colaborativa e das necessidades externas, centradas no cliente.
6. Promova ambiente de Criatividade
Aproveite o tempo para se conectar, treinar, orientar e desenvolver seu pessoal. Construtivamente desafiar seu pensamento, estratégia e comportamento através da lente da inovação. Desafie as pessoas para criarem, inovarem e imaginar futuros alternativos. Faça o seu pessoal crescer para cultivar uma cultura de inovação.
7. Seja autêntico
O potencial de inovação de suas equipes ou organização será diretamente proporcional à sua incorporação de inovação. Certifique-se de que seus comportamentos não estejam limitando, sem saber, uma cultura de inovação. Peça feedback. “Como eu poderia incentivar ainda mais inovação aqui?” O mais importante, ser o inovador que você deseja ver em sua cultura.
Como você leitor(a) tem pensado e exercitado momentos de pausa criativa?
Referência
Cashman, K. – The Pause Principle – Step Back to Lead Forward, 1st Edition – Berrett-Koehler Publishers, Inc.
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