O ano passou numa velocidade incrível e já está acabando. Em decorrência disso, muitas coisas estão se tornando urgentes para pais e filhos em idade escolar.
Coisas como baixo desempenho, aprendizagem, resultam a essa altura em reprovação. Repetir um ano letivo representa muita dor, uma grande perda para pais e filhos. Sim, é dor, mas não é o fim do mundo e nem é fator determinante da felicidade futura de seu filho. Mas é preciso olhar a situação de frente.
Filhos são responsabilidade de seus pais, portanto tire o foco do negativo, da dor do agora. Ficar muito tempo aí pode ter um preço ainda mais caro. Por isso troque as reclamações, punições, por uma atitude responsável e consciente, assim todos crescem. Se vocês, pais e filhos, não mudarem o que for preciso, os resultados e as dificuldades se repetirão, e aí sim o futuro pode estar ameaçado. Pare de buscar culpados ou desculpas e ponha seu foco na busca de entendimento e de soluções efetivas. A reprovação foi o resultado de vários fatores e eles precisam ser identificados e depois modificados um a um, para se criar no futuro resultados muito mais felizes.
Olhe de fora e verifique todos os ângulos da situação: as questões da própria criança ou jovem, as questões familiares e as questões na escola.
– Qual a contribuição da família nesse resultado? A dinâmica familiar, a organização, os acontecimentos impactaram negativamente? O clima emocional, a atenção dos pais foi bem distribuída entre os filhos? Os limites foram colocados com firmeza, houve comunicação, houve um relacionamento harmonioso? Os pais acompanharam as diversas atividades escolares e extraescolares dos filhos? Os filhos receberam apoio e reforços positivos dos pais? Houve excesso de cobranças, críticas e/ou comparações? Muitas vezes questões físicas também impactam negativamente e podem ser confundidas com falta de interesse. Por isso, pense também nas questões de saúde. Como está a visão, audição, tem uma boa alimentação, esteve nutrido? Quais as condições do sono? Dorme 7/8 horas com qualidade, respira bem à noite?
– Como o filho se comportou nas questões escolares? É muito importante conversar primeiro com o filho sobre todas essas coisas. Isso vai dar a ele autoconhecimento, sentir o seu interesse em ajudá-lo, mas fale sempre que assumir responsabilidade do que é sua parte nesse resultado é igual a retomar sua força, o seu poder de mudar.Pergunte também para os coordenadores e professores das diversas matérias, muitas vezes as dificuldades estão em determinados blocos de matérias tipo, exatas/humanas, e até amigos sobre a forma como a criança/jovem se comportou na escola e recolha também dados de seu comportamento em casa frente às tarefas escolares. Onde está a maior dificuldade? O que gosta e o que não gosta? Que aspectos torna isso ruim? Qual o grau de interesse, atenção, comprometimento, entrega das tarefas escolares? Tinha iniciativa ou procurava alguém para fazê-lo? E quando estava diante de algum desafio maior como se comportava? Estava integrado ao grupo, envolvido nas situações positivas/negativas? Sofria críticas e brincadeiras desrespeitosas, vexatórias de alguma espécie?
Escola e professores estão fazendo integralmente sua parte? Aqui a própria escola, vocês pais e outros pais, o filho e outros alunos precisam ser ouvidos para uma avaliação maior sobre os aspectos que favoreceram este resultado desagradável. Condições físicas da escola, salas de aula, materiais, didática, tipos de aulas e as interações professor/aluno. Os professores sabiam colocar limites, eram respeitados, respeitavam os alunos? Professores sabiam acolher nos momentos de dor e repreender com respeito e educação, mas conservando sua autoridade?
Após tomar pé da realidade é hora de buscar recursos para mudar o que for preciso. A mudança se faz sempre com muita disciplina e confiança mútua entre o filho, os pais, e os profissionais necessários, que devem ser escolhidos pelos pais com muito cuidado. Questões cognitivas devem ser trabalhadas por Psicopedagogo, emocionais por Psicólogos ou Coaches de Crianças, professores particulares são importantes para nivelar o conhecimento que falta, Deficit de Atenção e Hiperatividade deve ser avaliado por neuros e psicólogos e tratado também por estes. Questões emocionais, comportamentais, na estrutura familiar e na criança também podem ser tratadas efetivamente com uma Terapia Sistêmica Familiar chamada Constelação Familiar.
Existem muitas metodologias capazes de mudanças efetivas, mas nada é tão bom sem a sua participação, sua presença, seus cuidados às vezes com coisas que pareçam banais, mas que para o filho tem muita importância.
Você não pode apagar 2016 e reescrevê-lo, mas vocês podem juntos aprender com suas experiências e mudar o que for preciso. Assim se constrói um ano novo mais feliz e no futuro haverá muito mais realizações, felicidade e gratidão dos filhos e sossego e alegria dos pais.
Aproveite desde já e faça o que for preciso, com foco nos bons resultados.
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