A Jornada
Nosso caminhar, com os pés firmes e constantes, com tropeços, recuos, saltos, paradas e corridas, é uma jornada incrível. Somos o resultado de tudo isso banhado pelo senhor tempo.
Em minha prática clínica, muitas pessoas questionam. “Tenho que falar do que já foi?”. “Quero andar para frente”. “Não quero ficar voltando”. Essas e outras afirmações vêm com uma certa dose de pesar e incômodo.
Falar sobre o que já passou não é uma exigência, mas falar usando o livre pensar é fundamental.
Cada ação, sentimento, pensamento, emoção, com todos os seus resultados é o somos nós.
Não somos o que aconteceu, mas sim o que escolhemos nos tornar a partir do que aconteceu e acontece.
Estamos em constante mudança o tempo todo, mesmo que com muitas resistências para nos manter do mesmo “jeito”.
Podemos tornar nossa jornada rica. Repleta de novos caminhos e alternativas. Podemos nos tornar duros aos novos sentimentos, nos tornar mais carinhosos e prestativos, nos tornar magoados e pesados.
De qualquer maneira sempre podemos nos tornar protagonistas da nossa própria história.
Existem muitas fases de vida analisadas cronologicamente associadas a fases emocionais de desenvolvimento (físico, emocional, comportamental e psíquico).
Esses valiosos esquemas, de grandes estudiosos reconhecidos por institutos igualmente reconhecidos, nos oferece uma boa base de acompanhamento e alinhamento de pontos importantes de cada um. No entanto, o vai e vem de momentos da história da biografia de cada pessoa, bem como suas características são únicas, ou que não nos deixa dúvida que igualmente única é a jornada de cada ser.
A riqueza de poder se permitir uma jornada que só você pode fazer, tem como resultado seu desenvolvimento e ampliação de seu mundo interior.
É nesse sentido que mencionei acima que o que escolhemos nos tornar é aquilo que revela imensamente nossa alma.
A aproximação de nossa alma é a revelação de nós mesmos. Primeiramente para nós, depois (talvez) para o mundo externo.
Falando assim pode parecer simples, porém essa jornada (também chamada de vida) pode nunca conhecer esse Ser único, ou seja, nunca se revelar para si mesmo, que dirá para os Outros.
Entrar em contato com nossas faces, seja ela: infantil, adolescente, de meia idade até a finitude, pode nos dar qualidade de vida e nos trazer mais clareza e unidade.
Por isso, aproxime-se de sua jornada e alma. Você verá como ainda há muito mais para se viver do que meros padrões e conceitos “de fora”.
Seja intenso(a) seja você!
Rosângela Claudino
http://provoca.com.br/
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