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A jornada empreendedora durante o meu intercâmbio

Quer saber o que me fez abrir mão de tudo no Brasil e fazer um intercâmbio? Uma das características dos empreendedores é a visão de longo prazo, e foi exatamente isso que fiz. Eu me superei, me renovei, melhorei, antes que de fato isso fosse necessário.

Olá, novamente! Se essa é a primeira vez que você entra aqui nessa coluna, gostaria de informar que eu já me apresentei e contei quem eu sou e a minha história no primeiro texto, veja lá… http://www.cloudcoaching.com.br/nao-existe-idade-para-empreender-apresentacao/post. Você vai gostar!

Bom, no final do texto eu falei que eu estava em um processo de intercâmbio aqui nos Estados Unidos, na Flórida, e para esse meu segundo texto, eu decidi falar um pouco mais sobre isso e o que me fez abrir mão de tudo no Brasil para vir para cá.

Eu sempre fui meio frustrado no aspecto educação, estudando em uma escola que não me incentivava a ir muito mais longe do que a mediocridade. E eu também sou um aproveitador de oportunidades! Minha mãe sempre disse que queria que eu fizesse faculdade. Que eu focasse nos meus estudos. Então, eu utilizei do querer da minha mãe como um incentivo, como ela quer que eu faça faculdade, eu quero fazer em uma que vai de fato me agregar conteúdos e valor. E para isso, nada melhor do que focar em uma clássica universidade americana de negócios. Mas para isso eu preciso do inglês fluente. Qual a melhor forma de aprender alguma coisa na prática? Fora que eu também queria conviver de perto com outras culturas, conhecer novas pessoas. Escolhi o momento perfeito! Pois sei que se eu não tivesse vindo agora, esse sonho da minha (boa) faculdade iria por água abaixo. Bom, juntando todos esses aspectos, eu arrumei minha mala e vim!

Tenho que admitir que eu fui muito corajoso, pois eu deixei de lado no Brasil o meu melhor momento, em todos os aspectos! Tinha acabado de lançar meu livro, startup bombando! Fora no aspecto pessoal que eu deixei meus vários amigos e as minhas várias namoradas hahahaha.

Mas vamos lá! Uma das características dos empreendedores é a visão de longo prazo, e foi exatamente isso que eu fiz. Eu me superei, me renovei, melhorei, antes que de fato isso fosse necessário.

E se eu to gostando? É só me perguntar como eu acordo!

No Brasil: Ah vamos lá para mais um dia chato e monótono.

Aqui: vamos lá! Um dia de muitos aprendizados práticos me esperam.

Aqui na high school, a escola se preocupa em ensinar coisas que os jovens levarão para a vida!

No Brasil tenho que assumir que sai preparado para aplicar a fórmula de Bhaskara, resolver binômios, mas para fazer um cálculo simples de imposto de renda, uma coisa superimportante na vida de qualquer pessoa, não!

Agora nos EUA estou aprendendo coisas que eu vou levar para a vida, e não simplesmente conteúdos que não são interessantes para a minha jornada profissional, que seriam decorados para aplicar em uma prova e logo depois, descartados. Aqui a educação é focada em gerar pessoas que pensam, e não apenas que são programadas para responder tarefas (pré-programadas) ou simplesmente marcadores de gabarito.

Não temos um calendário de provas, a avaliação é diária, contínua e combinada diretamente entre o professor e o aluno, e envolve tudo o que você faz, positivo ou negativo. Se isso dá certo? Nada soa mais alto que resultados.

Os alunos escolhem suas matérias baseados em suas perspectivas para o futuro, e aprendem o que precisam aprender. Eu mesmo tenho aula de Business (empreendedorismo, negócios) e Marketing. Nós respiramos meritocracia. Na minha aula de Marketing, por exemplo, eu posso trabalhar fazendo o design ou a aplicação dele em camisetas e assim ganhar os chamados Hero Points, com os quais, consigo trocar por melhores almoços na cantina, ou posso comprar itens como lápis e canetas personalizadas. Eles são levados em consideração se você quiser entrar em uma boa faculdade. Quando chegamos atrasados, ou levamos advertências, são esses os pontos que perdemos.

Aqui cada professor pode escolher a configuração das cadeiras da maneira que ele achar que deve, fugindo, e muito, do clássico padrão das fileiras alinhadas. Com salas de aula e trabalhos em grupo que permitem isso. Aprendemos desde cedo a importância do networking.

Bom, enfim, os alunos são preparados para a vida, para o mundo, não simplesmente treinados como robôs pra decorar conteúdos – aplicar na prova – esquecer e logo depois repetir esse mesmo ciclo vicioso. No Brasil, se aquele conteúdo você vai levar para a vida, pouco importa, se você conseguiu decorar até o momento da prova, está tudo certo!

Quando não há preocupação com o básico que é preparar os alunos para o mundo, para a vida, é no mínimo um motivo para uma discussão sobre o assunto.

Amo meu país, mas sabemos que tudo evoluiu, porém há uma coisa que ficou parada no tempo… o velho modelo de educação.

Davi Braga Author
⚙️ LIST-IT
Davi Braga fundou aos 13 anos a startup LIST-IT, que é um e-commerce de listas de materiais escolares. Quando completou 14, decidiu retornar um pouco para o mundo, onde obteve novos aprendizados, por ser um empreendedor ainda novo. Começou a fazer palestras para inspirar pessoas, principalmente jovens, a criarem seus próprios negócios. Agora com 16 anos, lançou seu primeiro livro “Empreender grande, desde pequeno”, com o objetivo alinhado ao seu propósito de ajudar jovens a desenvolverem uma atitude empreendedora. Arrumou suas malas e foi em direção a uma nova jornada de aprendizados e experiências em uma High School nos EUA.
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