Neste artigo quero (re)apresentar a Fonte de Vida, que é a consciência plena ou primordial, de onde tudo se origina. Ela se faz presente neste instante de modo igual a todas as pessoas e seres vivos indistintamente, pois é universal. Basta você tomar “consciência” – prestar atenção – que você está consciente neste exato momento, que há uma manifestação gratuita de vida com lucidez e brilho, uma capacidade de sabedoria, de conhecer e criar, e que ao mesmo tempo é fonte indefinível de uma alegria de viver que independe de ações ou acontecimentos. Esta Fonte não tem raciocínios comuns, construções mentais e nem emoções.
Pode ser chamado de Deus, de Vazio, de Universo, Fonte, Campo Espiritual, Sou o que Sou. Aqui vou chamar de Self2, seguindo a linguagem de Tim Gallwey, o pai do Coaching.
Esta mesma consciência plena, é criadora de nossa mente comum que nos foi dada ao nascermos aqui neste mundo. Esta mente comum é o que chamaremos de Self1, e é ela que permite vivermos no mundo processual, onde precisamos usar raciocínios, conhecimentos, memórias, realizar atividades, pagar contas, sobreviver, constituir família e também sentir emoções e acumular aprendizados.
Podemos então falar de nossas duas mentes, o Self1 ligado ao mundo de processos e constantes mudanças e o Self2 que é a Fonte, sempre plena, imutável, não afetável e inconquistável.
Vejamos o quadro, onde estão listados várias visões ou raciocínios do Self1:
O Self1 – nossa mente comum – pode produzir aspectos muito positivos e estados elevados (Self1 +) quando a pessoa vive um estado de conexão consciente ao Self2.
Quando houver desconexão com o Self2 surgem raciocínios e atitudes condicionadas de menor energia, onde reside a maioria dos problemas humanos, o chamado Self1 condicionado. Embora muitas vezes usemos estes raciocínios condicionados, precisamos ter a consciência que estes tendem a produzir mundos ou realidades mais limitadas.
Um verdadeiro mentor é a pessoa que percebe a prisão mental – Self1 condicionado – do seu cliente e passa a atuar para a conscientização e conexão com o Self2, de modo que este possa produzir e vivenciar os aspectos mais libertadores e elevados, o Self1 positivo. Desta forma o Self1 condicionado pode ser sobreposto ou abafado pelo Self1 positivo.
Peço ao leitor que entenda que este artigo é apenas uma referência para compreensão de aspectos mais profundos de nossa vida, e que não é uma verdade em si mesmo, mesmo porque a Verdade só pode ser vivenciada e não pode ser expressa em palavras, frases ou em raciocínios.
As metodologias de ajuda às pessoas deveriam se focar na criação do Self1 positivo a partir da (re)conexão profunda com o Self2.
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