As deusas são a representação dos arquétipos femininos. O conceito de arquétipos surgiu em 1919 com o discípulo de Freud, Carl Gustav Jung. Segundo ele, os arquétipos são uma repetição progressiva de geração em geração. São crenças e comportamentos que armazenamos, o famoso Inconsciente Coletivo.
Os Arquétipos são fontes dos nossos padrões emocionais, de nossos pensamentos, sentimentos, instintos e comportamentos. Os arquétipos femininos estão muito ligados a tudo o que pensamos e como nos comportamos. Jean Shinoda Bolen dividiu as deusas em três categorias: as virgens, as vulneráveis e as alquímicas. As deusas virgens representam as mulheres que não são “penetráveis”, ou seja, não são dependentes de uma relação com o homem. Três são as deusas virgens: Artemis desperta a mulher esportista, livre, símbolo da sororidade, que é cercada de amigas, caçadora que tem foco e persegue seus objetivos. Já Atena nos revela a mulher que luta com sabedoria, inteligência, que é estrategista, muito reflexiva e é o símbolo daquela mulher justa que procura não julgar o outro. A terceira deusa virgem é Héstia, é irmã de Zeus e é a deusa guardiã do fogo, da pira doméstica, protetora das cidades e do Estado.
A origem da sociedade humana, como a conhecemos atualmente, ocorreu a partir do momento em que o Homem passou a dominar o fogo. O fogo que afugenta todos os animais, se não for em situação de risco, para o homem tem o poder de atração. O fogo que era comum nas lareiras e fogões à lenha dentro das casas aproxima as pessoas, traz aconchego e calor.
O fogo tem seus simbolismos nas mais diversas culturas.Há tribos árabes que acendem as fogueiras e saltam, repetindo o salto sete vezes. Além de julgarem o fogo purificador. No Zoroastrismo, o fogo é um símbolo da sabedoria e luz divina. Os Templos de Fogo mais importantes do Irã e da Índia mantêm uma chama de fogo sagrado a arder perpetuamente. Uma das mais marcantes referências do fogo na Bíblia, trata-se da sua associação à presença Divina na vida do cristão. Logo após a crucificação e ascensão de Cristo aos céus os apóstolos permaneceram reunidos em oração. Naquele momento de intensa devoção todos foram cheios da presença do Espírito Santo que estava manifesto sobre suas cabeças como pequenas labaredas de fogo (ver Atos dos Apóstolos 02: 2-4)
Héstia é a mais velha de todos os deuses do Olimpo. Irmã de Zeus. Héstia é uma mulher que simplesmente “é”. Uma mulher que não está ligada às questões materiais e que é conhecida pela sua “simplicidade”. Introspectiva, Héstia é uma mulher que se completa dentro de si, que é inteira e “centrada”. De poucas ações, é mais reconhecida pelas suas virtudes: leveza, suavidade, tolerância, serenidade, dignidade, calma, segurança, estabilidade, acolhimento e equilíbrio. Héstia tem a consciência focada para seu próprio interior, portanto, mais subjetiva. Ela é o arquétipo da mulher que valoriza o lar, que aprecia tomar conta de casa. Gosta de fazer as tarefas domésticas para agradar a si mesma. Héstia é a mulher quieta, reservada, calma, introvertida e aprecia a solidão, a sua companhia.
O processo de Coaching é em si um processo de autoconhecimento, de uma viagem interior e de um despertar do que está no inconsciente. Despertar Hestia é despertar a mulher acolhedora, que aquece corações com seu calor, é ser aquela que ouve com atenção e dá o seu colo para que o outro nele repouse. A mulher Hestia é a mulher que cuida do ambiente, que o torna agradável e confortável. Portanto, para despertar Hestia, sugiro que você:
- Adote uma prática de meditação diária;
- Limpe sua casa, sua estação de trabalho, seu carro criando ambientes de harmonia;
- Pratique o ouvir paciente. Ouça as pessoas, ouça seu coração, ouça suas intuições;
- Aqueça o seu lar com uma vela, uma lareira, uma boa música, uma comida ou uma bebida quentinha´;
- Ofereça seu ombro amigo a quem precisar.
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