Muito falamos de diálogo e de comunicação no nosso dia a dia, mas será que essa forma de interação é praticada com eficiência em todos os setores de nossas vidas?
Eu sempre afirmo que temos que exercitar a arte da comunicação em casa e com a família, pois diante de todas as maneiras em que nos manifestamos e abordamos os assuntos, temos a segurança de alcançarmos o êxito de negociação, amizades e o principal relacionamento duradouro entre as pessoas.
Mas será que o segundo ambiente de nosso desenvolvimento, o escolar, está pronto para se comunicar com eficiência e fácil entendimento?
Recentemente estive em uma universidade em São Paulo, com minha palestra de comunicação. Percebi que simples observações teóricas geravam manifestações gigantes entre o corpo docente.
Quando questionada a forma em que os professores utilizavam a comunicação para interagirem com os alunos, nos dias atuais, vi que muita coisa precisa mudar para que as aulas sejam mais dinâmicas e inesquecíveis.
Primeiramente, a escola é a extensão da casa e a preparação para o mercado de trabalho. E, no mundo conectado com as informações e o ensino à distância, com aulas em vídeos e podcasts, não podemos ter professores que não conseguem falar a linguagem dos meios de comunicação modernos.
Fui questionado se deveriam mudar o dialeto, usando gírias ou palavras que não estão no cotidiano do educando. Eu apenas reforcei que cada público tem a sua característica. E a identificação se faz ao conhecer quem está à sua frente, no caso crianças, jovens e adultos.
A resposta é simples! Vejo que se adaptar à realidade é fundamental para o próprio mestre. Porque o mundo pede pessoas mais inteiradas e que saibam passar a mensagem com naturalidade e originalidade.
Será que o aluno tem paciência de ver o professor dar bom dia, escrever na lousa e ao término perguntar se copiaram a matéria, sem se quer orientar o que esboçou?
A tecnologia está diante dos olhos e o aluno não gastará o seu tempo para essa ação. O celular registrará com uma fotografia tudo aquilo que foi escrito.
Será que o tempo gasto escrevendo, esse mesmo professor não poderia explanar e debater o conceito da disciplina? Claro, mas o medo de falar em público interfere no desenvolvimento dos jovens. No futuro, as oportunidades serão perdidas porque a fase de desenvolvimento teórico e discussão de temas fundamentais para o aprimoramento ficaram no quadro. E foram parar em arquivos inutilizados no diretório de um Smartphone.
A comunicação deve ser tema desde o ensino básico, pois se queremos multiplicar os nossos serviços, produtos e conhecimentos para o mundo, a base tem que ser cuidada. O mestre é quem deve apoiar o pai e a mãe para termos uma sociedade integrada e as pessoas saberem entender as outras pessoas. E, assim, gerar laços fortes e compatíveis a qualquer situação, pois a fala muda vidas, enriquece o homem e aumenta o amor entre todos.
Sidney Botelho
http://www.sidneybotelho.com.br
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