Segundo meu professor e mentor Tim Gallwey, “Coaching significa desbloquear o potencial de uma pessoa para maximizar seu próprio desempenho. É ajudar as pessoas a aprenderem, em vez de ensiná-los.”
Partindo desta afirmação, eu me conecto com uma das competências primordiais de um coach, a presença, e presença de Coaching sugere algo de qualidade superior e natureza totalmente diferente de simplesmente aparecer e se colocar à frente de seu cliente. É uma forma de ser, e essa forma define o tom do processo, e é muito significativa para o grau de aprendizado que o cliente é capaz de alcançar.
Além disso, a presença em Coaching se traduz em criarmos um espaço de ativação, para o cliente, para nós mesmos e para o aprendizado.
O coach quando tem acesso a essa tal forma de ser, é capaz de não pensar no passado, não temer o futuro, mas de estar “naquele momento” (Hall, L 2013) com o cliente, mostrando-se realmente interessado e legitimamente curioso(a) sobre o que está acontecendo, dedicando toda a sua atenção exclusivamente a esta relação coach/cliente. Olhando não só para o que acontece entre os dois, mas também para o sistema ampliado que circunda a questão do cliente.
Quero ainda destacar uma outra dimensão importante, que é a maturidade do coach. Ela está entrelaçada com a presença de coaching e é improvável que você desenvolva uma sem a outra. A maturidade do coach não se refere à idade ou ao tempo de experiência, mas ao forte senso de “quem eu sou” ou “de quem é você”; um forte senso de nossa própria identidade, particularmente no contexto do relacionamento de Coaching.
Como você caro(a) coach, pode praticar e desenvolver ainda mais sua presença?
Seguem aqui algumas dicas:
- Procure construir insights para você e seu cliente;
- Estimule em seu cliente, pensamentos focados em soluções e busque minimizar reflexões que provoquem a chamada “ruminação”;
- Lembre-se que os pensamentos focados em soluções são gerados pelas perguntas que contêm o como e não o porquê;
- Estabeleça metas de aprendizados a cada sessão;
- Crie tempo para refletir sobre as suas anotações após cada sessão.
Referências:
Hall, L (2013) Mindful Coaching. How mindfulness can transform coaching practice, Kogan Page, London
Lliffe-Wood, Maria (2014) Coaching Presence: Building Consciousness and Awareness in Coaching Interventions
João Luiz Pasqual
Presidente da ICF Brasil eleito para o triênio 2016/2018 atuando aqui como colunista representante e voluntário da ICF Brasil.
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