A produtividade, a entrega e a ética
Além das dores na coluna e nas pernas, algo que, com frequência, eu tenho que estar atento ao longo da jornada de um dia de trabalho, é a minha produtividade.
Por mais que eu imagine ou mesmo delire que sou meu próprio patrão, ou que estou em uma idade que não necessito mais trabalhar, o fato é que, nas minhas funções, eu não posso me dar ao luxo de ignorar o quanto estou produzindo durante o trabalho.
Muitas providências, planos e ações dependem diretamente das minhas entregas.
Bem, por aí já vemos que, na minha realidade de trabalho, produtividade e entrega efetiva, caminham juntas.
Eu não sou diferente da maioria dos gestores em termos de estratégias para garantir a produtividade adequada em um dia rotineiro: Costumo definir, no máximo, cinco atividades cruciais para o dia seguinte, – aquelas que entendo serem as mais estratégicas. Também decido qual o tempo que darei a cada uma delas – para cada uma das cinco.
Já no dia anterior me organizo em termo de quais são as pautas e documentos que necessito ter em mãos para reuniões que terei no dia seguinte. Aprendi que entrar em uma reunião sem estas pautas, pode, quase sempre, não obter os resultados que eu necessito, – principalmente porque muitas pessoas envolvidas nas reuniões chegam de mãos vazias e cheias de ideias desorganizadas em suas cabeças.
Logo de manhã reservo cerca de trinta minutos para “limpar” minha caixa de emails – somente limpar mesmo, nada de ler, por enquanto. A seguir procuro delegar à equipe responsabilidades que estejam relacionadas com minhas atividades.
Esses hábitos saudáveis foram sendo construídos por anos em minha atuação como gestor. A minha intenção sempre foi garantir a resiliência pessoal e fugir dos meus maiores problemas. A propensão a procrastinar, por exemplo.
Ou, devido ao fator de ter alto índice de déficit de atenção, lutar contra a distração. Qualquer coisa rouba a minha atenção. Como consequência aprendi a ter um hiperfoco em tarefas importantes. A atenção concentrada também me alivia na tendência de fazer inúmeras tarefas ao mesmo tempo.
Ao dedicar-me ao campo da neurociência cognitiva me dei conta que o foco em diversas tarefas ao mesmo tempo, não só me envelhece mais rápido, como me desgasta além do necessário. Hoje o treino mental me ajuda a dar atenção a uma atividade por vez. Confesso que é um alívio!
Com os hábitos saudáveis procuro superar iniciativas de estar fazendo sem ter propósitos claramente estabelecidos. Tenho amadurecido muito na fuga de tudo que não faz sentido.
E, por fim, os hábitos saudáveis me ajudam a planejar o tempo adequado para cada demanda que se me apresenta.
Esta rotina de hábitos saudáveis relacionados com a produtividade, junto com o monitoramento dos meus problemas “quase que naturais”, me favorece ser ético nas promessas que faço, nos compromissos assumidos e no modo de viver as relações interpessoais com quem trabalha comigo.
George Barbosa
http://sobrare.com.br/
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