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A vida como ela é!

Desejamos e buscamos vida com alegria, saúde e abundância. Queremos ser felizes e não fomos preparados para sofrer. Julgamos as experiências como “boas” ou “ruins”. Não conseguimos desapegar das coisas, das pessoas. E sofremos.

Um dia, numa hora qualquer, uma notícia. Um acidente, um diagnóstico médico, um adeus!

Assim, sem avisar e sem pedir licença.

Dor que parece sufocar. Dói no peito, no coração e na alma.

E nós, sem controle e com uma tremenda sensação de impotência. O estômago revirado dizendo que algo ruim aconteceu e o cérebro teimando em negar: “Isso não está acontecendo” – é o processo de negação, é o cérebro tentando se reorganizar após o impacto, se recusando a aceitar a realidade dolorosa.

O processo diante de situações de grande impacto, inclui: negação, revolta, barganha, tristeza (depressão), reconhecimento e aceitação da situação e finalmente, a integração na perspectiva futura (5 fases do luto – Jorge Eloi – Psicologia).

Alguns eventos acontecem sem que tenhamos a oportunidade de escolher: doenças, separações, dificuldades financeiras, desempregos, abusos que torturam, a morte.

Mas dói, e como dói!

E essa horrível sensação de não poder fazer nada, ou muito pouco.

Desejamos e buscamos vida com alegria, abundância, saúde. Queremos ser felizes e não fomos preparados para sofrer. Julgamos nossas experiências como “boas” ou “ruins”. Não conseguimos desapegar das coisas, das pessoas. E sofremos.

Para o psicólogo Rollo May, “o sofrimento faz parte da existência humana”. É inevitável. Tendemos a sofrer diante de situações que nos ferem ou ferem o outro. E May dizia que devemos aprender e aceitar todas as experiências da vida. “O sofrimento e a tristeza são partes naturais da vida e importantes para promoverem o desenvolvimento psicológico”.

A vitimização não ajuda, não resolve e não agrega em nada. Sentir pena de si mesmo, não buscar por soluções e, pior, lamentar-se constantemente, pode ainda fazer com que os demais se afastem. E a “vítima” se vê sozinha e desamparada. Fecha-se assim o ciclo que se reinicia com o sofrimento, agora também de solidão.

Se a dor é inevitável, a maneira como lidamos com ela é uma opção.

Diante das situações que não controlamos, o sofrimento é real e inerente. Mas o que fazer depois disso, é escolha. E escolha subentende consequências. E é assim que nos erguemos novamente. Com responsabilidade pelas escolhas e suas consequências.

Se perdeu alguém querido, se surgiu uma doença que requer atenção, se rompeu uma relação amorosa, perdeu o trabalho, pode chorar. Sim, chorar faz bem. Alivia, desentope a alma. Mas não chorar muito. Ficar tempo demais só na dor, paralisa.

Então, levanta a cabeça, estufa o peito, engole o choro e vai. Aprende a lidar com o sofrimento, buscar saída, novos motivos e novos caminhos. Todos temos força para superar nosso sofrimento.

Mas se não consegue sozinho(a), procurar ajuda pode ser uma boa alternativa. Terapia, Coaching. Para falar, desabafar e desabar, encontrar apoio e novas alternativas pra vida, pois ela, a vida, continuará insistentemente a desafiar, dia após dia. Alegrias virão, e outras dores também.

E a vida segue. Assim como ela é.

Eline Rasera Author
Eline Rasera, Bacharel em Psicologia e pós-graduada em Recursos Humanos pela FGV- Fundação Getulio Vargas, é especialista em Psicologia Organizacional pelo CRP – Conselho Regional de Psicologia e Coach pelo ICI – Integrated Coaching Institute. Realizou estudos sobre “A Biologia do Observador e suas Crenças” na Escola Européia de Coaching em Lisboa; coordenou o setor de Gestão de Pessoas em empresas de grande porte por mais de 25 anos. Professora do curso de pós-graduação da FGV da área de Administração de Empresas e sócia diretora da Consultoria Anel Gestão de Pessoas.
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