Em todo Processo de Coaching vamos falar sobre crenças limitantes. Nossas crenças são formadas por verdades que acreditamos, seja porque alguém falou ou porque concluímos que seria daquela maneira… Nossos valores são baseados em crenças. Se olharmos no dicionário, encontramos uma definição simples para crenças: são as ideias e percepções de uma pessoa, consideradas por ela absolutas e verdadeiras.
E por que num Processo de Coaching abordamos tanto nossas crenças limitantes? Porque como o próprio nome diz, temos crenças que assumimos como verdades que nos limitam a alcançarmos o que desejamos. E frequentemente, através dos meus atendimentos de Coaching, me deparo com clientes que podem muito mais do que acreditam, que acreditaram por anos que não seriam capazes de sonhar e atingir novos objetivos, até que se permitem ousar, experimentar… e pronto! Descobrem que são muito mais capazes do que imaginavam.
A partir deste conceito de crenças limitantes, faço uma conexão com nossas limitações. Aparentemente podem ser entendidas como sinônimos, mas não são. Enquanto nas crenças limitantes temos a convicção de que o que acreditamos é a mais absoluta verdade, ao analisarmos friamente nossas limitações, podemos fazer um juízo de razão e aceitarmos uma limitação como algo que nos limita no sentido de restrição. No dicionário, uma limitação é definida como uma condição do que é finito.
Um exemplo simples: um cliente meu aspira uma posição de liderança, um cargo de gerência do seu departamento, mas ele sabe que um dos pré-requisitos para a função é falar inglês fluentemente, e ele ainda não fala. Portanto, ele tem uma limitação. E quando esta limitação vira uma crença limitante? Quando ele acreditar que não fala inglês e nunca terá capacidade para aprender. Não podemos nos limitar, tudo é possível, desde que desejemos e nos esforcemos para aquilo. Temos que fazer a nossa parte, claro!
Quero trazer o foco para a importância de aceitarmos nossas limitações. Também encontramos no dicionário o conceito de que uma limitação pode ser entendida como um defeito, uma insuficiência – e isto não se aplica a todos os casos. Um cadeirante que não anda tem uma limitação, uma insuficiência de movimentos, mas não posso generalizar e dizer que quem não fala inglês é insuficiente e tem um defeito. Algumas pessoas não falam inglês porque não têm interesse em aprender, simples assim.
Faz parte de nossa condição humana sabermos que não somos perfeitos, que temos nossas limitações, e que estas limitações nos ajudam a ter senso crítico, humildade, paciência, sabedoria, entre muitas outras coisas. Por isso, aceitar nossas limitações é algo tão importante quanto trabalharmos nossas crenças limitantes. E ambas fazem parte de um rico processo de autoconhecimento!
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