Acessibilidade é um dos temas mais discutidos quando se trata de inclusão de pessoas com deficiência. É comum associá-la somente às adaptações arquitetônicas, mas seu conceito é mais amplo.
A acessibilidade prevê adaptações arquitetônicas (rampas, banheiros adaptados etc), comunicacionais (língua de sinais, escritos em Braille, textos ampliados), instrumentais (instrumentos e utensílios de trabalho), metodológicas (métodos e técnicas de trabalho), programáticas (programas internos em situação de igualdade) e de atitude (sensibilização, preparação e conscientização de todos os níveis hierárquicos).
Um discurso muito comum para que tais adaptações não sejam feitas é o alto custo. Porém, uma análise mais profunda deve ser feita antes desta conclusão, pois quando a empresa não é acessível o leque de possibilidades para contratação diminui significativamente tornando a empresa mais vulnerável ao não cumprimento da legislação e, consequentemente, suscetível a pesadas multas, que podem dobrar de valor numa possível reincidência.
Assim, a rotatividade de pessoas com deficiência aumenta, pois não obtendo recursos básicos para desempenhar seu trabalho, elas buscam novas oportunidades. As tecnologias assistivas são recursos que equiparam a capacidade de trabalho e resultados de uma pessoa com e sem deficiência, desta forma, perde a empresa também em produtividade.
Todos esses fatores geram custos diretos ou indiretos. Então, se colocados na ponta do lápis, percebemos a viabilidade para investir em acessibilidade. Mesmo itens com preços mais elevado, como no caso de elevadores, servem não somente para as pessoas com deficiência, mas a todos os colaboradores e seu investimento se dilui ao longo do tempo.
Portanto, faço aqui o convite para olhar a acessibilidade pela óptica do investimento. Não só em tornar sua organização acessível, mas principalmente em acreditar nas pessoas.
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