
Adaptar-se e Resistir: Como a Mudança Impulsiona o Sucesso Pessoal e Profissional
“A excelência não é um ato, mas um hábito.” (Aristóteles)
“A ordem é o que dá forma ao caos.” (Platão)
Nos acostumamos a buscar conselhos, dicas e profissionais especializados que nos ajudem a definir o melhor comportamento, a escolha das palavras mais adequadas, a forma como nos vestimos e as atitudes que podem impactar nosso sucesso.
Contudo, essa busca por aprimoramento pessoal frequentemente esconde uma realidade preocupante: índices alarmantes de tristeza, insatisfação com a vida e até mesmo o desejo de acabar com a própria existência têm se mostrado consistentes e crescentes ao longo do tempo. A este cenário, soma-se a inação social que impede que novas gerações superem as conquistas de seus antecessores.
Os avanços tecnológicos, a medicina mais eficiente e os modelos disruptivos na produção e distribuição de bens não trouxeram a satisfação esperada. Ao contrário, são frequentemente vistos como ameaças à humanidade, seja pela possibilidade de perda de empregos, seja pelo controle sobre nosso comportamento e livre arbítrio.
Entretanto, existem princípios tradicionais que podem atenuar, e em alguns casos até eliminar, esses desafios. Não se trata de soluções rápidas ou fórmulas mágicas, mas de abordagens que requerem uma reestruturação profunda dos paradigmas existentes.
Educação
Educação pelo exemplo é uma das chaves. Filhos não escutam; eles copiam. Os pais precisam estar cientes de suas ações e da importância da coerência em suas atitudes, se desejam manter a harmonia e o equilíbrio familiar.
Quando os adultos não conseguem deixar os celulares de lado para uma conversa significativa, os filhos se tornam dependentes digitais. Dizer a uma criança que não se deve mentir ou tomar o que não é seu, enquanto se faz uso de “mentirinhas sociais” e invade-se a privacidade dos outros, é uma contradição que gera sérios problemas.
Não vista a camisa de ninguém
Quem nunca ouviu a frase “Vista a camisa da empresa”? Cuidado! O que realmente importa é vestir a própria camisa; você deve se empenhar porque é o melhor que pode ser. O resultado positivo dessa atitude reverberará nas equipes e na sociedade como um todo. Fazer o melhor e cuidar do coletivo é uma forma de garantir um ambiente propício ao crescimento e à evolução.
Organização
A organização dos espaços em que vivemos é igualmente fundamental. Viver em um ambiente desordenado, seja em casa ou no local de trabalho, representa um desafio constante.
No lar, a saúde está intimamente ligada à higiene, o que exige a manutenção de um espaço limpo e arrumado: é preciso descartar o lixo, cuidar das roupas, manter a cozinha em ordem, limpar os sapatos e se desfazer de itens com validade vencida, incluindo alimentos e remédios esquecidos.
No ambiente corporativo, um espaço empoeirado e a desorganização de pastas e arquivos, tanto físicos quanto digitais, podem resultar em atrasos e na repetição de tarefas já realizadas, além de dificultar a compreensão do contexto evolutivo das demandas.
A organização transcende a mera estética; ela é crucial para a saúde mental e emocional, proporcionando um ambiente que favorece a concentração e o bem-estar. Um espaço bem organizado promove não apenas eficiência, mas também um estado mental propício para a criatividade e a produtividade.
Ajuda Profissional
Buscar ajuda profissional é, por fim, uma ferramenta valiosa para o autocuidado. Muitas vezes, a vida apresenta desafios que parecem intransponíveis, e é crucial entender que pedir apoio não é um sinal de fraqueza, mas uma demonstração de coragem e autoconhecimento. Os profissionais da saúde mental estão preparados para oferecer suporte e estratégias que facilitam mudanças comportamentais significativas.
Mudanças e Sobrevivência
Mudança deve ser vista não como um objetivo final, mas como um processo contínuo e dinâmico. A vida nos apresenta uma série de desafios e circunstâncias que exigem adaptações constantes e um crescimento pessoal significativo. Aceitar essa jornada de transformação é a oportunidade de nos tornarmos versões mais completas de nós mesmos.
A teoria da evolução de Darwin frequentemente é reduzida à ideia de que apenas os mais fortes sobrevivem. Contudo, uma análise mais profunda da história humana revela que a verdadeira sobrevivência reside na capacidade de adaptação.
Essa habilidade é crucial para que indivíduos e comunidades prosperem diante das adversidades. O recente período de pandemia de COVID-19 evidenciou nossa capacidade de reação rápida e resiliência — mudamos a forma como trabalhamos, nos reunimos e celebramos momentos importantes, adaptando até tradições familiares ao ambiente digital.
Assim, é fundamental reconhecer que a transformação pessoal e coletiva não é um destino fixo, mas uma jornada que se desdobra ao longo da vida. Cada experiência, seja positiva ou negativa, oferece lições valiosas para nosso desenvolvimento.
Enfrentar e navegar por essas transições pode ser uma experiência profundamente enriquecedora, proporcionando não apenas crescimento, mas também uma compreensão mais profunda de nós mesmos e do mundo ao nosso redor. Ao aceitarmos que a transformação é uma jornada sem fim, somos convidados a encarar os desafios com coragem e resiliência.
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Quer saber mais sobre o papel da organização no processo de adaptação e resistência às mudanças? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar sobre o tema.
Sandra Moraes
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