Comunicamos que nossa marca mudará em Janeiro de 2018 para Instituto W.br, sendo esta a entidade certificadora de todos os produtos do profissional Wandy. Assim, a Sociedade Brasileira de Leitura Corporal, será absorvida pelo instituto acima citado.
Em nosso método (Instituto W.br) entendemos que não existem sinais com significados rígidos, uma vez que diversos fatores podem alterar o seu resultado final. Desta forma, qualquer sinal com um significado comum, só será validado após sobreviver aos nossos filtros como um sistema de calibragem, a saber:
Contexto – Cada posição gestual pode variar seu significado de acordo com o contexto em que ela se manifestou. Imagine que uma pessoa coçou o rosto com o dedo médio. Este dedo está ligado com agressividade e sexualidade. Se isso surgir em uma relação comercial, a tendência é que você esteja recebendo um sinal ofensivo e deve reconsiderar o que estava dizendo, no momento em que essa posição gestual aconteceu. Porém, se surgir em uma conversa informal com o sexo oposto, numa festa, por exemplo, isso pode significar um sinal verde para relações sexuais, se a expressão da pessoa estiver em sintonia com o gesto. Desta forma, calibre o contexto para que, quando surgirem os sinais, você possa analisá-los adequadamente.
Etnia – Dependendo da origem racial do seu interlocutor, os resultados da sua leitura podem variar bastante. Imagine um oriental, vindo do Japão. Ele naturalmente tenderá a ser mais retraído, podendo olhar muito para baixo e posicionar-se com os braços cruzados na maior parte do tempo. Isso não significa que ele está fechado para seus conceitos, mas antes, que sua característica racial lhe confere este tipo de posicionamento. Sabendo disso, observe outros sinais que demonstrem abertura para um diálogo próspero.
Fatores culturais – Cada região do nosso país e fora dele, possui características comportamentais pontualmente bem marcadas, fruto de particularidades próprias da convivência nativa. Uma pessoa pode bocejar muito depois do almoço, justamente porque é hábito em sua região dormir após o almoço, sem que isso signifique que sua conversa esteja desinteressante, por exemplo.
Fatores fisiológicos – Uma pessoa pode estar com dor de cabeça e constantemente colocar a mão na lateral da testa, por exemplo, mas isso não deve ser confundido com vergonha ou preocupação (significados mais comuns desta posição gestual). É necessário investigar os desconfortos fisiológicos que possam estar presentes no seu interlocutor para limpar sua leitura desse tipo de interferência.
Fatores ambientais – Uma pessoa pode estar com os braços cruzados o tempo todo ao falar com você, mas se estiver frio, isso não significará necessariamente que ela está fechada para suas ideias. Investigue um pouco mais para ter certeza do seu diagnóstico.
Baseline – Determinados gestos que as pessoas fazem diante de algumas situações ou assuntos servem como elemento guia para calibragem do nosso interlocutor. O apresentador de televisão Silvio Santos, por exemplo, sempre que está diante de um desconforto emocional, coloca a mão na barriga. Gestos como esse devem ser considerados como padrão específico da pessoa, ou seja, outras pessoas realizando o mesmo movimento podem fazê-lo por motivos diferentes. Um homem com intenções sexuais pode alisar a gravata repetidas vezes, pois é um símbolo fálico, mas nem todo homem que repete este movimento o faz pelo mesmo motivo. Aprenda a calibrar seu interlocutor nas marcações que ele apresenta e tenha mais assertividade em sua leitura. Observando o gesto padrão, repita o assunto até confirmar sua percepção. Os dois primeiros minutos de uma conversa são os mais importantes (small talk), mas se puder pesquisar as mídias sociais, vídeos etc. do seu interlocutor antecipadamente, ficará mais fácil de calibrar o seu padrão de base (no caso do Silvio Santos a pesquisa foi feita através de vídeos).
A baseline, neste estudo, serve a dois propósitos:
1) Decifre a baseline de seu interlocutor – Se uma pessoa coça o nariz constantemente, isso tende a significar dificuldades em aceitar o que vem de fora, segundo a teoria psicossomática. Tendo em vista este aspecto, fica mais fácil de conduzir sua interlocução, aproximando-se aos poucos, por exemplo.
2) Observe os desvios da baseline – Após calibrado seu interlocutor, quando ele fizer um desvio da sua baseline será o momento de investigar um pouco mais, ou seja, quando ele não fizer o sinal que deveria fazer por hábito. No caso do apresentador Silvio Santos, cuja baseline é colocar a mão na barriga sempre que está diante de um desconforto, você deverá investigar quando ele não fizer o gesto na mesma situação. Inicie um questionário e confirme sua percepção.
Após essa explanação, fica claro que a Leitura Corporal bem aplicada, de forma consciente e concisa, necessita de critérios para evitar ser uma prateleira de consultas aleatórias, fato esse muito comum em alguns métodos que estudamos a fim de desenvolver o nosso. Muitos erros são cometidos por falta de protocolos e entendemos que para trazer confiança e aplicabilidade, inclusive dentro das academias, para a Leitura Corporal, necessitamos de mais vieses como esse.
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