A Cultura da Mudança na Agenda ESG
Olá,
Sou Katia Soares, fundadora da Agentes da Mudança, idealizadora do Programa de Formação Líderes Agentes da Mudança, especialista em Cultura da Mudança Humanizada, escritora, mentora e coach. Autora dos livros “A transição da Gestão da Mudança” e “ Cultura de Mudança e Mudança de Cultura”.
Há mais de 20 anos sou apaixonada pela mudança estratégica/cultural onde desenvolvo profissionais para atuarem como Agentes da Mudança na vida e no trabalho. Fazer-se totalmente presente para acompanhar a transformação que ocorre de dentro para fora dos indivíduos é, ao meu ver, liderar.
Por isso o foco é na preparação do líder de dentro para fora.
Ao longo destes anos construí uma metodologia que pudesse contribuir para este processo de aprendizado que une conhecimento técnico e humanístico ao mesmo tempo. O mercado a batizou de PDCA – Humano, e eu a chamo do Método do Agente da Mudança.
A minha coluna não fala de modo aleatório sobre mudança, mas almeja trazer consciência para todos aqueles que queiram se preparar para lidar e liderar mudanças, criando potências ao seu redor.
Esta coluna lhe dará vários insights em como atuar na mudança e cuidar da evolução do negócio ao mesmo tempo que os indivíduos se desenvolvem.
Seja bem vindo(a), temos muito a conversar.
Katia Soares
A Cultura da Mudança na Agenda ESG
A mudança é inevitável, especialmente quando entendemos que estamos vivendo em pleno século XXI em meio a era digital que traz a IA, internet das coisas, ChatGPT e agilidade a todo momento na pauta das práticas organizacionais.
As palavras mágicas nos tempos atuais é expansão e crescimento, e para apimentar este cenário VUCA-BANI (Volátil-Frágil, Incerto-Ansioso, Complexo-ansioso e Ambíguo-Não Linear), os tomadores de decisão se deparam com a agenda ESG-2030 impulsionada pela necessidade de ressignificarmos completamente nossas práticas operacionais e modelos de gestão em cada organização.
Estamos aqui falando de que a liderança em pouco tempo de aprendizado passa a ser demandada a servir o propósito de engajar colaboradores, fornecedores, clientes e toda uma cadeia sistêmica para fazer entregas sustentáveis e não mais somente lucrativas. As empresas estão reaprendendo a lidar com o ser humano de verdade e com as necessidades individuais e grupais de maneira profunda.
A humanização entra para ficar e quando a desumanização impera, já percebemos que burnouts surgem. E as pessoas já não estão mais permitindo que comandos e controles permaneçam na cultura.
O poder de transformação das empresas é gigante e isso só se concretiza se a cultura da empresa se firma na colaboração e na interdependência. Competências fundamentais para a geração de resultados que não se faz mais sozinho, mais por meio de parcerias integradas.
E para impulsionar e dar conta desse cenário, torna-se fundamental desenvolver uma rede específica de Agentes da Mudança em cada organização. Isso significa entrar de cabeça no desenho de uma jornada educacional e cultural para poder, de fato, aprofundar a implementação de uma cultura de mudança. Uma cultura onde o sentir predomina em relação ao pensar e ao querer individual e coletivo.
Precisamos gerar conexão e valores e não somente contatos. Será por meio da conexão das pessoas que os resultados virão impactando o ambiente e a sociedade como um todo.
Sim, estamos sendo solicitados a pensar nas novas gerações, na presença da mulher na liderança e no olhar para o lucro compartilhado, onde a definição da remuneração está sendo revisitada para que todos tenham o mesmo múltiplo de ganhos independente dos níveis hierárquicos existentes.
E como a disciplina Gestão da Mudança entra para ajudar este contexto de transformação e agenda ESG?
Em primeiro lugar, reconhecendo que estamos a serviço de uma cultura de mudança. O discurso e a prática da mudança é diário e não mais direcionado somente a projetos e programas.
Isso significa que todos da empresa precisam ter conhecimento dessa disciplina, com o propósito de desenvolver habilidades socioemocionais ao mesmo tempo que aprendem método e ferramentas para ampliar a visão estratégica de como cada mudança organizacional impactará de maneira positiva ou não o ecossistema organizacional.
O caminho de crescimento e expansão das empresas passa por aprender como implementar ES&G (Environmental, Social, and Governance) e gestão da mudança de forma integrada. Isso envolve revisitar o atual modelo de gestão, remodelar a conduta da liderança, valores culturais e comportamentos ao mesmo tempo que promovem novos produtos e serviços, a fim de torná-la mais sustentável e responsável socialmente.
O primeiro passo para trazer ES&G e gestão da mudança de forma integrada é criar um ambiente onde as mudanças possam ocorrer de maneira transparente e estruturada. Isso pode ser alcançado através da implementação de uma cultura de inovação e aprendizado contínuo. A empresa deve estar disposta a ouvir ideias de todos os níveis da organização e incentivar a colaboração entre todas as áreas.
A próxima etapa é identificar as áreas que estão passando ou provocando mudanças na cultura. E apoiá-las a fazer esta caminhada de forma estruturada, sustentável e responsável socialmente. Isso significa nem sempre envolver a todos da empresa ao mesmo tempo, mas aos poucos, área a área, até que haja um total entendimento, crença e compromisso dos envolvidos em toda a jornada de mudança.
Por exemplo: a redução do desperdício, a melhoria das condições de trabalho ou a implementação de práticas de negócios éticas podem ser iniciativas simples a serem implementas para começar a implementação da cultura da mudança.
Um ponto chave é que a empresa tenha clareza deste objetivo específico e crie um plano de ação dirigido para alcançá-lo.
E como etapa cross de toda esta jornada, a comunicação é peça chave a se fazer presente. Ter como premissa o envolvimento de todos os colaboradores, clientes e fornecedores nesta cultura de mudança criada a cada ação. Explicando as razões e fornecendo capacitação e suporte adequados para ajudar as pessoas a se adaptarem às novas maneiras de trabalhar.
É importante que cada organização acompanhe o progresso da mudança e faça ajustes quando necessário. Isso envolve a criação de indicadores de desempenho específicos que possam ser medidos e monitorados. A empresa também deve se preparar para lidar com qualquer resistência à mudança que possa surgir.
Enfim, estamos com uma grande oportunidade de virar a página da história da humanidade em poder utilizar as organizações como palcos de desenvolvimento humano e proliferação de talentos individuais unindo ESG e Gestão da Mudança.
Afinal, serão as pessoas que farão a grande diferença para um mundo em plena transformação.
Gostou artigo? Quer saber mais sobre a Cultura da Mudança na Agenda ESG? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Kátia Soares
https://www.agentesdamudanca.com.br
Referências: A transição na Gestão da Mudança e Mudança de Cultura e Cultura da mudança – Katia Soares
Não deixe de acompanhar a coluna O Canal do Agente da Mudança
Participe da Conversa