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Agenda ESG x Agenda ASGI: O Novo Paradigma da Ética Empresarial

O conceito ASGI surge como evolução da ESG, adicionando integridade como um quarto pilar fundamental para a ética nos negócios. Descubra como esse novo pilar redefine a ética nos negócios, um novo paradigma para a responsabilidade corporativa.

Agenda ESG x Agenda ASGI: O Novo Paradigma da Ética Empresarial

Agenda ESG x Agenda ASGI: O Novo Paradigma da Ética Empresarial

Nos últimos anos, o conceito de ESG (Environmental, Social, Governance) tornou-se central nos debates sobre sustentabilidade corporativa, governança e responsabilidade social. Empresas de todos os setores passaram a adotar práticas que visam mitigar os impactos ambientais, promover o bem-estar social e garantir a governança transparente e ética.

No entanto, recentemente, um novo termo está ganhando espaço em vários níveis de abordagem: ASGI (Ambiental, Social, Governança e Integridade), que inclui a Integridade como componente adicional.

A introdução da Integridade como pilar fundamental na agenda ASGI reflete, principalmente, a crescente preocupação com a ética nos negócios e o combate à corrupção, o que tem levado a uma diferenciação entre as duas abordagens.

Este artigo busca comparar as agendas ESG e ASGI, explorar o que levou à criação dessa diferença e discutir a tendência de incorporar a ASGI aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2030 da ONU.

O conceito de ESG nasceu na década de 2000, mas solidificou-se a partir de um relatório conjunto da ONU e do Pacto Global, em 2004, intitulado Who Cares Wins (em versão livre, “Quem se importa, vence”). O relatório destacou a importância de fatores ambientais, sociais e de governança na avaliação dos riscos e oportunidades corporativas.

A agenda ESG se refere a três pilares fundamentais:

  • Ambiental (Environmental), envolvendo as práticas da empresa que afetam o meio ambiente;
  • Social (Social), associado às políticas sociais que envolvem o relacionamento com colaboradores, comunidades e clientes, bem como o respeito aos direitos humanos, diversidade e inclusão;
  • Governança (Governance), dizendo respeito à estrutura de governança corporativa, que inclui transparência, ética, tomada de decisão, relação com acionistas e práticas anticorrupção.

O conceito de ASGI surge agora como uma evolução do conceito de ESG, incorporando um quarto elemento: a Integridade. Esse novo conceito nasceu impulsionado pelo aumento dos debates sobre a necessidade de combater práticas corruptas. Além disso, busca garantir conformidade ética e promover maior transparência e responsabilidade (accountability) no ambiente corporativo.

A agenda ASGI inclui os mesmos três pilares da ESG (Ambiental, Social e Governança). No entanto, adiciona a Integridade como o compromisso das empresas com uma atuação ética, transparente e responsável. Esse pilar inclui o cumprimento de leis e normas, além do combate à corrupção de forma ativa e proativa.

No contexto da ASGI, integridade vai além da simples conformidade legal. Ela representa um compromisso mais amplo com a ética nos negócios, e inclui:

  1. Conformidade com Leis e Regulamentos: As empresas devem assegurar que suas operações respeitem as leis locais, nacionais e internacionais, especialmente em áreas como direitos humanos, anticorrupção, práticas trabalhistas e regulamentos ambientais;
  2. Práticas Anticorrupção e Antifraudes: A integridade implica o combate ativo à corrupção e à fraude, promovendo uma cultura de ética e transparência em todos os níveis da organização. sso inclui adotar programas eficazes de compliance e implementar auditorias regulares.
  3. Transparência e Responsabilidade: As empresas comprometidas com Integridade devem ser transparentes em suas práticas operacionais, financeiras e de governança. A prestação de contas é fundamental para que a Integridade seja mantida em longo prazo, tanto internamente quanto com os stakeholders externos;
  4. Promoção de uma Cultura Ética: A Integridade também envolve a promoção de uma cultura corporativa baseada em valores éticos. Isso se manifesta na forma como a empresa trata seus funcionários, parceiros e comunidades, bem como nas decisões estratégicas de longo prazo.

Mas afinal, o que levou à criação dessa diferença entre ESG e ASGI?

A crescente complexidade das cadeias globais de suprimento e a pressão social por práticas empresariais mais éticas impulsionaram a criação da agenda ASGI.

Embora o ESG já incluísse componentes de governança, muitas empresas limitavam suas iniciativas à conformidade mínima com regulamentações. Sem necessariamente incorporar práticas anticorrupção ou um compromisso amplo com a integridade. Empresas que priorizavam apenas os pilares ambiental e social, mas que negligenciavam a ética corporativa, começaram a enfrentar críticas severas.

O conceito de ASGI começou a ser articulado por organizações e governos em países como o Brasil, que enfrentam desafios significativos no combate à corrupção.

A Controladoria Geral da União (CGU) no Brasil, por exemplo, desempenhou um papel importante na disseminação da ASGI. A instituição destacou a necessidade de adicionar a Integridade como um quarto pilar, garantindo que as práticas de sustentabilidade também fossem acompanhadas por um compromisso ético genuíno.

Cabe lembrar, como informação, que a agenda ASGI começou sua adoção formalmente por volta de 2019, à medida que governos e organizações corporativas, especialmente na América Latina, passaram a entender a importância de associar práticas de sustentabilidade com o compromisso explícito pela integridade.

Embora a agenda ESG já fosse utilizada, tornava-se evidente que, sem foco explícito em Integridade, seria difícil garantir que as operações empresariais se mantivessem sustentáveis e éticas no longo prazo.

A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, adotada pelas Nações Unidas em 2015, estabeleceu 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) com metas ambiciosas para transformar o mundo, combatendo a pobreza, promovendo a prosperidade e protegendo o meio ambiente. Embora os ODS abordem questões ambientais, sociais e de governança, a Integridade como pilar explícito ainda não estava presente nas discussões iniciais pela ONU.

Diante da nova percepção que gerou a agenda ASGI, existe uma crescente expectativa de que a Integridade precisa ser parte integrante dos ODS. Esse aspecto é especialmente relevante em áreas como o objetivo 16, que trata de “Paz, Justiça e Instituições Eficazes”. Esse objetivo se alinha diretamente aos princípios de governança transparente e ética. E abre espaço para a adoção da agenda ASGI em programas que buscam cumprir os ODS.

A transição da ESG para ASGI reflete a evolução natural das práticas de sustentabilidade e responsabilidade corporativa, colocando a integridade no centro da discussão.

O ESG tem sido amplamente adotado como modelo para alinhar negócios com o desenvolvimento sustentável. No entanto, a incorporação da Integridade representa um passo essencial para garantir que a sustentabilidade seja, de fato, conduzida de forma ética e transparente.

E você coach, mentor, conselheiro ou consultor: conhece essa nova visão cada vez mais presente na vida pública e privada?

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Eu sou Mario Divo e você me encontra pelas mídias sociais ou, então, acesse meu site www.mariodivo.com.br.

Até nossa próxima postagem!

Mario Divo
https://www.mariodivo.com.br

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Mario Divo Author
Mario Divo possui mais de meio século de atividade profissional ininterrupta. Tem grande experiência em ambientes acadêmicos, empresariais e até mesmo na área pública, seja no Brasil ou no exterior, estando agora dedicado à gestão avançada de negócios e de pessoas. Tem Doutorado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com foco em Gestão de Marcas Globais e tem Mestrado, também pela FGV, com foco nas Dimensões do Sucesso em Coaching (contexto brasileiro). Formação como Master Coach, Mentor e Adviser pelo Instituto Holos. Formação em Coach Executivo e de Negócios pela SBCoaching. Consultor credenciado no diagnóstico meet® (Modular Entreprise Evaluation Tool). Credenciado pela Spectrum Assessments para avaliações de perfil em inteligência emocional e axiologia de competências. Sócio-Diretor e CEO da MDM Assessoria em Negócios, desde 2001. Mentor e colaborador da plataforma Cloud Coaching, desde seu início. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Marketing & Negócios, ex-Diretor da Associação Brasileira de Anunciantes e ex-Conselheiro da Câmara Brasileira do Livro. Primeiro brasileiro a ingressar no Global Hall of Fame da Aiesec International, entidade presente em 2400 instituições de ensino superior, voltada ao desenvolvimento de jovens lideranças em todo o mundo.
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