Esse é o meu último texto antes das férias. Meu último texto como estudante do 2º ano do ensino médio. Estou muito feliz por ter passado mais um ano estudando, ao lado de pessoas muito especiais e que a cada dia se tornam mais íntimas e mais presentes como personagens da minha história, da nossa história na verdade.
Esse texto é também uma homenagem a todos vocês, que passaram um pouco ou bastante tempo comigo e que também leram os textos anteriores.
Muito obrigada!
Bom, mas por que eu estou falando tudo isso? Pois eu vou falar de amizades. Em qualquer época da vida é importante ter amigos e na adolescência o jeito e os tipos de amizades vão se definindo.
Uma terapeuta me disse uma vez que a amizade é como um casamento. Um relacionamento onde você tem que ver todas as partes da personalidade da outra pessoa e que, como em qualquer relacionamento, isso pode ser uma coisa difícil. Mas o que a introdução do texto tem haver?
Nós, do 2º ano do ensino médio, estamos terminando mais uma etapa. Estamos agora no final do ano, com os dois pés no último degrau desta parte acadêmica. Chegamos ao terceiro ano do ensino médio.
A caminhada até aqui foi a mais árdua e cansativa de todas e passamos todos os dias dessa jornada com pessoas que nem mesmo temos a obrigação de passar, mas com quem temos uma ligação muito forte. Essas ligações podem sofrer os abalos das vidas pessoais de cada um.
Estamos acabados de cansaço e isso pode abrir frestas para desentendimentos seja por nenhum motivo importante, seja por tempestades em copos d’agua por uma simples discordância de pensamentos ou opiniões. Por mais íntimo que o meu amigo seja de mim, ele não sou eu, não tem a mesma criação, logo não tem os mesmos valores e por isso pode pensar diferente e isso não faz dele uma pessoa melhor ou pior do que eu, apenas diferente.
Cada um tem suas características e algumas delas são bem nítidas: um não gosta de piadas machistas nem que for por brincadeira, outro tem um temperamento forte, um é mais quieto, outro é mais preocupado com o que acham dele do que ele acha de si mesmo e outro reclama um pouco mais que o normal. E vendo tudo isso, podemos escolher a aguentar, aturar, valorizar outras características ou então não estabelecer um laço forte e verdadeiro com essa pessoa.
Que nessas nossas férias descansemos bastante, reflitamos sobre esse ano que passou e, o que virá, coisas boas, coisas ruins e nossas amizades. Cultivemos as existentes, façamos novas e desatemos outras se assim acharmos melhor.
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