O Perfil DISC real, o certo e o melhor
Uma análise comportamental DISC é uma maneira de, através de uma parte, ter um melhor entendimento do todo.
Nossa personalidade poderia ser comparada a uma cebola com incontáveis camadas. A primeira, aquela que as pessoas veem, seria a metodologia DISC, para muitos a teoria dos comportamentos e emoções observáveis.
Dessa forma, um gráfico DISC, quando funciona e cumpre com o seu propósito, não é a pessoa, apenas parte dela; além disso, revela somente a dimensão mais superficial, a casca. Um indicador de que essa teoria funciona é o fato de ela ser utilizada comercialmente desde 1965, quando foi lançado o instrumento Self DISCpriction, de J. P. Cleaver, primeiro instrumento a servir-se das letras D, I, S e C, após este ter trabalhado com Walter Clarke. Além disso, e desde o seu lançamento, muitos consultores e consultoras de sucesso e reputações íntegras têm validado na prática essa teoria para a identificação de talentos e o desenvolvimento de pessoas.
Saber os significados das letras D, I, S e C é muito pouco para ter um mínimo de segurança para aplicar esses conceitos em pessoas. São necessários dias de estudo e muito prática, para realmente adquirir o repertório e experiência necessários para um trabalho de padrão superior.
Dominar os fundamentos é essencial, bem como saber como utilizar na prática é crítico, uma vez que esses instrumentos são usados com pessoas, as quais possuem desejos, medos, limitações, qualidades e sonhos.
A seguir trago três importantes perguntas, cada uma com duas respostas diferentes, no intuito de convidar a reflexões e contribuir para um melhor emprego da metodologia DISC, com mais qualidade e de maneira mais adequada, a saber:
1. Retrata a pessoa REAL? SIM e NÃO.
SIM, quando o instrumento funciona (é confirmado pelo respondente) e entendemos que o gráfico DISC traz informações apenas das tarefas ou atividades que uma pessoa provavelmente teria maior ou menor facilidade em executar.
NÃO, quando usado isoladamente para o entendimento de um indivíduo, uma vez que uma pessoa é muito mais complexa do que um gráfico comportamental. Outros instrumentos de assessment, utilizados em conjunto com o DISC, podem contribuir para uma análise mais completa.
2. Seleciona a pessoa CERTA? SIM e NÃO.
SIM, quando contribui como mais uma fonte de informação, que, em conjunto com outras fontes, serve de base para trazer mais segurança para que uma pessoa tome uma decisão a respeito de um candidato ou candidata.
NÃO, caso a pessoa que está tomando a decisão pela contratação ou não esteja fazendo isso apenas com base em um gráfico DISC, sem levar em conta fatores como por exemplo: outras metodologias de assessment, entrevistas, experiência profissional, conhecimento técnico, referências, etc.
3. Identifica o MELHOR gráfico que existe? SIM e NÃO.
SIM, quando quem utiliza a ferramenta entende que todas as pessoas são singulares, únicas e normais em si. Isso posto, quando um respondente pergunta qual o melhor gráfico DISC que existe, então a resposta deveria ser sempre a mesma: O seu.
NÃO, em situações em que profissionais que utilizam relatórios DISC se valem de perfil de referência, pré-conceitos, opiniões sem nenhum fundamento científico ou qualquer outra forma de dizer ou dar a entender que um fator ou padrão comportamental é melhor do que outro.
Instrumentos da análise comportamental DISC servem para ser fontes de informação para apoiar iniciativas de desenvolvimento, decisões e estar a serviço e à disposição de pessoas, não para que pessoas se subordinem ao que acreditam estar sendo dito, ou até mesmo afirmado, por eles.
Apenas para lembrar que gráficos DISC não respiram, ouvem, falam ou decidem.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre análise comportamental e o perfil DISC? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Alexandre Ribas
https://www.linkedin.com/in/perfilalexandreribas/
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