Angustiado, Deprimido ou Vivo e Pleno? O que é melhor?
Desde antes da pandemia venho observando o quanto as pessoas estão angustiadas ou deprimidas, não sabem como fazer para sair desse estado e a cada dia fica mais desafiador.
Com a pandemia estes sentimentos e desafios aumentaram porque estamos há mais de um ano vivendo literalmente um momento de incertezas e isso deixa nosso cérebro com uma grande “?“. Quando vai acabar? Até onde isso vai? Como será minha vida depois? Como ficarão os empregos? E a vacina vai dar para todos? Como confiar nos governantes, se a mídia a cada dia traz algo diferente? Quem está certo ou errado? O que é verdade ou mentira? Já são mais de 500 mil vidas perdidas! Eu era feliz e não sabia? Queria que o tempo voltasse!
Todas essas questões deixam nosso cérebro à deriva e voltar ao centro se torna uma maratona.
Estávamos habituados às nossas certezas, por pior que fossem parecia que as tínhamos. A pandemia veio para nos mostrar que não temos certeza de nada. E que nossa vida pode virar de cabeça para baixo de uma hora para outra.
Ficamos todos no mesmo barco, sem nenhuma diferença. O primeiro momento foi o pior. Fomos buscar respostas e estratégias para o que estava acontecendo, sem sucesso. Isso desgasta, deixa angustiado, entristece e cansa.
Durante todo esse tempo buscamos atender necessidades que não estão sendo atendidas. Perdemos autonomia, independência, segurança. Tudo isso são necessidades básicas humanas universais. Em qualquer lugar do mundo, precisamos das mesmas coisas.
Das nossas necessidades criamos nossas crenças, que se originam em nossas próprias experiências passadas. Sejam na educação de nossos pais, professores, familiares e da nossa cultura. Elas são criadas desde nossa infância, na qual nos alimentamos, criamos pensamentos, sentimentos e comportamentos que incorporamos.
Como diz Roxana Cabut e Raed El-Younsi:
“São histórias que nos contaram para nos educar. E se convertem em histórias que nós contamos para viver. E assim vivemos do conto.”
O que não nos damos conta é que estivemos vivendo neste período ou no passado ou no futuro. Nos esquecemos do presente, do aqui e agora. Vivemos com o corpo no presente e a cabeça no passado ou vivemos com o corpo no presente e a cabeça no futuro.
Quando corpo está no presente e a cabeça no passado, fazemos ligações do passado para a vida presente e que muitas vezes não funcionam mais. Mas como temos a sensação de que estamos acorrentados nesta verdade passada, acabamos por ficar com medo de mudar e perdermos nosso referencial. Assim ficamos angustiados.
Quando estamos com o corpo no presente e a cabeça no futuro, estamos imaginando situações futuras que não existem. Dessa forma, agimos segundo a história que nós contamos e que normalmente é bem diferente do presente.
Nosso corpo é soberano e ele está sempre no presente por mais que não aceitemos ou admitamos. Nosso corpo dá sinais claros de como as situações estão chegando até nós e como podemos fazer para mudar. Em outras palavras, viver o presente e então poder voltar ao equilíbrio, pensar, sentir e querer em harmonia.
Você deseja esse equilíbrio?
Então será importante você deixar de contar histórias para você seja pelo que passou ou seja pelo que deseja. Viver o presente, o aqui e o agora é a única forma de sairmos dessa polaridade.
Como sugestão você pode fazer várias práticas para o exercício de estar no presente, a primeira delas é a meditação. Ao contrário do que muitos dizem, meditação não é ficar sem pensar, pois não é possível parar de pensar. Mas sim buscar atenção e foco para o seu corpo e sua respiração. Uma prática diária de 5 minutos, depois de um tempo irá ver como contribui para focar no presente.
Outra possibilidade é praticar o mindfulness, ou seja, estar no presente na atividade que esteja fazendo. Se está fazendo uma tarefa em casa, se concentre na tarefa e se seu pensamento começar a voar, traz ele de volta para a tarefa. Você pode fazer essa prática em qualquer lugar e com qualquer atividade que lhe seja importante. Outra prática e que gosto muito é o Ioga e existem várias modalidades. A atividade física também, desde que se mantenha atento aos exercícios, respiração, repetição e em todas as práticas poderá sentir no corpo a sensação de bem-estar e leveza, que tanto se busca.
Meu convite é para que você possa dar uma pausa e trazer o equilíbrio de volta para sua vida.
Será importante manter a disciplina, a perseverança, pois nada acontece com um estalar de dedos ou um passe de mágica. Requer esforço, vontade, determinação, motivação, organização e planejamento mudar os pensamentos, hábitos e comportamentos.
Se permita experimentar, anote em um caderno a cada dia como têm sido as práticas e como se sentiu após elas. Esses registros serão importantes para você perceber e sentir no seu corpo quando seu cérebro estiver iniciando as mudanças sem sentir-se angustiado, deprimido ou triste.
Desejo que você se torne a sua melhor versão.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como lidar com a angústia, a depressão e dar uma pausa para trazer o equilíbrio de volta para sua vida? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Abraço,
Wania Moraes
http://www.waniamoraes.com.br/
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