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Aplicativos Mentais

Hoje vamos Aprender a Jogar com nossos Aplicativos Mentais, um conjunto de recursos que se chama Cognição, a nossa “cabine de comando” responsável por nossa forma de Pensar, Sentir, Agir e Interagir.

“O problema não é o problema.
O jeito que encaramos o problema é que pode ser o problema!”
(Malu Mader – Atriz)

Hoje vamos Aprender a Jogar com nossos Aplicativos Mentais, um conjunto de recursos que se chama Cognição, a nossa “cabine de comando” responsável por nossa forma de Pensar, Sentir, Agir e Interagir.

A palavra Cognição, do latim cognitione, refere-se à forma como processamos informações, ou seja, nossa capacidade de captar, armazenar, transformar e aplicar o conhecimento, utilizando um conjunto de funções mentais: percepção, memória, linguagem e as funções executivas (planejamento e execução de tarefas que incluem raciocínio, lógica, estratégia, tomada de decisão e resolução de problemas). Portanto, a Cognição pode ser comparada ao conjunto de “aplicativos mentais”, que definem nossa forma de pensar, sentir, agir e interagir em relação a outras pessoas e ao meio ambiente, no tempo passado, presente e futuro.

Estudos sobre o “Conhecer Humano” sempre foram alvo de discussões entre a filosofia e psicologia, entretanto, as ciências cognitivas tem suas origens a partir do movimento cibernético, iniciado na década de 50, sob o “Paradigma do computador”, onde o funcionamento do cérebro (cognoscente, ou processo cognitivo), era entendido como uma “máquina de processar informações” com as unidades de memórias primária (memória de trabalho) e secundária (memória de longa duração).

O Processo Cognitivo (processamento de informações que ocorre na mente humana), que se resume pela dinâmica do perceber, representar, armazenar, recuperar e processar… símbolos, objetos, coisas ou regras para transformar símbolos em outros símbolos. Ou seja, o mundo “real” percebido pelos órgãos dos sentidos, representado através de símbolos armazenados nas memórias de trabalho e de longo prazo, para posterior processamento (manipulação de símbolos).

A partir do “Paradigma do Computador”, outro paradigma surge centrado na pessoa, passando a considerar também as crenças, os valores e as visões de mundo (mapas mentais), como elementos que mediam e interferem no que percebemos e processamos. A evolução da concepção mecanicista de Descartes e Newton, para uma visão mais ecológica, surge do “Paradigma Sistêmico” onde a concepção de mundo se sustenta no “todo integrado” e “interdependente”. O que acontece, então, depende da forma pela qual observamos ou alteramos o resultado do fenômeno, pelo próprio ato de observar.

O Pensamento Sistêmico, uma abordagem da realidade que como vimos surgiu no século XX, em contraposição ao pensamento “reducionista-mecanicista” do século XVII, de Descartes e Newton, por definição, inclui a Interdisciplinaridade. Aristóteles já dizia: “O todo é maior do que a simples soma de suas partes”. Dessa forma, a Visão Sistêmica se baseia no todo a partir de suas partes e suas ligações, cujas características podem ser resumidas:

  • Um sistema é composto por partes;
  • Todas as partes de um sistema se relacionam de forma direta ou indireta;
  • Um sistema é limitado pelo ponto de vista do observador ou um grupo de observadores;
  • Um sistema pode abrigar outro sistema;
  • Um sistema é vinculado ao tempo e espaço.

É nesse cenário que a Psicologia Cognitivo-Comportamental surge (1960) com o objetivo de estudar e compreender o Processamento de Informações – “Cognições” ou “Pensamentos” – que ocorre em seres humanos influenciando sentimentos e comportamento e, que pode apresentar Distorções (“erros cognitivos”). Por exemplo, quando se tem uma visão negativa de si, do outro e do futuro (Tríade Cognitiva eu/outro/futuro), a pessoa tende a se sentir deprimida, e essa condição mental/emocional, refletirá diretamente em na forma dela agir e interagir. Por esse motivo, para compreender o que uma pessoa sente e como age/interage é fundamental concentrar no conteúdo cognitivo, ou linha de pensamentos e crenças que apresenta que pode estar produtiva ou improdutiva.

Em essência, as três premissas da Psicologia Cognitivo-Comportamental:

  1. A Cognição (pensamento) afeta emoções, comportamentos e interações;
  2. A Cognição (pensamento) pode ser monitorado e alterado;
  3. A mudança emocional, comportamental e nas relações pode ocorrer por meio da mudança cognitiva ou forma de pensar (interpretações, pressupostos e estratégias), cujo objetivo é desenvolver habilidades de enfrentamento em relação aos desafios da vida, resolução de problemas e reestruturação cognitiva.

Resumindo, o Modelo Psicológico Cognitivo-comportamental procura reconhecer e reestruturar pensamentos distorcidos ou irreais que afetam a forma de sentir, agir e interagir. Portanto, é preciso aprender a reconhecer:

Pensamentos – automático, rápidos, breves, superficiais (14 mil/dia), identificados a partir das emoções (o que estou pensando para sentir assim?).

Crenças/Convicções – interpretações, expectativas sobre Eu/Outro/Futuro (Tríade Cognitiva) que influenciam o Sentir-AGIR-Interagir. Podem ser Funcionais ou Disfuncionais (distorcidas/irracionais). Devem estar ajustados para que possamos ter avaliações mais realistas do que nos acontece, porém, se estiverem desajustados, estaremos “funcionando” a partir de distorções cognitivas (erros cognitivos), criando assim, dificuldades ou até mesmo, vivendo algum transtorno psicológico.

Esquemas – padrões ou verdades absolutas que tendem a ser globais, rígidos e supercentralizados sobre a competência/incompetência, adequação/inadequação, estimam/não estima, vulnerabilidade. Ex: crença de incompetência ativada – “sou incompetente”, interpreta com autocritica negativa, típicos dos momentos depressivos (visão do EU/Outro/Futuro distorcidos).

Distorções Cognitivas ou Erros Cognitivos na forma de pensar que interferem em nossa forma de sentir, agir e interagir. A seguir os 11 erros cognitivos mais comuns:

  1. Catastrofismo (conclusão catastrófica sem pensar duas vezes);
  2. Telepatia (ilusão de mão dupla);
  3. Mania de perseguição (levar tudo para o lado pessoal);
  4. Acreditar nos louros do sucesso (êxito em determinada área implica sucesso nas demais);
  5. Levar as críticas muito a sério (sem questiona-las e avaliar de quem vem);
  6. Perfeccionismo (desejo de ser perfeito em tudo com padrões tão altos que se tornam inalcançáveis);
  7. Mania de comparação (comparação negativa tendendo a ser desanimador);
  8. Pensamento condicional – “E se…?” (gerador de ansiedade e preocupações);
  9. Deve-ser-assim (imperativo, como uma ordem e obrigação);
  10. Vício do “sim, mas…” (encontra sempre algo negativo que se sobrepõe ao positivo).

A Terapia Cognitiva, portanto, é um método especifico de intervenção psicológica cujo objetivo é substituir as formas distorcidas de pensar por avaliações mais realistas, adaptativas e estratégicas. O tratamento baseia-se em uma abordagem psicoeducacional e cooperativa, com foco na reestruturação cognitiva:

  1. Monitorar pensamentos automáticos;
  2. Reconhecer a relação entre o pensar, sentir, agir e interagir;
  3. Testar a validade e funcionalidade de pensamentos automáticos;
  4. Substituir pensamentos distorcidos por cognições mais realistas;
  5. Identificar e alterar crenças, pressupostos ou esquemas que predisponham a padrões de pensamentos improdutivos.

Coaching chega à década de 70, como um método alternativo. Diferente da Terapia que trabalha na promoção da Reestruturação Cognitiva dos Esquemas, o Método Coaching trabalha na flexibilização cognitiva para mudanças na forma de Pensar, Sentir, Agir e Interagir.

Segundo a International Coaching Federation (ICF), Coaching pode ser definido como “uma parceria com Clientes, em um processo instigante e criativo, que os inspira a maximizar seu potencial pessoal e profissional”.

Coaching de Excelência é o programa estruturado em 10 sessões individuais e coletivas, que visa promover mudanças com foco em ações estratégicas, inteligentes e coordenadas capazes, de gerar resultados, aprendizagens e melhorias, criando assim, o ciclo da excelência. Dirigido a profissionais que buscam incrementar performance e melhorar resultados, esse programa contribui para o desenvolvimento de competências, transição de carreira, desenvolvimento de líderes, formação e manutenção de equipes e intervenção de crises.

Para Dr. Daniel Goleman, “Coaching ajuda a descobrir sonhos, entender nossas forças e energias, proporciona novas compreensões, causa um grande impacto sobre os outros e nos guia nos passos da aprendizagem e melhoria contínua. É um método poderoso para desenvolver a inteligência emocional e, portanto, cultivar a excelência”.

Coaching Esportivo tem como objetivo, auxiliar no:

  1. Crescimento pessoal e interpessoal;
  2. Desenvolvimento de habilidades e competências do alto rendimento esportivo;
  3. Melhoria da performance individual e coletiva.

Ao longo do programa, alguns parâmetros são utilizados para acompanhar a evolução do processo como, por exemplo, a capacidade de Enfrentar desafios; Resolver problemas; Ter uma atitude mental mais positiva e; Promover ações criativas e menos reativas.

O Programa Coaching de Excelência conta com um quadro de referencia criado para favorecer uma visão sistêmica sobre as etapas do processo – cujo modelo de mudança se sustenta em 7 Elementos:

  1. Situação atual;
  2. Situação Desejada;
  3. Estratégia e Inteligência Indicadores de Sucesso, Recursos/Competências e Plano de Ação/Superação);
  4. Ações Estratégicas, Inteligentes e Coordenadas;
  5. Resultados;
  6. Aprendizagens;
  7. Melhorias (Ciclo da Excelência).

Em resumo:

Portanto, Coaching é o processo de mudança focado em ações estratégicas, inteligentes e coordenadas, que geram resultados, aprendizagens e melhorias… e levam a ajustes estratégicos capazes de gerar novos resultados, aprendizagens e novas melhorias, criando assim, o ciclo da excelência.

BIBLIOGRAFIA

DATTILIO, Frank e FREEMAN, Arthur – Estratégias cognitivo-comportamentais de intervenções em situações de crise – Porto Alegre, Artes Médicas, 2004
DOBSON, Keith – Manual de terapias cognitivo-comportamentais, Porto Alegre, Artmed, 2006
FREEMAN, A. e DeWolf, R. – As 10 bobagens mais comuns que as pessoas inteligentes cometem e técnicas eficazes para evitá-las – Rio de Janeiro, Ed. Guarda-Chuva, 2006
GOLEMAN, Tara B. – Alquimia Emocional: a mente pode curar o coração, RJ, Ed. Objetiva, 2001
GREENBERGER, Dennis e Padesky, Christiane A. – A mente vencendo o humor: mude como você se sente, mudando o modo como você pensa – Porto Alegre, Ed. Artmed Sul, 1999

Suzy Fleury Author
Suzy Fleury é Psicóloga (CRP 06/24888-4 – IUP/1985), Pós Graduada em Marketing (Escola Superior de Propaganda e Marketing – 1989), Fundadora da Academia Emocional (1991), Ministra Palestras, workshops e Cursos (desde 1991), Trabalha com as melhores Equipes esportivas do Brasil (1993), Membro da Comissão Técnica da Seleção Brasileira de Futebol (1998 – 2000), Autora do Livro Competência Emocional (Ed. Gente, 1998), Mestre Psi Esporte (U. Autônoma Madri e Comitê Olímpico Espanhol, Reg.27472 – 2005), Especializada em Psicologia Cognitiva (Instituto de Terapia Cognitiva, CFP 013/07 – 2008), ICC – International Coaching Certification Training (Lambent, Reg.4289 – 2008), Profa. Miami Ad School/ESPM SP e RJ – Liderança e Inteligência Emocional (2013), e Membro da ICF – International Coaching Federation (2014).
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