Hoje eu vou trazer aos leitores um estudo que os pesquisadores Susan Ennis, Robert Goodman, William Hodgetts, James Hunt, Richard Mansfield, Judy Otto e Lew Stern desenvolveram para entender quais são as competências essenciais de um Coach Executivo. Com esse texto, eu quero reforçar os comentários da minha postagem anterior, destacando a importância de avaliar bem os cursos de formação, dados no Brasil, antes de se aventurar a investir dinheiro, energia e sonhos em algo que pode se mostrar distante da realidade do Coaching.
Conseguir relacionar as competências essenciais do Coach Executivo tem sido uma preocupação comum aos pesquisadores em Coaching. Infelizmente,as respostas não têm sido muito esclarecedoras, até porque há muitas variáveis sócio-culturais presentes. O perigo para os clientes é que, dada a falta de padrões confiáveis para a atividade do Coach, possam crescer os modismos e os típicos discursos de vendas e puro Marketing.
A discussão a respeito de competências deve começar pela pergunta: Competente para quê? Nesse trabalho, os autores consideraram as competências que acreditam ser necessárias para um Coach executar de forma eficaz os desafios trazidos pelo cliente executivo. De forma geral, estão claramente identificadas competências como o conhecimento psicológico, o tino comercial, o conhecimento organizacional, o conhecimento sobre Coaching, as habilidades necessárias para eventual treinamento do Coachee e, ainda, um conjunto de atributos pessoais que servem como alicerce para essas competências e habilidades.
Embora a necessidade de ter algumas competências venha a variar de uma situação a outra ou quanto ao grau de profundidade, também é possível se identificar um conjunto de atributos pessoais essenciais, os quais valem independentemente de qualquer contexto. Semelhante à crescente conscientização por parte dos pesquisadores em desenvolvimento de lideranças, muito se pode caminhar pela estrada da inteligência emocional em Coaching.
Para os autores do estudo, cada competência ou atributo deve partir de um nível fundamental, mas tendo por perspectiva níveis mais avançados. A primeira competência essencial está no conhecimento de psicologia (associando o formal ao tácito). Em segundo lugar, o Coach Executivo precisa ter visão e linguagem de negócios, a fim de alcançar compreensão dos objetivos a trabalhar no contexto de seus clientes (o que requer ainda um conhecimento específico sobre as empresas em que atuam os clientes).
Obviamente, o Coach Executivo precisa ter conhecimento específico de teoria, pesquisa e práticas no domínio do Coaching. E, continuando, esse profissional deve entender de estruturas organizacionais, em geral, e não deve estranhar a linguagem de sistemas, processos e a forma de abordar especificamente todos esses elementos de uma organização.
Finalizando, como requerimento compulsório para exercer plenamente a sua profissão, o Coach Executivo deve consolidar práticas que transmitam ao seu cliente atributos nítidos de maturidade, autoconfiança; energia positiva; assertividade; sensibilidade interpessoal; acessibilidade e flexibilidade; objetividade; parceria e influência; aprendizagem contínua e integridade.
Ler este texto e reler a postagem anterior evidencia minhas razões ao alertar quem busca fazer do Coaching uma oportunidade profissional. Trabalhar como Coach é participar ativamente da vida de pessoas e de organizações, e ninguém tem esse direito a menos que possa contribuir ,efetivamente, para que essas empresas ou organizações atinjam níveis maiores de sucesso em suas buscas.
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