As Lições de Liderança da Rainha Elizabeth II
Olá, caro leitor!
Este é o primeiro artigo do retorno da minha coluna, e justo numa semana tão marcante para o mundo. Neste início de setembro nos deparamos com uma triste notícia: o falecimento da rainha Elizabeth II. Uma verdadeira líder, viveu 70 dos seus 96 anos com dedicação total a um propósito, o mais longo reinado feminino do mundo ocidental, um verdadeiro feito na história.
Sendo assim, eu não poderia deixar de falar sobre ela. Uma mulher que nos mostrou sua máxima potência, que exalava confiança e domínio de si mesma. A que muitas vezes renunciava suas prioridades em prol de algo maior.
O que será que podemos aprender sobre liderança e empreendedorismo com a monarca britânica, quais são as lições que a Rainha Elizabeth II nos deixa?
Após a abdicação de seu tio e a morte prematura de seu pai, Elizabeth II se tornou rainha aos 25 anos. E se engana quem pensa que seu reinado de sucesso foi devido a talento. Na verdade, ela não era considerada uma líder nata. Não transbordava carisma e confiança no início. E, provavelmente, tão jovem, ela não estava mesmo pronta para ocupar tal cargo. Foi com muita dedicação e disciplina que se tornou a rainha que conhecemos. Ela se entregou ao seu destino com garra e determinação, e levou a sua nova função a sério, investindo tempo e esforço em ouvir e aprender no trabalho. Com o tempo foi ganhando a confiança e o respeito do seu povo com calma, competência e coragem. Portanto, determinação, paciência e disciplina são a 1ª lição que podemos aprender com ela.
Elizabeth é um grande modelo a seguir, de como você pode crescer em qualquer trabalho. Mais importante do que talento nato ou se sentir pronto, é o quanto você se dedica aos seus objetivos profissionais. Ninguém nunca se sente 100% pronto. Por isso, a autoliderança é fundamental! Dizer sim à liderança a si mesmo, é quase como dizer sim ao próprio crescimento. Com dedicação e disciplina, você pode ocupar cargos cada vez mais importantes na sua instituição, ou fazer a sua empresa crescer e virar um caso de sucesso.
Na verdade, tudo é prática. Conta-se a história que certa vez, a rainha Elizabeth II elogiou um soldado por sua bravura. Ele respondeu: “Foi o treinamento”. Ela então disse: “Tenho a sensação de que no final, provavelmente, treinar é a resposta para muitas coisas. Você pode fazer muita coisa se for devidamente treinado. E eu espero ter sido”.
O sucesso é 99% transpiração e 1% inspiração.
Frase atribuída a Thomas Edison, que ilustra a fala da rainha. No universo do empreendedorismo, muitos se perguntam “quanto vale uma grande ideia?”. Uma grande ideia por si só não vale nada. Quando chega a etapa da implementação, com detalhes, imprevistos, adiamentos, correções e ações é quando se tem a verdadeira noção de que em geral, a inspiração inicial não chega nem a 1% de todo o processo.
E para concluir todo o processo de execução com sucesso, é preciso outra característica muito importante a todo líder que a rainha nos demonstrou nos seus 70 anos de reinado: firmeza. É preciso ser firme e constante nos seus ideais, mesmo quando tudo parece desmoronar ao seu redor. Mas atenção, firmeza não significa falta de resiliência. É preciso ser firme, mesmo quando houver a necessidade de se adaptar às mudanças do ambiente.
Tendo sido coroada em 1952, quando a Europa ainda estava enfrentando as consequências do final da 2ª Guerra Mundial, a rainha passou por uma série de turbulências que mudaram definitivamente o país. Desde questões com a Irlanda do Norte, e a descolonização da África até a adesão do Reino Unido às Comunidades Europeias e a saída, 50 anos depois, com o Brexit. Isso tudo sem contar o âmbito pessoal, as peripécias da sua família, que no caso da rainha, de fato afeta toda a nação, dividindo opiniões nacional e internacionalmente. Soma-se a isso dois longos anos de pandemia. Entretanto, sua presença firme e unificadora era um sopro de estabilidade em meio ao caos.
Sua coragem sempre esteve presente em sua liderança.
Mantinha-se fiel aos seus valores de dever e perseverança, fiel à sua promessa de servir ao seu povo e ao seu país. Sua firmeza britânica era o que conquistava a confiança da população.
Junto com sua firmeza, caminhava de mãos dadas a importância de honrar seus compromissos como líder. Em 70 anos, ela nunca faltou a um dever real ou cerimonial. Sua imagem pública sempre foi impecável. Mesmo dias antes de sua morte ela realizou o tradicional encontro com a nova primeira-ministra, Liz Truss. E até mesmo o nosso país não foi esquecido, um dia antes de falecer, ela enviou uma carta ao Brasil pela celebração dos 200 anos de independência.
Além disso, a rainha aprendeu, e muito bem, a motivar seus liderados. Desde transmissões de rádio no início do seu reinado, à mensagem televisionada no início da pandemia de Covid-19, ajudando assim a tranquilizar e a guiar os britânicos.
Ou seja, com total dedicação e disciplina, tendo firmeza e pontualidade britânicas, sua marca pessoal inabalável foi sendo criada. É claro que 70 anos de reinado e a repetição de suas ações ajudam. Como ela mesmo disse, treinar e se dedicar faz com que qualquer um seja capaz de qualquer coisa. E é, de fato, inegável que a marca da rainha Elizabeth II é incrivelmente forte.
Desde sua forma de se vestir, elegante e colorida, a sua paixão pelos cães Corgi, e até a sua famosa mensagem de Natal, a Rainha Elizabeth II espalhou sua impressão, sua voz, sua liderança feminina e suas lições por todo o mundo ocidental. Sua marca passou no teste do tempo e ela se tornou a rainha mais longeva do Reino Unido, a chefe de Estado mulher mais longeva e a mais velha e longeva chefe de Estado em exercício.
Eu aqui, como mulher, deixo o meu respeito e admiração a esta rainha que antes de tudo foi uma mulher incrivelmente corajosa. Infelizmente seu reinado chegou ao fim, mas seus passos podem e devem para sempre serem seguidos.
Um forte abraço e boas realizações!
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre as lições de liderança e empreendedorismo da Rainha Elizabeth II? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Até a próxima!
Paula Quaiser
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