O post A Bondade Não Faz Reféns: Pratique-a sem esperar nada em troca! apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>Olá,
O grande autor Augusto Cury criou uma série de obras sobre a ansiedade, tema já conhecido e reconhecido como o mal do século. De fato, concordo plenamente com ele. Nós, seres humanos, estamos cada dia mais ansiosos pelo final de um capítulo, pela chegada de uma mensagem, pela mudança de estação, pelo final do livro e até mesmo pelo final do texto que você está lendo neste momento.
Quem nunca deu uma espiadinha no final do livro ou adiantou para o último episódio de uma série, apenas por curiosidade? Cury está correto: somos, sim, ansiosos, assim como somos expectantes. (E não confunda com expectorante.)
Expectante é um adjetivo pouco usado e refere-se a pessoas que criam muitas expectativas, colocando-as um passo antes da ansiedade. Quando criamos expectativas em larga escala, tendemos a gerar ansiedade por situações e resultados futuros sobre os quais não temos qualquer controle ou interferência, e isso geralmente acaba em frustração.
Quando falamos em comportamento — e este é sempre o nosso tema — comportar-se como um expectante dificulta as relações humanas, criando cenários de julgamento que são aplicados a outras pessoas sem que estas sequer saibam o motivo pelo qual estão sendo julgadas e condenadas.
Aqui na Academia Brasileira de Inteligência Comportamental, empresa onde trabalho, temos um ditado corrente que diz que “ninguém tem que nada”. Na prática, isso significa que ninguém é obrigado a atender nossas expectativas, simplesmente porque elas existem. O comportamento do outro sempre será reflexo do meu comportamento.
Qual dos dois cenários é o esperado? Ambos. O agradecimento é uma consequência possível, mas não obrigatória. A pessoa não “tem que” agradecer.
Nesse cenário hipotético, muitas pessoas que criaram a expectativa de gratidão por seu ato acabam se sentindo frustradas e até mesmo chateadas por não terem sido reconhecidas por sua bondade.
Da mesma forma, pense em pessoas com as quais você possui uma relação estreita, seja de amizade ou laços familiares, mas que passam semanas, quando não meses, sem entrar em contato.
Você pode tratar isso de maneira natural e dizer: “Ok, estou sentindo falta da pessoa e, portanto, vou entrar em contato”, ou você pode se frustrar, dizendo: “Ah, essa pessoa não me valoriza, e sou sempre eu quem precisa iniciar o contato.”
Novamente, suas expectativas constroem um cenário futuro hipotético que, quando não atendido, gera frustração e afastamento.
Calma lá. Não é bem assim. Podemos criar nossas expectativas, mas precisamos ter consciência de que são expectativas criadas por nós e que o outro não tem obrigação de saber o que esperamos dele. Evidentemente, não estou me referindo à conduta social, leis e regras, pois essas são conhecidas e não são, portanto, expectativas individuais. São códigos coletivos de conduta, e outro dia falaremos disso.
Minha dica de comportamento, tendo como objetivo sua felicidade e equilíbrio, é: quando fizer algo por alguém, faça isso por você!
Toda ação ou iniciativa feita por alguém traz embutido um benefício para a pessoa que a realiza, não dependendo de terceiros para isso.
Esse tipo de comportamento, no longo prazo, é muito, mas muito mais eficiente na construção da sua autoestima e na melhoria do seu capital social.
Pense nisso!
Quer saber mais sobre como o ato de praticar a bondade sem criar expectativas pode contribuir para o equilíbrio emocional e fortalecer as relações? Então, entre em contato comigo! Terei o maior prazer em conversar sobre isso.
Até a próxima!
Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com
Confira também: Liderança Eficaz: O Impacto da Comunicação Clara nas Organizações
O post A Bondade Não Faz Reféns: Pratique-a sem esperar nada em troca! apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>O post Liderança Eficaz: O Impacto da Comunicação Clara nas Organizações apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>Olá!
Essa semana aconteceu um episódio em minha jornada profissional que quero compartilhar com você, meu querido leitor. Na empresa onde trabalho, somos responsáveis pelo desenvolvimento da inteligência de comportamento para nossos clientes, e isso envolve, muitas vezes, a realização de projetos dentro de uma área de especialidade denominada gestão de mudanças organizacionais.
Algo bem interessante e que tem como base preparar as pessoas para mudanças em modelos de negócios e tecnologias, onde normalmente se encontram resistências à aceitação.
Pois bem, em uma destas empresas — uma grande empresa, por sinal — temos encontros mensais em que se apresenta, para um grande público, por meio de videoconferência, o andamento do projeto, enaltecemos os destaques, falamos de cronograma, etc.
Tudo isso é conduzido pelo cliente e conta com a nossa participação. Este mês, em particular, nosso cliente resolveu apresentar um vídeo motivacional que falava sobre a importância do trabalho em equipe.
Um vídeo de uns sete a oito anos atrás, todavia muito atual, que conta como um facilitador de dinâmicas de grupo conduziu um experimento com seus clientes na época.
O que eles não sabiam é que, apesar de todos os grupos receberem todas as peças para montar as bicicletas, não haviam recebido todas as ferramentas necessárias, o que os obrigaria a conversar, negociar e compartilhar com os outros grupos.
O segundo item oculto era a presença de um técnico de montagem de bicicletas, devidamente identificado com uma camiseta escrita “técnico de bicicletas”, mas que não havia sido apresentado formalmente. Ele simplesmente estava na sala.
Ao final, obviamente, o tempo estourou e as bicicletas não foram montadas e, para gerar o clima final de emoção, um grupo de crianças carentes entrou na sala para receber de presente as bicicletas que não estavam prontas, e o clima ficou o pior possível.
Neste momento, o facilitador interveio, explicou a questão das ferramentas, apresentou o técnico e pediu que terminassem de montar, inclusive com a participação das crianças. Final feliz, história feliz!
A análise do caso, que consta no vídeo, remete às falhas de comunicação, de integração e de trabalho em grupo, etc. Uma excelente reflexão. Porém, e sempre existe um porém, eu analisei o caso e, por isso, quero trazer para você, meu querido leitor, uma outra visão:
Ainda que eu entenda a motivação tanto da dinâmica como do vídeo e compreenda que a emoção era o forte elemento de apresentação, na vida real teríamos um grande problema que, nem de longe, teria sido causado pela falta de comunicação entre os grupos ou pelo trabalho em equipe.
No mundo real, essa deveria ser a instrução:
Um processo simples de liderança, com comunicação clara e direcionamento.
Uma grande onda progressista vem, há décadas, conduzindo o discurso comportamental nas organizações, etiquetando toda forma de direcionamento e estratégia como imposição e controle.
Basta uma visita rápida a uma livraria de aeroporto e veremos tudo sobre liderança inclusiva, times flexíveis e modelos de agilidade, etc. Acabamos esquecendo que nem sempre uma tarefa é conhecida, dominada e percebida de maneira igual.
Nossa triste e carente nova liderança, em muitos casos, se sente acovardada para direcionar de maneira firme o que precisa ser feito e, no fim do dia, percebemos uma delegação antecipada de tomada de decisão que acaba impactando tanto o clima de trabalho como os resultados.
Do ponto de vista comportamental, não existe espaço para ditaduras e senhores da verdade. Contudo, sempre existirá um espaço necessário e requerido para clareza de informações, direcionamento e a boa construção de compromissos com responsabilização.
Pense nisso!
Quer saber mais sobre a importância da liderança com comunicação clara e direcionamento eficaz em projetos organizacionais? Então, entre em contato comigo! Terei o maior prazer em conversar sobre isso.
Até a próxima!
Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com
Confira também: Competências Niveladas. E agora?
O post Liderança Eficaz: O Impacto da Comunicação Clara nas Organizações apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>O post Competências Niveladas. E agora? apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>Olá.
O que conhecemos como CHA está com os dias contados!
Não meu querido leitor, não estou falando do nosso reconfortante chazinho da tarde ou mesmo do revigorante mate gelado das praias cariocas. O CHA que me refiro é o acrônimo de competência definido pelas letras C de conhecimento, H de habilidade e A de atitude.
Esta definição por muitos anos adotada como símbolo de um conjunto conhecido de caraterísticas para a contratação, promoção e até mesmo desligamento de profissionais, embora esta última aplicação do conceito seja, raramente, utilizada. Mas, por que este conceito está com os dias contados? Por conta de novas tecnologias generativas, que passamos a chamar genericamente de inteligências artificiais.
Você que acompanha esta coluna já deve ter percebido que o tema inteligência artificial (IA) tem tomado mais espaço quando falamos de comportamento. Isso acontece pois, de fato, nosso comportamento está sendo severamente alterado e ainda não estamos nos dando conta disso.
Ferramentas de IA são extremamente eficientes em processos de automação e geração de conteúdo, sendo capazes de lidar com vastas quantidades de informações e executar tarefas repetitivas com precisão. No entanto, as máquinas, por mais avançadas que sejam, ainda não conseguem replicar os aspectos mais profundos do comportamento humano, como a capacidade de lidar com emoções, a ética nas decisões e a empatia no trato interpessoal. Nesse contexto, o comportamento humano assume um papel estratégico, pois envolve fatores críticos que afetam diretamente o desempenho e o sucesso em ambientes corporativos.
Em interações interpessoais, sejam elas com clientes, colegas ou stakeholders, a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreender emoções e responder de forma adequada é insubstituível. A inteligência artificial pode até interpretar padrões de comportamento humano e reagir a partir de algoritmos predefinidos, mas carece da profundidade emocional que apenas os seres humanos possuem. A empatia, em conjunto com habilidades de comunicação eficaz, fortalece a colaboração entre equipes e a confiança entre parceiros. Esses são fatores cruciais para o sucesso em projetos complexos.
Em um mundo corporativo onde as tecnologias evoluem constantemente, a capacidade de se ajustar rapidamente às mudanças se torna uma competência essencial. Enquanto as IAs precisam ser reprogramadas e treinadas para lidar com novos contextos, os seres humanos, graças à sua natureza flexível e criativa, podem se adaptar de forma dinâmica e proativa às circunstâncias mutáveis. A resiliência e a mentalidade aberta para aprender com os desafios são características do comportamento humano que contribuem para a inovação e o crescimento das organizações.
A inteligência artificial, por mais precisa que seja, atua dentro dos limites dos algoritmos e das regras previamente estabelecidas, sem considerar as nuances éticas e morais das decisões. Seres humanos, por outro lado, têm a capacidade de avaliar situações de maneira holística. Levar em conta não apenas a lógica, mas também os impactos sociais e morais de suas ações. Isso é particularmente importante em situações em que as decisões podem afetar a vida de outras pessoas, a reputação da empresa e o bem-estar geral da sociedade.
A habilidade de inspirar, guiar e motivar uma equipe não pode ser replicada por algoritmos. Liderar vai além de delegar tarefas ou supervisionar o trabalho. Envolve a criação de uma visão compartilhada, o desenvolvimento de confiança e o incentivo ao crescimento individual e coletivo. Líderes eficazes entendem as complexidades das relações humanas e sabem como ajustar suas abordagens para lidar com diferentes personalidades, desafios e circunstâncias.
A criatividade humana não se limita apenas a seguir padrões existentes, como fazem as IAs. Mas envolve a habilidade de questionar, desafiar o status quo e propor soluções totalmente novas. Embora as máquinas possam identificar tendências com base em dados passados, é a mente humana que tem o poder de pensar “fora da caixa”. Romper com paradigmas e trazer inovações que mudam o rumo de indústrias inteiras. Isso torna o comportamento criativo um ativo inestimável em um mundo onde muitas funções técnicas podem ser, de fato, automatizadas.
Em um ambiente onde as máquinas executam tarefas complexas e técnicas, são os seres humanos que constroem os valores, as crenças e as práticas que formam a identidade de uma empresa. O comportamento humano molda a cultura corporativa e é fundamental para a criação de um ambiente de trabalho positivo, inclusivo e colaborativo. Assim, enquanto a inteligência artificial pode transformar a maneira de execução das tarefas, é o comportamento humano que garantirá o sucesso sustentável a longo prazo, equilibrando inovação, ética e coesão social dentro das organizações.
Uma última informação: Os últimos 14 (quatorze) parágrafos deste artigo foram escritos por uma IA generativa.
Pense nisso.
Quer saber mais sobre como o comportamento humano se tornou o diferencial em uma era cujas competências estão cada dia mais niveladas com a inteligência artificial (IA)? Então, entre em contato comigo! Terei o maior prazer em conversar sobre isso.
Até a próxima!
Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com
Confira também: Neuralink: O Futuro da Humanidade ou o Início do Fim?
O post Competências Niveladas. E agora? apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>O post Neuralink: O Futuro da Humanidade ou o Início do Fim? apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>Olá!
Como articulista, tenho um desejo antigo e, hoje, com a sua ajuda, vou realizar: Escrever um artigo sobre o futuro. Penso que teremos três situações possíveis. A primeira é que este artigo será apenas mais um de nossa lista, interessante na leitura, comentado por uma ou duas semanas, e depois arquivado. A segunda é que ele seja um grande, astronômico chute para fora, e vamos todos, inclusive eu, rir bastante de seu conteúdo nada preciso.
Como no dia em que disseram que ninguém ficaria em casa olhando para uma caixa de vidro (sobre a televisão) ou que o mundo não precisaria de mais de cinco computadores, e as casas não precisariam deste novo “eletrodoméstico”.
Por fim, as linhas que virão a seguir podem ser consideradas visionárias, e este texto vai entrar para a lista de coisas a que vamos nos referenciar nos próximos anos, quem sabe até décadas. Bem, meu desejo é obviamente este último cenário. Então, vamos lá!
Já estamos bem adiantados em termos de reconhecimento biométrico, tom de voz, olhar, etc. A cada dia, as máquinas no ambiente de internet das coisas (IoT) estão mais integradas conosco, conhecendo nossos hábitos e sugerindo caminhos, comportamentos e outros temas.
Soube até de um equipamento que, após medir a glicemia do seu proprietário, separa, entre vários itens do freezer, o que ele deveria comer naquele dia. Fantástico!
O que ainda está no campo da ficção científica é uma família de interfaces genericamente definida com o nome da organização de Elon Musk, Neuralink. Os chips de conexão cérebro-computadores (entenda nuvem) estão na pauta do dia com um propósito muito nobre: permitir que pessoas com deficiência severa possam interagir com equipamentos de vários modelos usando apenas o pensamento.
Ah, Edson. Isso não é futuro. Isso é presente!
Sim, isso é presente e não está relacionado a comportamentos. Agora vamos extrapolar isso e pensar de maneira futurística.
As conexões neurais cérebro-máquina permitem que você acesse equipamentos, aplicativos e demais itens computacionais somente com pensamentos. Isso permite, em tese, que você tenha acesso a todo o conhecimento registrado no mundo, instantaneamente e sem necessidade de equipamentos acessórios. Dessa forma, a primeira grande revolução será na área de educação.
Agora imagine o abismo social e econômico que isso pode causar. Pessoas que possuem chip neural, competindo em termos de habilidades, conhecimento e mercado com pessoas que não possuem? Obviamente, nos primeiros anos, esses chips custarão milhares de dólares e não estarão acessíveis. Assim, dois fatores serão importantes: o fim da educação como conhecemos e o reforço do abismo social.
Agora, não precisamos extrapolar muito para imaginar que o mercado de entretenimento, assim como as chamadas redes sociais, vão se apropriar dessa tecnologia e aí, temos um impacto colossal nos comportamentos. Imagine as pessoas que hoje são viciadas em trocas de mensagens via celular, podendo trocar mensagens “telepáticas” com outras pessoas possuidoras de chips equivalentes? Agora, evolua um pouco mais e então pense nas milhares de tik-tokers postando em tempo real tudo o que se passa por seus olhos, com comentários e pensamentos instantâneos.
Imagine então o isolamento de pessoas sem chip, tentando interagir em um grupo onde todos os demais trocam conversas “telepáticas”. Por outro lado, o que aconteceria se um apagão derrubasse os data centers ou as fontes de energia?
Uma geração de zumbis tecnológicos. Pessoas cujos corpos existem no mundo tridimensional, mas a mente existe unicamente no mundo virtual. Um adolescente sentado na sala de casa, sem necessidade de ir à escola, trocando pensamentos com milhares de outros, inclusive em outros idiomas, com tradução em tempo real?
Um cenário muito parecido com o filme “Os Substitutos”, do diretor Jonathan Mostow, se tornará realidade e, não raramente, teremos humanos com seus corpos em grandes “fazendas”, sendo mantidos com nutrientes químicos enquanto suas mentes habitam metaversos perfeitos onde não necessitam de recursos para viver, amar, conquistar, existir.
A tecnologia não é e nunca será a vilã. Ela é o que é: um meio.
Vamos nos entregar completamente, não mais aprendendo antecipadamente e buscando somente os nano-conhecimentos necessários para a tarefa instantânea à nossa frente?
Pesquisem sobre um seriado dos anos 1960 chamado “Joe 90”. Isso dará bem uma ideia do que falo.
Nunca estivemos tão próximos de perder nossa humanidade e, paradoxalmente, a esperança estará nas mãos dos desvalidos. Pessoas sem recursos econômicos para estar conectadas, de verdade, serão certamente os herdeiros da terra e de todos os seus recursos naturais.
Pense nisso!
Quer saber mais sobre o Neuralink de Elon Musk e o Futuro da Humanidade, bem como os riscos, os dilemas éticos e impactos desta tecnologia na vida como um todo? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Até a próxima!
Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com
Confira também: 8 Dicas de Modelagem para Construir Histórias de Sucesso
O post Neuralink: O Futuro da Humanidade ou o Início do Fim? apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>O post 8 Dicas de Modelagem para Construir Histórias de Sucesso apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>Olá!
Modelar artefatos é uma das atividades mais antigas da humanidade, sendo também o primeiro sinal de inteligência que percebemos em qualquer espécie. Moldar ou modelar é uma ação ligada à palavra modelo. Esta, por sua vez, deriva do italiano modello, pelo latim vulgar modellum, forma diminutiva de modus, com o sentido de “medida que não se poder ultrapassar”. Enfim, este artigo não é para falar de etimologia, mas sim do objetivo de se modelar alguma coisa.
De maneira coloquial, quando necessitamos de algo e este algo ainda não existe, precisamos criá-lo. A criação depende do uso dos materiais que dispomos, como no caso da argila, que é abundante, fácil de manusear e muito, muito agradável. Com a argila, podemos criar vasilhames para conter líquidos e alimentos, podemos criar superfícies para simplificar o nosso caminhar, podemos ainda criar elementos de contenção como jarras e potes com propriedades térmicas.
Quem nunca tomou água de filtro de barro, daqueles do interior?
Enfim, quando necessitamos de alguma coisa ainda inexistente, produzimos a partir de algo que conhecemos e dominamos. Curiosamente, a modelagem é uma invasão. Sim, meu querido leitor. Quando modelamos algo, estamos transformando algo que é, até então, natural, que teve sua forma definida por efeitos de ambiente, às vezes coordenados, às vezes nem tanto, e atuamos sobre este elemento adicionando partes e removendo partes.
Modelar é, portanto, o ato de aumentar o que está pequeno e insuficiente, ao mesmo tempo em que recortamos e retiramos algo que é grande e inadequado. Tudo isso buscando atender a uma necessidade específica nossa ou de um grupo, como no caso de utensílios como potes, panelas e afins.
Muitas vezes, a modelagem requer um equilíbrio entre o fino acabamento dos detalhes e a força bruta para a eliminação de pontos de fragilidade da massa, como bolhas de ar, trincas, infiltrações e até mesmo impurezas que não são visíveis a olho nu. Quando a peça fica visivelmente pronta, descobrimos que não tratamos com profundidade os dramas e limitações internas da matéria-prima, causando problemas no processo de finalização e, até mesmo, depois deste, gerando quebras, inadequação, retrabalho e prejuízo.
Falando em acabamento, não basta pegar a matéria-prima, bater, alisar, remover o excesso e adicionar o que falta. Para que o artefato fique funcional e atenda ao que se espera dele, é preciso um processo calmo e, às vezes, demorado de maturação. Uma peça recém-modelada é frágil, sem estrutura, e pode desmoronar se não for conduzida com cautela.
Após sua formatação adequada, de acordo com seu tamanho, formato e pretensão de uso, é preciso esperar que a umidade adquirida no processo de modelagem evapore, secando a peça exposta ao ambiente. Este ambiente nem de longe é o ambiente final da peça. Veja, por exemplo, uma assadeira: ela seca ao ambiente, mas jamais sairia do processo de modelagem direto para o forno com alimentos dentro. O processo de preparação envolve tempo, observação e, até mesmo, eventuais correções na modelagem para que, quando necessário, o artefato possa resistir ao ambiente para o qual foi moldado.
Quando o modelador percebe que a peça ou artefato está em condições, então chega o momento mais importante: a queima.
O processo de queima pode ser feito em uma ou duas passadas, de acordo com a forma e função do artefato. Neste processo, encaminha-se a peça a fornos com temperatura acima de mil graus centígrados para que sua estrutura se cristalize.
Neste processo violento, em todos os sentidos, a pele adquire suas cores finais, assim como seu formato. Em alguns casos, a densidade do material chega a reduzir em 30%, tornando-se mais forte e resistente com a mesma matéria-prima.
Infelizmente, uma pequena parcela de artefatos que não passaram por todas as fases de modelagem de maneira adequada, quando submetidas ao stress do ambiente real e transformacional do forno, se partem. Ou por falha na modelagem, onde o modelador foi otimista e desinformado, ou por fissuras internas que não apareceram na fase de modelagem.
Algumas peças ainda se quebram, pois, quando o modelador precisou usar de força nas fases iniciais, recuou e preferiu tratar a peça com mais cuidado do que com a necessária preparação.
Todavia, uma grande parte dos artefatos vence o processo de prova e stress, emergindo do forno com suas cores renovadas, com sua estrutura reforçada e totalmente em condições de cumprir a função para a qual foi pensada, tratada e modelada. Cumprindo sua função no universo que é ser útil. Sendo reconhecida, até em alguns casos, como obras de arte. E, quem sabe, criando seu legado para serem, sem dúvida, estudadas no futuro por pesquisadores. Modelar é construir histórias de sucesso.
Este artigo não trata de artesanato em argila!
Pense nisso!
Quer saber mais sobre as dicas de modelagem para construir histórias de sucesso? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Até a próxima!
Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com
Confira também: Talento, Técnica ou Sorte: Qual o Segredo do Sucesso?
O post 8 Dicas de Modelagem para Construir Histórias de Sucesso apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>O post Talento, Técnica ou Sorte: Qual o Segredo do Sucesso? apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>Olá.
Curioso como no mundo real, algumas expressões acabam crescendo a tal ponto que viram sinônimos delas mesmas. Veja, meu querido leitor a expressão “talento”. Há muitas décadas, o talento é entendido como um conjunto de habilidades inatas ao indivíduo, podendo ser consideradas quase como um dom divino.
Veja como aquele indivíduo é talentoso para…
Por ser algo que nascia com o indivíduo, seu desenvolvimento era quase que artesanal. Uma habilidade única e não replicável, o que tornava sua aplicação no ambiente corporativo moderno, ao mesmo tempo um objeto de desejo e um enorme problema. Desejado, pois uma vez que era único e não replicável era também confundido como um elemento de vantagem sobre a concorrência. Ter na equipe uma pessoa de talento diferenciado, era uma das formas mais efetivas de manter a tal da vantagem competitiva. Gerando inclusive uma atividade estratégica e muito bem remunerada que eram os “caça talentos”.
Mas, assim como isso era uma vantagem, pelo ponto de vista da administração dos negócios isso se tornava um grande problema, pois as pessoas de talento eram muito boas no que faziam, mas não necessariamente muito boas em replicar o que faziam, criando assim uma dependência da organização para com o indivíduo e uma limitação de crescimento para equipes e para o próprio negócio.
Isso já falando da década de 1990. Agora, não mais se tratava de uma habilidade inata mas sim, do produto de duas variáveis conhecidas. Se a pessoa apresentava potencial pra crescimento – de acordo com os conceitos da organização – e ao mesmo tempo apresentava resultados sustentáveis. Esta pessoa era considerada como um talento para ser desenvolvido. A coisa era mais ou menos assim:
Este conceito permaneceu até o início da segunda década do século XXI, quando a harmonia entre as operações e as tecnologias avançou a níveis até então inéditos. As habilidades o potencial e os relutados passaram – na maioria dos casos – a depender não mais de talentos individuais mas sim da técnica aplicada no uso de novas tecnologias.
Usar conceitos como IA generativa e “machine learning”. Presença virtual e trabalho em equipes autogerenciáveis e acima de tudo, a capacidade de interagir com os negócios da organização de acordo com processos, plataformas eletrônicas e uma nova relação pessoa-máquina.
A técnica, que até então era sinônimo de base da pirâmide organizacional, lembra que dividíamos o mundo em camadas: Técnico ou operacional, tático e estratégico? Pois bem, isso mudou em 180° e agora mesmo as camadas mais estratégicas da organização utilizam a técnica para a melhoria da sua tomada de decisão. Quanto mais técnicos, mais eficientes.
Tudo. A técnica é aplicada através do comportamento.
Quando paramos de pensar como artesões talentosos no dia a dia e passamos a trabalhar como engenheiros técnicos em nossas decisões, criamos um organização passível de resultados sustentáveis, explicáveis, replicáveis e seguimos formando novas gerações de pessoas de ala performance. Não se trata mais de habilidades inatas mas sim, de m conjunto de fatores intelectuais, práticos e relacionais que são de grande valor para as organizações.
Parafraseando a célebre frase de Jack Welch, agora a técnica come o talento no café da manhã!
Sem sorte a gente nem levanta da cama.
Sorte ainda é uma variável holística e importante o processo. Todavia, meu querido leitor, não acredito em sorte por acaso. Ela ainda é uma resposta aos nossos comportamentos:
Enfim, assim como superamos as fases pré-industriais, industriais, tecnológicas, de conteúdo e etc. Agora, mais do que nunca, o talento está sendo substituído pela técnica, que depende do comportamento e por uma boa dose de sorte, construída com atitudes.
Pense nisso!
Quer saber mais sobre como desenvolver suas habilidades técnicas e comportamentais para alcançar o sucesso profissional? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Até a próxima!
Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com
Confira também: 7 Dicas Comportamentais para Lidar com Conversas Difíceis
O post Talento, Técnica ou Sorte: Qual o Segredo do Sucesso? apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>O post 7 Dicas Comportamentais para Lidar com Conversas Difíceis apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>Olá.
Acredito que todos um dia já tiveram uma noite mal dormida por conta da ansiedade de uma conversa que se antecipa, como uma conversa difícil. Normalmente, este fenômeno acontece em duas situações:
A primeira é quando temos algo desagradável para ser comunicado e, sim, nos preocupamos com a reação das pessoas do outro lado.
Como será que irão reagir? Será que isso que comunico é, de fato, justo? Será que serei julgado por ser o mensageiro de más notícias? E de será em será, nossa mente nos ocupa e, sem dúvida, dificulta todo o processo.
A segunda situação ocorre quando somos informados que haverá uma conversa futura.
Normalmente, visando antecipar o processo, nosso interlocutor avisa que “amanhã precisamos conversar sobre um tema importante”… Isso às vezes soa na cabeça como a voz da nossa mãe, dizendo que “em casa a gente conversa”.
Enfim, conversas difíceis exigem um protocolo comportamental que visa simplificar, acima de tudo, despersonalizar as dificuldades. Para isso, meu querido leitor, elenquei sete dicas que podem, e muito, ajudar na condução das conversas difíceis e lidar com elas:
Dentro dos princípios da inteligência comportamental, somos a nossa identidade e isso significa que somos, na verdade, os nossos pensamentos. Algo que está sempre muito bem guardado e protegido. Contudo, somos percebidos por nossos comportamentos, o que define o nosso personagem e, portanto, todas as conversas difíceis não são sobre nossas identidades e sim sobre como nos comportamos no meio onde atuamos.
Muito das conversas difíceis está associado à subjetividade. “Penso que”, “acho que”, “vejo que”, etc. sempre trazem uma carga de julgamento que atrapalha demais as conversas e, sem dúvida, as torna cada vez mais difíceis. Se tratarmos de maneira direta o tema com uma linha clara com o que temos que conversar, como podemos resolver e o que nos comprometemos a fazer, então tudo fica mais fácil.
Sabe aquelas pessoas que sabem ler a mente de outras pessoas? Pois bem, você não é uma delas. Não perca seu tempo tentando adivinhar o que a outra pessoa está pensando sobre o tema da conversa difícil. Faça perguntas, levante informações, busque entender. Pessoas inteligentes sempre fazem perguntas. Isso ajuda a compreender o cenário e a se posicionar.
Muitas vezes, não estamos prontos para conversas difíceis e, mesmo assim, esperamos ter finais felizes. Você pode estar dando notícias ruins, passando informações e tarefas desagradáveis ou mesmo recebendo fatos e dados desagradáveis. Entenda que isso é normal, assim como é normal sentir-se mal. Muitas conversas acabam com gosto amargo mesmo e isso, de fato, faz parte da vida.
Quanto mais formal e mais simples a comunicação, melhor. Conversas difíceis já são complicadas por si mesmas e não existe motivo para serem alongadas. Busque se ater aos fatos, às consequências e às tomadas de decisão, caso necessário. Desta forma, fica mais simples resolver.
Assim como na primeira dica, é preciso compreender que nada é pessoal, aqui você precisa considerar aspectos como a legislação, a governança, a cultura e outros aspectos externos à sua relação como amparo para sua proposição ou mesmo para sua oitiva. Na inteligência comportamental, definimos que o ambiente é soberano e que, portanto, ele sempre se impõe, por mais que pensemos de maneira distinta.
A dica mais importante: fechamento. Diante do desconforto, temos a tendência a “deixar uma porta aberta” ou um fio de esperança de que algo diferente possa acontecer. Não vá por esse caminho. Isso prolonga a agonia. Lembre que o “sim” compromete, o “não” liberta e o “talvez” escraviza.
Conversas difíceis são parte da vida e muitas vezes são necessárias para colocar os pingos nos IS. Todavia, não precisam ser um problema. Siga essas dicas e encontre sua forma de lidar com as adversidades, evitando de toda a forma aumentar, sem necessidade, os níveis de ansiedade que naturalmente já acompanham esta tarefa.
No final, sabemos que tudo passa, seja para o bem, seja para o mal, e no final, sabendo se comportar, sempre sofremos menos.
Pense nisso!
Quer saber mais sobre estas 7 dicas comportamentais para ajudar na condução de conversas difíceis, incluindo como encarar, enfrentar e lidar com elas? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Até a próxima!
Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com
Confira também: Vaidade, arrogância, ambição e outras coisas úteis
O post 7 Dicas Comportamentais para Lidar com Conversas Difíceis apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>O post Vaidade, arrogância, ambição e outras coisas úteis apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>Olá!
Aqui no meu trabalho de mentoria e orientação é bastante comum realizamos os chamados testes de perfil comportamental. Na prática, são exercícios e questionários que aplicamos aos nossos clientes com o objetivo de diagnosticar os comportamentos mais comumente apresentados pelas pessoas e logicamente, estes comportamentos, em algum grau nos ajudam a identificar os padrões de pensamento predominantes.
Tudo!
Curiosamente, palavras como vaidoso, arrogante, ambicioso, barulhento, espalhafatoso e outras de mesmo calibre tendem a aparecer em uma área de análise denominada zona inerte, ou seja, comportamentos que a maioria das pessoas não reconhece como válidos e em algum grau até mesmo rejeitam pensar, sentir ou desempenhar.
Todavia, por mais que as pessoas pensem que estes comportamentos são culturalmente reprováveis, não se trata de uma interpretação binária e shakespeariana, do tipo “ser ou não ser”. Assim como tudo na vida é uma questão de dose.
“A diferença entre remédio e veneno é a dose”. Esta frase, atribuída ao médico e físico suíço-alemão Paracelso, no século XVI, define bem o sentimento em relação a estes comportamentos.
Pense em uma pessoa totalmente sem ambições. Alguém para o qual a vida é como é e nada parece ser desejado ou mesmo almejado. Tudo, por mais trivial que seja está bom e nem mesmo um simples copo de água mais fresca ou limpa seria foco de seu desejo, ou mesmo de sua ambição. De fato, seria uma pessoa iluminada, certo?
Agora, imagine que esta pessoa é seu companheiro ou sua companheira? Ou melhor, que esta pessoa é um de seus pais e, portanto, responsável pelo seu bem-estar? Amplie um pouco a visão e pense nesta pessoa como o líder de sua área profissional ou mesmo um professor? Ela continua sendo iluminada? Talvez sim. Você gostaria de interagir com ela diariamente? Talvez não. A ambição, em doses controladas é o que tira o ser humano de seu estado de repouso e o coloca em movimento.
Certamente, ser arrogante é algo que devemos evitar, mas qual a diferença entre a arrogância e a autoconfiança?
Me lembro quando um, então jovem nadador, de sobrenome Cielo desconhecido da mídia foi entrevistado sobre suas expectativas para os jogos olímpicos em sua modalidade de especialista que era a piscina curta, de cinquenta metros e ele disse que sua expectativa não era nada menos que a medalha de ouro, pois ele sabia ser o melhor atleta da atualidade.
Automaticamente o jovem atleta foi taxado de arrogante, exibido e outras qualificações que não cabem em nosso artigo, até que, no dia da prova, a profecia se cumpriu e o jovem se tornou um campeão, não somente de uma prova, mas de várias e várias se tornando uma referência global na sua especialidade e; o mais importante: Uma pessoa que motiva pessoas. Arrogância em doses controladas cria a admiração do inatingível e rebate o ditado “nunca conheça seus ídolos”.
Ah… a vaidade. Reprovada, questionada, desprezada, mas nunca ignorada. Eu não considero a vaidade uma virtude, dizem uns. Outros dizem que a vaidade é o mais útil dos defeitos. Mas de fato, todos apreciamos o belo. A natureza é bala na sua criação, a admiração pressupõe o belo. Então, por que cargas d’agua, deveríamos exorcizar o sentimento de vaidade. Ser vaidoso nos coloca na posição de encantar e influenciar.
Podemos ser exemplos e modelos para demais pessoas. Lembrando-se, claro que estamos falando de doses. Existe um limite entre o adequado e o inadequado. Madame Chanel já dizia que quando se é elegante, não importa o que estamos vestindo. Com a vaidade o conceito é semelhante. Buscar estar em harmonia com o ambiente, ter gestos e postura adequados, cuidar de si estando belo tudo isso envolve pequenas doses de vaidade e sim, isso motiva os demais e torna o mundo melhor.
Estes aspectos se tornam mais e mais evidentes na proporção em que nos colocamos em posição de facilitar ou liderar equipes ou grupos, sejam eles familiares ou profissionais. As pessoas em geral procuram símbolos de liderança e valores que normalmente não são associadas ao contraponto de temas como vaidade, arrogância e ambição. Não em doses pequenas como apresentadas aqui.
Afinal de contas, o tal do Paracelso parecia ter razão.
Pense nisso!
Convido você, meu querido leitor, a refletir sobre o dogma negativista de eliminar pensamentos como estes de maneira absoluta, sem considerar seu “uso medicinal”.
Quer conversar mais sobre como encarar vaidade, arrogância e ambição de uma outra forma para impulsionar seu desenvolvimento pessoal e profissional? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.
Até a próxima!
Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com
Confira também: O que você considera ser bem-sucedido?
O post Vaidade, arrogância, ambição e outras coisas úteis apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>O post O que você considera ser bem-sucedido? apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>Olá!
Você, meu querido leitor, que me acompanha nos meus artigos deve perceber o quanto amo fazer o que faço. Não são somente os artigos, os programas e as centenas de vídeos na redes sociais, mas também a possibilidade de falar com muitas pessoas diferentes nos trabalhos tanto de mentoria como de modelagem comportamental nas empresas.
Para mim é muito gratificante quando recebo no meio do dia uma mensagem de alguém dizendo que está olhando o mundo de maneira diferente ou, que está conseguindo interagir e não reagir ao seu mundo tornando a vida mais fácil.
Ontem mesmo, antes de começar a rabiscar estas “mal-traçadas linhas”, vi uma mensagem de uma de nossas mentoras na sua rede social. Ela dizia que enfrentou mais de quatro horas de viagem entre o litoral sul de São Paulo e a capital no domingo à noite. Mas, fazendo uso de sua inteligência comportamental, utilizou o tempo com prazer, ouvindo seus podcasts, fazendo lanchinho, alongando o corpo nas paradas. E, dessa forma, aquilo que era um grande problema, tornou-se uma grande oportunidade.
Mas não se engane, meu querido leitor. Muitas das vezes não sou eu que ensina algo para as pessoas com quem interajo. Na esmagadora maioria das vezes eu aprendo. Aprendo muito e isso me faz refletir e sair das sessões de modelagem ou mentoria como aquele cachorrinho do meme que parece ter comido um livro de filosofia. Fico um bom tempo, já fiquei uma hora certa vez, refletindo sobre o que me foi perguntado ou mesmo o que me foi apresentado.
Em todas as sessões de mentoria, seguindo o princípio que as pessoas com quem atuo são livres, eu reservo os últimos cinco minutos para o que chamei de pergunta do dia. Este tempo é usado para que eles possam perguntar o que quiserem, o que quiserem mesmo. Do CEP da minha casa ou se existe vida inteligente em outro planeta – Nem sei se existe neste. Mas, de qualquer forma, eles são livres para perguntar. Sobre o que conheço, conversamos; sobre o que não, fica a tarefa de pesquisar e dar um retorno.
Bem, nesta semana ao final de uma das sessões, eu perguntei para a pessoa, que vamos chamar de Gabi, se ela tinha uma pergunta e ela toda animada disse. “Ed, tenho sim. Pensei muito e tenho uma curiosidade sobre sua visão de mundo: O que é ser uma pessoa “bem-sucedida” para você?
A pergunta caiu como uma pedra. De fato, não tenho uma resposta pré-formatada para isso e depois de pensar alguns segundos respondi: “Ser bem-sucedido é ter tempo!”
Quando temos tempo para nós, seja para fazer o que queremos, seja para cuidar de nossa saúde e daqueles que nos são caros, seja para evoluir de maneira intelectual e espiritual, tudo isso é tempo.
Pense nas pessoas que moram em uma parte da cidade e trabalham em outra, ficando horas em seus meios de deslocamento. Não se trata de classe social pois o trânsito que prende o carrão também prende o “busão”. Tempo é um valor democrático. O Rei Charles III, o presidente de qualquer país e o mais miserável dos pedintes tem somente as 24 horas do dia e nem um segundo a mais.
Mesmo que você trabalhasse em uma pequena oficina, olaria ou mesmo tecelagem, seu esforço era, de fato, computado pela produção que você realizava, pois os chamados “meios de produção” não eam totalmente privados. Embora o local de trabalho possuísse ferramentas, a “forma” de fazer pertencia ao trabalhador e era passada de geração em geração.
Em muito casos, esta profissão virou sobrenome de famílias.
Com o advento das fábricas e a centralização dos meios de produção, as pessoas que antes vendiam seu conhecimento e habilidade, passaram a vender o seu tempo. Os relógios em portas de fábricas, os marcadores de ponto e as sirenes que avisavam o início e final dos turnos, demarcaram o quanto de tempo se comprava e se vendia.
Quando pensamos na diferenciação socioeconômica, fica ainda mais claro o valor do tempo: Viajar de ônibus ou de avião? Ficar na fila para entrar ou ter free-pass, deslocar-se para procurar um produto ou pagar pela entrega? Sempre estamos buscando formas de utilizar mais o tempo a nosso favor.
Depois de tudo isso, Gabi com seu jeito meigo complementou: “Então, meu avô que mora no sítio, acorda com o sol e dorme com as estrelas é uma pessoa bem-sucedida?”
Bem, ele tem tempo para fazer o que gosta, tem seu sustento e não precisa vender o tempo que dedicaria ao seu sonho para construir o sonho de outro? Se a resposta for sim, seu avô é uma pessoa muito bem-sucedida.
Pense nisso!
Quer saber mais sobre a importância do tempo para ser uma pessoa bem-sucedida? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.
Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com
Confira também: O Lado Ruim da Resiliência: O que ninguém te contou!
O post O que você considera ser bem-sucedido? apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>O post O Lado Ruim da Resiliência: O que ninguém te contou! apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>Olá.
Basta uma pesquisa rápida seja em buscadores de conteúdo ou mesmo nas modernas plataformas de inteligência artificial sobre as competências mais esperadas pelas organizações para identificar dez entre listas o termo resiliência.
Para melhor entender a resiliência, convido você a conhecer seus três significados:
Por décadas este conceito foi se adaptando e porque não deteriorando até que passamos a entender a resiliência como a capacidade de lidar bem, com aquilo que não está de acordo com as nossas expectativas e no final, acabamos por entender a resiliência como a capacidade de conviver com aquilo que não está adequado: o erro!
Na inteligência comportamental recomendamos fortemente tanto aos nossos praticantes (nível um da formação) como aos modeladores (nível dois) que não aceitem o erro, não se acostumem com o erro e principalmente, não perpetuem o erro. Por mais simples que seja.
Quando nosso cérebro se acostuma com as pequenas falhas, elas se acumulam e acabamos por perder nossa capacidade de reação entrando em um modo de comodismo que afeta diretamente nossos comportamentos, impedindo nosso progresso e a capacidade de melhoria contínua.
Sim. Erros e falhas não ocorrem somente em coisas físicas e equipamentos. Nossas relações pessoais também envolvem pequenos erros que não corrigidos e acabam se perpetuando na forma de um estado de coisas aceitáveis para os quais somos resilientes e nada fazemos. Com o tempo as coisas mais graves também não despertam inconformidade.
Guy Kawasaki já comentava em seus livros que muitas vezes somos submetidos ao efeito picles, o que significa que mesmo que não estejamos dispostos a aceitar as condições do ambiente, estas são tão pequenas e diluídas que não percebemos. Assim como a salmoura. Quando menos nos damos conta, viramos picles em nossos jarros.
Ok, aí você me pergunta: Então o que devemos fazer para evitar virar um picles comportamental tentando ser resilientes?
Três dicas rápidas vão ajudar:
Não, não significa fazer tempestade em copo de água, mas sim, dar prioridade para a solução dos erros assim que se apresentam. Algo não funciona, ou conserte ou descarte. Não mantenha peças defeituosas em seu poder. O mesmo raciocínio vale para as relações pessoais. Algo não vai bem, sente e converse.
Existe uma diferença grande entre julgar e analisar. Quando julgamos existem duas possibilidades: Culpado ou inocente. Quando analisamos podemos entender que comportamentos e situações podem ser adequadas ou então inadequadas para o cenário e para o momento. Desta forma, você não precisa ter receio de criar desavenças ou clima ruim ao julgas algo que está, na sua visão, errado. Pense como adequado e inadequado e resolva imediatamente o que, no momento e no ambiente proposto, não estão adequado.
Entenda que você é o recurso mais precioso que você possui para a realização de seus planos. Quando você aceita comportamentos, falhas e situações que te afetam com medo de causar desavença, você está reduzindo seu valor perante a pessoa mais importante de sua vida. Você mesmo. Obviamente existem maneiras de se posicionar. Utilize de formalidade gentil, combinada com as duas primeiras dicas. Isso aumenta sua autoestima e melhora a capacidade de resposta.
No final, o não conviver com o erro pode, de fato, ser mais trabalhoso. Mas no final do dia, fará toda a diferença na construção de uma estrada melhor em direção aos seus objetivos. Afinal de contas, por qual motivo levantamos da cama de manhã, senão para realizar nossos sonhos?
Pense nisso!
Quer conversar mais sobre o lado ruim da resiliência, os perigos da adaptabilidade a todo custo e como não cair nessa armadilha? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.
Edson Carli
https://inteligenciacomportamental.com
Confira também: Inteligências Artificiais: Quem tem medo das IAs?
O post O Lado Ruim da Resiliência: O que ninguém te contou! apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>