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]]>A crise decorrente do coronavírus trouxe luz sobre uma série de questões sociais e econômicas que precisamos enfrentar.
Logo nos primeiros meses, muitas famílias e negócios começaram a sofrer com o impacto econômico decorrente do distanciamento social. E revelou a pouca ou nenhuma saúde financeira com a qual viviam, sem reservas, dependentes exclusivamente das entradas mensais para sobreviver. Assim como muitas relações pessoais e profissionais se encerraram, também revelando conflitos que vinham se arrastando e emergiram em meio ao estresse causado pela pandemia.
Analisando minuciosamente a dimensão dos problemas que eclodiram neste cenário eu concluo que somos uma sociedade negligente em nossas decisões e posicionamentos.
De acordo com dicionário, negligência significa falta de cuidado, de apuro, de atenção. Um desleixo ou desmazelo. Exatamente o que identifico na forma como a maioria de nós, se não todos, lida com as questões pessoais, sociais e financeiras no nosso dia a dia.
Não fomos ensinados a pensar sobre relacionamentos, sociedade e dinheiro desde a nossa infância, tão pouco tivemos aulas sobre estes assuntos nas séries escolares fundamentais. E, mesmo hoje, com a iniciativa das escolas de incluírem estes programas, as nossas crianças seguem muito mais influenciadas por seus pais, parentes, e pessoas de referência à sua volta, do que pelos conteúdos superficiais que escutam nas poucas aulas que são oferecidas.
Insistimos em “aprender” somente com a experiência prática. O que torna o aprendizado mais lento e dolorido. Diminuindo as chances de usarmos os aprendizados de outras pessoas a nosso próprio favor. Sem falar das situações em que a dor impede um verdadeiro aprendizado, levando à repetição do erro.
Há ainda o risco da dor pessoal diminuir nossa sensibilidade e empatia à dor do outro e passarmos a fechar os olhos para as atrocidades que acontecem à nossa volta. Passarmos a considerar o comum como normal, e replicarmos atitudes e comportamentos nocivos para o desenvolvimento social.
Esta tendência ganha ainda mais força com os constantes estímulos à individualidade e competitividade, essenciais para a manutenção da cultura de consumo que sustenta o nosso sistema capitalista.
Não podemos mais nos calar diante da violência. Não podemos mais aceitar abusos e corrupção. E não podemos mais nos submeter e, pior, contribuir para uma cultura onde vivemos uma vida que não é de verdade. Colocando a importância do ter acima do ser, onde uma foto em rede social fala mais alto que minhas impressões ao cruzar com essa mesma pessoa na rua.
Se não começarmos a comunicar com verdade o nosso estranhamento ao comum, em breve será normal fotos de crianças assassinadas por padrastos e madrastas diante dos seus pais e das suas mães. Pois hoje já acontece muito mais do que sabemos. Quase que diariamente.
Limite é uma construção subjetiva muito sutil. Sempre que permitimos avançá-lo, ele se adapta. De tal forma que, após alguns passos, nós já não o percebemos mais.
Tenho a impressão que diariamente são atropelados limites pessoais e coletivos. Por isso, já não nos surpreendemos com tantas atrocidades.
O coronavírus não causou uma crise. Ele serviu de catalisador, expondo as consequências de inúmeras escolhas negligentes que fizemos há bastante tempo. E continuamos fazendo.
Nós podemos nos render a todos estes acontecimentos. Ou podemos finalmente agir. Assumindo as nossas responsabilidades, mudando o nosso posicionamento.
Não podemos mais seguir acusando os nossos políticos e governantes. Nós somos o nosso governo. Quem está lá retrata a cultura que desenvolvemos há muito tempo.
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Sheila Berna
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Confira também: O Poder do Imaginário: Ele também pode gerar conflitos!
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]]>Um dia destes, eu acompanhava o início do atendimento em um dos meus empreendimentos. De repente, para minha surpresa, uma rápida conversa por mensagens de Whatsapp deixou assim o atendente transtornado.
Após duas ou três respostas sucintas, o cliente entendeu que havia sido muito maltratado e então começou a xingá-lo de forma acintosa. Todos os seus esforços em se desculpar, garantindo ao cliente que não teve a intenção foram de fato desconsiderados. E o atendimento terminou com o cliente bloqueando a conversa.
Neste mesmo período coincidiu de três pacientes diferentes, em suas sessões individuais, relataram episódios similares. Suas falas e comportamentos foram completamente distorcidos por seus interlocutores. E, dessa forma, gerou grande estresse e frustração. Em cada um dos casos, as consequências foram ruins para todos os envolvidos. Desde crise conjugal, até mesmo negócios frustrados.
Eu já escrevi diversas vezes sobre a importância de diferenciar fatos de interpretações.
Sempre que surge um conflito, tenha certeza que uma das partes, se não todas elas, permitiu, consciente ou inconscientemente, que suas interpretações ganhassem status de fatos no contexto. Permitindo assim que suas emoções fossem afetadas e perdendo de vista a possibilidade de empaticamente buscar entender as respostas e comportamento do outro lado.
Estamos tão acostumados ao nosso imaginário que sequer nos damos conta que nossos pensamentos não necessariamente correspondem a uma verdade absoluta. Ao contrário, nosso imaginário está submetido ao nosso cérebro que, via de regra, busca garantir satisfação e sobrevivência. O que naturalmente gera grande resistência a aceitar situações de desconforto. Por exemplo: reconhecer que o outro não tem nada a ver com o que estou sentindo. E, principalmente, reconhecer que sou extremamente imaturo quando projeto no outro a responsabilidade por minhas próprias emoções.
As inúmeras ofertas de programas de autoconhecimento e inteligência emocional, recheados de positivismo e dicas de bem-estar acabam por contribuir indiretamente para esta dificuldade cada vez mais evidente em muitas pessoas. Com frequência me deparo com a ideia de que inteligência emocional é viver bem, feliz e satisfeito. Desconsiderando que as emoções apontadas como “ruins” na verdade são apenas emoções que fazem parte da nossa natureza. Portanto, devem ser identificadas e respeitadas como qualquer outra.
Se quisermos definir de forma simples o conceito, inteligência emocional é saber identificar a emoção do momento, avaliar sua legitimidade. Dosar sua intensidade e, a partir desta consciência, gerenciar suas reações e comportamentos, garantindo a adequação do seu posicionamento no momento.
Se estou com uma emoção ruim, mas tenho fatos que justificam esta emoção, tudo bem. Cabe a mim não permitir que esta emoção sirva de combustível para maltratar outra pessoa.
Compreendendo a estrutura do nosso próprio imaginário.
O autoconhecimento é a chave para a transformação que garante a qualidade das nossas relações e dos nossos resultados.
Quer viver uma realidade diferente do que tem vivido, seja a mudança que deseja ver à sua volta.
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Sheila Berna
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Confira também: Qual tem sido seu posicionamento nos períodos difíceis?!
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]]>Você já teve uma experiência de empregar grandes esforços num projeto, numa mudança, ou mesmo no seu trabalho, na sua empresa, numa relação pessoal ou profissional e, ao final do processo, colheu nada como resultado?
Trabalhou dia e noite, e nada. Investiu dinheiro, contratou serviço especializado, e nada. Colocou muita energia, praticamente toda a sua energia do momento, e nada. Começou de novo, e de novo, e mais uma vez, e nada. Reconheceu seus erros, suas fraquezas. Procurou maneiras criativas e inovadoras de lidar com elas, e nada. Fez cursos, coaching, fez inclusive terapia, e nada.
O nada já fez parte da trajetória de muitas pessoas que eu conheço. Acompanhando suas intimidades nos bastidores dos atendimentos, presenciei diversas iniciativas com planejamento impecável, imersos em mentorias, cercados de grupos de apoio. E ainda assim, o resultado final foi nada.
Eu gosto de comparar esta experiência do nada com a experiência de um fazendeiro que acabou de perder toda a sua safra da temporada. Certamente ele experimentará uma avalanche de emoções com uma grande dose de frustração. Precisará encarar os desafios práticos decorrentes da péssima colheita. Correr o risco, inclusive, de comprometer sua capacidade de produção para a próxima safra. Ter que optar por reduzir sua capacidade produtiva ou mesmo produzir para outros agricultores até que se recupere. E assim possa voltar a cultivar sua própria lavoura.
Um bom fazendeiro jamais deixa de ser fazendeiro por perder uma colheita. Perceba: eu destaquei um bom fazendeiro e não um fazendeiro. Isso porque certamente houve desistências no caminho. Mas o bom agricultor sabe que há inúmeros aspectos que interferem na sua produção. E, eventualmente, algum pode fugir ao seu controle.
Ele faz um bom diagnóstico do cenário, avalia possibilidades de solução. E, se conclui que nada pode ser feito, com muita resiliência ele cuida para que o solo não se empobreça, já pensando no seu próximo ciclo de plantio.
Na vida, deveríamos lidar com nossos desertos desta mesma maneira. Vivemos numa cultura tão exagerada que muitas pessoas, sem perceber, carregam expectativas altíssimas acerca de resultados. E quando não alcançam estes patamares, acabam não dando conta de lidar com a frustração e a fantasia de fracasso.
Entenda se a sua mente estivesse preparada para alcançar o resultado desejado, você já o teria alcançado.
Nosso maior desafio após longos períodos de escassez não é necessariamente sair da crise, mas sim tirar a crise de dentro de nós.
Qual tem sido seu posicionamento nos períodos difíceis?!
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Sheila Berna
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Confira também: O Perigo do Imaginário: Como está a sua imaginação?
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]]>A neurociência tem feito grandes avanços no entendimento da mente humana e seu papel na criação da realidade. Ainda assim, poucas pessoas apreendem estes conceitos. Se colocam de forma autorresponsável diante dos acontecimentos do dia a dia.
O ano de 2020 e todos seus acontecimentos tornam uma questão de sobrevivência este entendimento.
As gerações atuais não haviam experimentado nenhum outro cenário de crise e escassez como a pandemia do corona nos apresentou. Nenhuma grande guerra, nenhuma outra doença devastadora e desconhecida. Estamos mal acostumados com o conforto da ciência.
Diante desta inexperiência, além dos problemas intrínsecos da contaminação pelo vírus (me refiro ao adoecimento de inúmeras pessoas e à morte de boa parte deste grupo), vimos assim o mundo sucumbir ao alarmante aumento dos problemas de saúde mental, índice de suicídios, divórcios e falências. Falência de empresas, famílias, projetos, sonhos.
O desafio deste processo está na base de crenças que carregamos. Então para conseguirmos dar um significado positivo a nossas perdas, é preciso crer que existe ganho na dor. Entender que a vida de fato é feita de ciclos. E, naturalmente, há tempo para todas as coisas.
Há tempo de plantar e tempo de colher. Há tempo de ganhar e tempo de perder. E há tempo de desfrutar e tempo de crescer.
Não existe crescimento sem dor.
Uma criança sente dores com o crescimento dos seus ossos. Uma empresa sente novas dores com o crescimento dos seus negócios. Uma gestante sente dores com o crescimento do seu bebê. Portanto, não seria diferente com nossas emoções e maturidade.
Um importante e saudável caminho para a superação de tudo que experimentamos no ano de 2020 está na resiliência. Diante do processo de amadurecimento que tantas perdas nos impõe.
Nossa imaginação é o berço das nossas crenças e entendimentos. A todo o tempo surgem incontáveis ideias em nossa mente. Sobressaem aquelas que mais alimentamos.
Se reforçarmos os pensamentos mais tenebrosos e assustados, estaremos assim posicionando o nosso imaginário na direção oposta à superação.
Por outro lado, se formos capazes de coordenar nossos pensamentos, alimentando somente ou, principalmente, aqueles que apontam para possibilidades e soluções, neste caso teremos dado um importante passo na construção de um próximo ciclo de colheitas.
Afinal, você decide no que acredita. Consciente ou inconscientemente. Então no que tem escolhido acreditar?
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Sheila Berna
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Confira também: Fato ou Interpretação: Como ampliar sua percepção?
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]]>O nosso cérebro tem a responsabilidade de interpretar o ambiente à nossa volta, garantindo assim nossa sobrevivência. Todo o tempo estamos recebendo estímulos através dos nossos sentidos e atribuindo a cada um destes estímulos um significado.
Durante a infância, muitas interpretações são feitas a partir das referências que recebemos dos adultos à nossa volta. Este é o período mais sensível da nossa aprendizagem. Isso porque estamos, a partir das inúmeras experiências do dia a dia, formando nosso banco de dados. Ele servirá de referência para nossas interpretações na vida adulta.
É muito fácil observar este processo quando uma criança aprende a nomear pessoas e objetos, modelando a fala de quem com ela convive. Mas nem todos se atentam ao fato de que esse processo de aprendizagem se estende para além das interpretações de objetos, como também dos fenômenos que experimentam.
Se imaginarmos uma situação em que uma criança segura o brinquedo de outra enquanto convivem no parque. A forma como a mãe de cada uma das crianças lidará com a situação refletirá diretamente no entendimento da criança sobre aquele fato. Assim a única maneira eficaz que conheço de identificar os padrões de uma pessoa é justamente desenvolvendo o hábito de distinguir os fatos de suas interpretações.
No exemplo acima, “uma criança segurou o brinquedo da outra enquanto brincavam no parquinho” é um fato. Mas dificilmente as pessoas param nesta citação. É comum ouvirmos narrativas como: “aquela criança tomou o brinquedo do meu filho”, ou “a mãe daquela criança não se importa”, ou ainda “tadinho, ele não tem brinquedo”, ou também “meu filho emprestou para ele”. Eu poderia esgotar todo meu espaço de escrita listando diversos exemplo positivos e negativos de interpretações para o acontecimento. Mas afinal, qual a importância de exercitarmos esta distinção?
A qualidade das nossas interpretações está diretamente relacionada à qualidade dos resultados de fato que alcançamos.
Se observarmos os conflitos interpessoais, eu arrisco dizer que em todos eles existiu um equívoco de interpretação. Seja pela falta de comunicação efetiva entre os envolvidos no conflito, seja pela falta de consciência que cada um de nós tem dos padrões de interpretação.
Nós vemos o mundo através de uma lente construída por todas as nossas crenças e, sempre que nossas crenças forem negativas ou distorcidas, nossa percepção da realidade sofrerá influência dessa distorção.
Quando duas pessoas apresentam reações distintas para um mesmo acontecimento, certamente a diferença na resposta se explica pela forma como interpretaram os fatos.
Sua visão de mundo afeta toda a sua realidade. Seja pessoal, familiar, profissional, financeira ou espiritual.
Este cuidado não só fará bem para os seus resultados, como para toda a atmosfera à sua volta.
Distinguir fatos de interpretações, permitindo-se escolher por interpretações melhores é a base para a empatia.
Eu recomendo!
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Sheila Berna
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Confira também: Causa e Efeito: A relação direta entre nossas escolhas e os resultados
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]]>Você já deve ter ouvido aquele ditado que diz que cada um de nós colhe aquilo que planta, ou que o plantio é opcional, mas a colheita obrigatória.
Estas frases tratam da relação direta de causa e efeito entre nossas decisões e ações, e os nossos resultados. Mas o quanto somos preparados para reconhecer previamente os efeitos das nossas escolhas, podendo assim assumir a responsabilidade sobre o que colhemos?
Na última semana, num papo com um grupo de jovens que oriento, me dei conta de uma série de coisas que eu adoraria saber aos 18 anos. Coisas que refletiram em grandes dificuldades, algumas que impactam minha vida até hoje, em diferentes áreas.
Eu adoraria saber antes a importância da compatibilidade de valores e crenças para a saúde do casamento. Entender como pequenos hábitos de gestão e administração de recursos podem, de fato, transformar sua realidade financeira, para o bem e para o mal. Reconhecer que nossos hábitos durante a vida escolar refletirão sobre nossa rotina, não somente em situações de estudo, mas também em questões profissionais e até mesmo pessoais.
Eu tendo a responder que sim, você tem razão. Mas não, não acredito que este seja o único caminho.
Nós, que somos os adultos hoje, podemos contribuir para a conscientização das nossas crianças, adolescentes e jovens. Sem a menor pretensão de interferir nas suas ações e decisões. Mas apontando o que já sabemos dos diferentes caminhos.
Talvez aqui resida a principal razão para muitos de nós não exercerem este papel na educação das próximas gerações. Aprendendo na prática como aprendemos, será que estamos então aptos a orientar?!
Com frequência me deparo com casos onde os pais, procurando orientar seus filhos, interferem diretamente nos seus processos de decisão. Impondo suas sugestões, cobrando resultados específicos, roubando seu exercício de autonomia e protagonismo, projetando suas próprias expectativas disfarçadas como sabedoria. Afinal, foi assim que muitos de nós receberam orientações dos adultos da nossa época. Macaco vê, macaco faz!
Precisamos aprender a orientar, refletindo sobre os nossos próprios aprendizados. Extraindo deles o princípio por trás da colheita. Falando dos princípios seremos capazes de conscientizar o outro, sem impor a ele as minhas verdades. Exclusivamente focando na ampliação da percepção que o outro tem dos possíveis efeitos das suas escolhas e ações.
Este exercício pode catalisar o crescimento das próximas gerações. Mas não para por aí. Eu acredito que se nós pararmos para compreender a lógica dos princípios por trás das nossas próprias colheitas, estaremos transformado assim a nossa própria realidade.
Quem planta, colhe!
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Sheila Berna
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Confira também: Qual a sua Verdade?
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]]>Há mais de 15 anos me dedico a pensar sobre percepção e seu impacto nas diferentes áreas da vida. Quem acompanha minhas reflexões, certamente, já me viu afirmando que nós somos autores da nossa realidade. Nossa percepção é uma interpretação que fazemos do mundo à nossa volta, através dos nossos sentidos, tendo como referência de entendimento as verdades que carregamos.
Compreender a sensibilidade da nossa percepção é a chave para desvendar todos os tipos de conflitos. De acordo com o dicionário da língua portuguesa, conflito significa profunda falta de entendimento entre duas ou mais partes, gerando choque, enfrentamento. Um conflito surge quando duas percepções se desconsideram, consciente ou inconscientemente.
Considerando que nossas crenças pessoais são muitas vezes geradas ainda na infância, e apenas reforçadas ou transformadas ao longo da vida a partir das nossas experiências, então estamos expostos ao risco de perpetuar uma realidade escassa e infrutífera, se não formos despertados para outras possibilidades de interpretação.
Então o que diferencia quem se abre para outras possibilidades daqueles que permanecem fechados em sua leitura pessoal do mundo? Eu acredito que a principal diferença esteja na capacidade de suportar a verdade do outro, quando ela confronta a minha própria verdade.
Estamos tão acostumados com um pensamento dicotômico que muitas vezes, tendemos a considerar que se A é diferente de B, sendo A uma verdade, então necessariamente B se torna uma inverdade, uma mentira. Um equívoco de entendimento grave, que de fato potencializa todas as chances de conflitos pessoais e sociais.
Um grande profissional da área de treinamentos, Jeremias Rodrigues, costuma afirmar: o crescimento é natural, o desenvolvimento não. Suas palavras nunca me fizeram tanto sentido. Todos nós necessariamente cresceremos. Mas nem todos os indivíduos experimentarão um desenvolvimento mental e emocional.
Um processo de amadurecimento e autodesenvolvimento requer disciplina e persistência. Ele obrigatoriamente gerará desconfortos e sentimentos desagradáveis.
Então até que ponto estamos dispostos a abrir mão das nossas verdades?
Desenvolver-se exige abrir mãe da zona de conforto. Por isso, recomendo preparar-se para esta jornada. O processo pode ser vivido em etapas. Planejá-lo pode facilitar o seu êxito.
E, se mesmo após todas as minhas colocações, faltar motivação para se propor esta experiência, então deixo com você uma provocação: qual tem sido o preço para sustentar as suas verdades?!
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Sheila Berna
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Confira também: Individualismo X Coletividade
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]]>Após mais de quatro meses de distanciamento social no Brasil, decorrente de uma crise ainda mais longa no mundo, somos convidados a repensar uma série de aspectos da nossa rotina, hábitos e, principalmente, costumes. Fomos obrigados a nos adaptar aos meios eletrônicos de convívio, interrompendo diversas atividades do nosso dia a dia. Inevitavelmente, todas as nossas relações foram afetadas.
No âmbito familiar, o tempo de convívio aumentou, assim como o compartilhamento de espaços e recursos. Muitos casais precisaram lidar com o distanciamento emocional até então suavizado pela correria do dia a dia. Assim como pais e mães precisaram lidar com a falta de limites e convívio com seus filhos na realização de atividades rotineiras como estudos e cuidados pessoais, delegados a cuidadores e escolas antes da quarentena. Infelizmente os índices crescentes de divórcios, violência doméstica e adoecimento psíquico indicam que nossa sociedade estava bastante doente, mas não estávamos atentos.
Apesar da relevância desta reflexão da vida pessoal, no entanto, quero voltar nossa atenção para outras relações que foram colocadas em xeque: nossas relações comerciais. A insuficiência financeira de muitas pequenas e médias empresas e empreendimentos, levou diferentes setores a enfrentar um efeito dominó sem precedentes de inadimplência e rescisão contratual.
Trabalhadores e prestadores de serviço também sofreram com cortes nos pagamentos e atrasos nos benefícios. Não bastasse o efeito negativo decorrente da falta de recursos e excesso de preocupações práticas de subsistência, me chama atenção a forma como muitas pessoas escolheram lidar com este cenário.
A começar pela dificuldade de avaliar informações e intenções. A crise política instaurada no Brasil antes do início da pandemia põe em dúvida as motivações de praticamente todos os governantes e meios de comunicação, dificultando assim uma união do povo na busca por soluções efetivas. Somando-se a exploração de alguns setores responsáveis pelo fornecimento de itens básicos para a prevenção contra o vírus, e a falta de ações efetivamente colaborativas. Iniciativas privadas enfraquecidas pelo medo de sair às ruas de muitas pessoas.
Em meio a tudo isso, observamos reações grosseiras, unilaterais e exclusivas. Clientes rescindindo contratos exigindo ressarcimentos, sem considerar que estão contribuindo com as chances de o estabelecimento fechar as portas. Proprietários inflexíveis exigindo todas as condições contratuais previstas para caso de rescisão, desconsiderando que muitos inquilinos foram obrigados a entregar suas chaves por não terem como honrar o compromisso assumido.
Se continuarmos avaliando as circunstâncias individualmente, a partir dos nossos próprios interesses, desconsiderando a importância de repartirmos a conta da crise, seremos nós os maiores responsáveis pelas consequências econômicas e sociais que enfrentaremos.
A pandemia veio demonstrar quão frágil é o nosso sistema. Estamos forçados a definir nossas reais prioridades. Cabe a cada um de nós decidir como viver esta experiência. Diante desta reflexão eu lhe pergunto: quem você quer ser ao final deste episódio da nossa história? O que tem valorizado? O quanto tem evoluído?
Não são os fatos que determinam nossos resultados, mas nossa atitude diante de cada acontecimento. É hora de deixar de lado o individualismo, pois estamos todos juntos nessa.
O quanto isto está claro na sua percepção do mundo?
Sheila Berna
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Confira também: Criatividade x Dicotomia
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]]>Uma das mais valiosas características da infância é, no meu ponto de vista, a criatividade. Ou seja, inteligência e talento, natos ou adquiridos, para criar, inventar, inovar, quer no campo artístico, quer no científico, esportivo, ou em qualquer área da nossa existência.
Curiosamente, há algum tempo, tenho observado formadores de opiniões e grandes nomes das consultorias empresariais defendendo a importância da criatividade nos novos modelos de gestão e empreendedorismo. Esta onda ganha força com o impacto da pandemia e o distanciamento social nas empresas e negócios. Em resumo, para vencer a crise econômica que se instaurou, precisamos ser criativos e pensar fora da caixa.
Com base na minha primeira afirmação, deveríamos todos então nos tranquilizarmos sobre a segunda. Infelizmente, não é assim que estamos vivendo esta necessidade.
Os adultos, na sua imensa maioria, parecem ter perdido seu potencial criativo. Esta impressão se baseia também nas inúmeras ofertas de cursos de criatividade que encontramos nas redes atualmente. Além dos relatos e queixas de líderes e empreendedores que se sentem pressionados a apresentar soluções criativas sem sequer terem ideia de por onde começar.
Eu considero que uma das principais causas para a diminuição do nosso potencial criativo esteja na cultura dicotômica que estamos inseridos. Desde cedo somos levados a pensar que existem dois caminhos a seguir: o caminho certo e o errado. Somado ao costume de classificar pessoas e circunstâncias como boas ou ruins. Tratando leis e tratados arbitrários como verdades absolutas. Dando às interpretações e percepções status de fatos e verdades.
O sistema de regras criado para organizar nossa vida em sociedade muitas vezes cerceia nossa própria existência, na medida em que condiciona nossa forma de pensar, limitando nossas interpretações e minando nossa confiança em nossa própria percepção. Não somos ensinados a respeitar as leis sem necessariamente nos subjugarmos a elas. A principal consequência deste sistema é a perda ou significativo enfraquecimento da nossa autonomia de pensamento.
Se adicionarmos aqui a necessidade instintiva do ser humano de pertencer a um grupo, que nos leva a seguir os padrões coletivos como forma de garantir esta inclusão, temos elementos suficientes para um distanciamento do nosso potencial criativo. De tal forma que, a demanda de criatividade nos desconforte e nos faça sentir incapazes.
A boa notícia é que esta habilidade está em cada um de nós. Para acessá-la, precisamos exercitar nossa autonomia de pensamento nos livrando do modelo dicotômico de leitura da realidade. Esta desconstrução será benéfica não apenas para nossa busca por soluções inovadoras, mas também para um resgate da nossa empatia e capacidade de aceitação do outro. Visto que a aceitação da diversidade é contrária a qualquer pensamento bifurcado, dicotômico.
Eu desejo que possamos dar mais voz e espaço para as nossas crianças interiores. Cicatrizando suas feridas do passado. Abrindo novos caminhos para sua jornada.
Sheila Berna
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Confira também: Expectativas: como andam as suas?
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]]>Sem que eu escolhesse, todos os casos que vieram a mim nos últimos seis meses trouxeram questões afetivas de relacionamentos conjugais. Namoros e casamentos em crise, afetando os diferentes aspectos da vida. O trabalho, a saúde, outros relacionamentos.
Curiosamente, neste período de distanciamento social, tenho visto notícias de separações de diversos casais de famosos, e especulações sobre o aumento de casos de casais comuns que também estão enfrentando desafios nesta intensa convivência forçada.
Primeiramente, quero destacar que não me sinto confortável em afirmar que houve um verdadeiro aumento de casos. Pois não existe nenhuma pesquisa formal em andamento computando cuidadosamente as informações para que pudéssemos confiar nestes números. Também não sabemos se o atual momento está gerando as crises ou apenas está revelando-as.
Independentemente dos números, esta discussão me levou a pensar sobre o que acontece entre os pares para que a crise abale as relações de maneira tão intensa. De todas as ideias que fui capaz de imaginar, a mais sensível diz respeito a expectativas.
Já falei algo parecido em outro momento aqui neste espaço, quando trouxe uma discussão sobre escolha. Mas agora pretendo aprofundar o assunto.
Muitas pessoas se encantam com as possibilidades que enxergam nos outros, sem se preocuparem em avaliar o quanto o outro estará disponível ou disposto a lhe entregar o que esperam. Ou ainda, ignoram características pessoais e comportamentos desconfortáveis e conflitantes, contando com a possibilidade de mudança, mais uma vez ignorando a realidade em favor de uma expectativa.
Nestes casos, existe uma imaturidade do indivíduo em alimentar aquilo que chamamos de pensamento mágico. Esta forma de pensar e agir é típica da infância. Período em que a pessoa age a partir dos seus sonhos e desejos, desconsiderando fatores externos que podem interferir e até impedir a realização do que procura fazer acontecer.
De alguma forma, tenho observado adultos ainda alimentando este tipo de pensamento frente às circunstâncias do dia a dia, especialmente no que diz respeito a relacionamentos pessoais. Se considerarmos o quão natural é surgirem divergências no convívio íntimo entre duas pessoas, independentemente do quanto elas se amem e queiram estar juntas, facilmente entenderemos a importância de ajustarmos expectativas para garantir a harmonia na intimidade.
Por isso é tão importante que deixemos de idealizar o homem ou a mulher ideal para cada um de nós, e passemos então a avaliar quais seriam os defeitos e comportamentos divergentes que eu estaria disposto a aguentar em prol de uma boa relação conjugal.
Preocupa-me perceber que existem pessoas que encaram este exercício como submissão ou, pior, como abrir mão de si mesmo. Eu entendo que seja maturidade e alinhamento de expectativas. Aceitar que o outro jamais corresponderá 100% aos meus próprios desejos, e tudo bem. Não se trata de melhor e pior, ou de certo e errado. Apenas somos diferentes e quanto mais consciência tivermos destas diferenças, maior a chance de sucesso na nossa convivência.
Eu recomendo que todos os casais façam um ajuste em suas percepções de tempos em tempos. Este é um exercício saudável. Não espere que as dificuldades invadam a sua privacidade para se movimentar. Refina expectativas recorrentemente.
Afinal, como andam as suas?!
Sheila Berna
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Confira também: Empatia: Será que paramos de nos ouvir?!
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