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]]>Certamente, encontrar o Ikigai para muitas pessoas trata-se de um desafio imenso. Acredito que boa parte das pessoas está insatisfeita no trabalho e na vida porque foram condicionadas a buscar apenas uma profissão e esquecer as demais dimensões. Assim, ao longo da vida você se dedica à faculdade, cursos e formações para se tornar bom em algo. E com isso, vai para o mercado buscar uma boa remuneração. Esse é o conceito de profissão. Boa parte da sociedade busca na vida ativa apenas uma profissão.
Sabemos que o ser humano tem sede de sentido e de propósito. Assim, viver na dimensão da profissão é muito limitador. O senso de propósito surge quando ativamos nossa vocação aliada a uma missão. Nesse contexto, o Coaching é um excelente processo para que as pessoas possam começar a desenhar o seu Ikigai.
Em termos práticos, podemos apoiar um coachee a achar a sua paixão fazendo uma reflexão em relação a tudo aquilo que ele ama fazer e aplicando um exercício de feedback para que os outros possam espelhar aquilo que ele é bom. Identificar o que amamos é um olhar para dentro. Saber no que somos bom é um reconhecimento externo sinalizado pelos outros.
Ainda sim, muitas pessoas não se sentem nutridas apenas com a conexão da sua paixão. Muitos precisam de um processo de transcendência, de sair de dentro de si e ir em direção às necessidades do mundo. Isso acontece quando deixamos de perguntar apenas o que queremos da vida e passamos a perguntar o que a vida espera de nós. Num processo de Coaching, esse processo pode ser estimulado por uma pesquisa e observação do cliente em relação às necessidades que existem no mercado e no mundo.
Por outro lado, sabemos de pessoas que fazem o que amam, usando seus talentos diante do que o mundo precisa, mas que não conseguem prosperar e ter um retorno financeiro. Isso porque somos dotados de alma e de personalidade. Trabalhar dessa forma, nutre a alma, mas deixa a personalidade sufocada. A alma está ligada ao ser, e a personalidade ao ter. E deixar qualquer uma dessas esferas famintas nos traz a sensação de que algo está faltando.
Enfim, encontrar o Ikigai pode ser uma jornada para a vida toda. E essa jornada pode ser facilitada por um processo de reflexão e ação conduzido em processos de Coaching. Talvez agora saibamos o que se passa naquele sorriso sereno e pleno que boa parte dos orientais carregam consigo. Eles certamente estão considerando a sua razão de ser.
E você, já sabe qual é o seu Ikigai?
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]]>Chega o final de mais um ano e o clima de entusiasmo surge em boa parte das pessoas. Acende a chama do que está por vir, do que será diferente, de que o que é ruim ficará para trás e novos horizontes irão surgir. E quando passa o Carnaval, a energia vai baixando e sem perceber algumas pessoas chegam ao meio do ano já esperando pelo próximo ano que ainda chegará.
Essa coisa de projetar uma vida que vale a pena ser vivida num futuro próximo, mas nunca no presente, parece algo quase inerente do ser humano. Tive o prazer de ter aulas com o Clóvis de Barros Filho na minha graduação na ESPM. Ele aborda essa questão do desejo de algo que ainda está por vir com maestria numa palestra do TED x São Paulo com o título de “Felicidade é aqui e agora!” (deixo o link do vídeo no final do artigo).
Clóvis abre sua palestra trazendo uma visão muito interessante do poder do desejo sobre nós. Ele diz que muitas pessoas associam felicidade à possibilidade de ter tudo o que queremos. Só que aí surge o primeiro desafio. Porque quando você quer é porque você ainda não tem. E quando você tem, você já não quer mais. O desejo surge sempre por aquilo que nos falta. A vontade que nos mobiliza a buscar o que queremos encontra sua motivação naquilo que não temos. O problema é que quando você consegue aquilo que você tanto queria, depois você já não deseja mais. Parece que perde o brilho e o encanto. Basta ver as crianças com os brinquedos tão desejados no Natal. Depois da euforia de abrir todos os presentes, aos poucos, os brinquedos são deixados de lado e novos desejos surgem.
Com o passar dos anos, nós crescemos e continuamos buscando “novos brinquedos” para nos satisfazer: o diploma numa universidade desejada, um carro, uma casa, uma viagem dos sonhos, um cargo numa empresa X e por aí vai. Somos condicionados a sempre buscar algo que nos falta. Acreditamos que a tal felicidade estará lá na frente, quando conseguirmos algo. Seremos felizes no dia que trabalharmos em tal empresa, no dia que encontrarmos alguém e por aí vai…E assim, vivemos como ratos dentro de gaiolas correndo atrás de uma isca.
O professor define felicidade como aquele pequeno instante da vida que você gostaria de repetir. Felicidade é aquele segundo que você não gostaria que acabasse. Assim, para ele, se na vida você tiver alguma chance de ser feliz, não é quando nada acontecer, mas é já! A felicidade está aqui e agora, mais do que em qualquer outro lugar. Afinal, a vida acontece aqui e agora.
Deve ser por isso também que as pessoas entram tão entusiasmadas em processos de Coaching. Muitas acreditam que ao final do processo tudo ficará diferente em suas vidas. Muitos coaches vendem essa promessa. Todavia, se não for tratada com responsabilidade pode virar uma ilusão. Um processo de Coaching pode sim causar transformações após o término. Contudo, vale lembrar que não se deve projetar tudo para o final, num grande documento de plano de ação. Essa pode ser a mesma armadilha de esperar por um ano novo. Na verdade, a mudança não acontece apenas no final, mas deve ser testada e experimentada também ao longo do caminho, por meio de ações práticas entre uma sessão e outra.
Assim, desejo que você viva intensamente cada dia de 2018 e faça de cada um deles a oportunidade de ser um “ano novo”. Que você lembre que viver a vida buscando a felicidade que está lá na frente, sempre no futuro, pode ser frustrante. Lembre-se de que a felicidade não está no fim da jornada, e sim em cada curva do caminho que percorremos para encontrá-la. Desejo que 2018 seja um ano que você gostará de repetir e não que desejará deixar pra trás. Pois assim, você poderá dizer que foi feliz. E se você deseja tanto que esse ano acabe, talvez chegou a hora de perceber que não viveu ele da forma que deveria. Lembre-se que a mesma oportunidade de ser feliz é dada a você no dia 01 de janeiro, como em 31 de dezembro ou em qualquer outra data. Desejo que você não se sabote achando que, como num passe de mágica, o ano vai virar e tudo ficará diferente. E por fim, se você fizer tudo igual em 2018 e esperar resultados diferentes, lembre-se que Albert Einstein definia isso como insanidade.
Felicidade é aqui e agora | Clóvis de Barros Filho | TED x SaoPaulo
Link original: https://www.youtube.com/watch?v=HsQx02JdZ2Q
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]]>“Trate as pessoas como se elas fossem o que poderiam ser e você as ajudará a se tornarem aquilo que são capazes de ser.”
(Johann Goethe)
O mercado de trabalho sofre mudanças de forma significativa. Essa semana estive na HSM Expo Management e lá pude ouvir diversos pensadores abordar o tema do futuro do trabalho. Automação, inteligência artificial e outras tecnologias irão chegar com cada vez mais força. Assim, trabalhos caracterizados por eficiência e repetição estão com os dias contados.
Um outro ponto é que as gerações de agora provavelmente viverão até os 100 anos. Isso significa que a aposentadoria por volta dos 60 anos é uma ilusão e as pessoas precisarão se reinventar constantemente. Novas competências serão exigidas, algumas profissões irão desaparecer e outras surgirão.
Nesse cenário todo, como fica um jovem que irá escolher seu curso no vestibular? Como ficam os pais ao apoiar os filhos? Qual o papel da orientação vocacional?
Novas perguntas não podem ser respondidas com receitas antigas. Ou melhor, nesse contexto não existe receita pronta. Vivemos um cenário de transição no qual precisamos ter muito cuidado ao falar de orientação vocacional. Muitos testes vocacionais consagrados foram criados em cenários completamente distintos do atual. Nesse contexto, o Coaching pode ser um aliado ao unir ferramentas de assessment/testes vocacionais com um processo reflexivo de autoconhecimento e autodesenvolvimento.
Desde que terminei o projeto de pesquisa no mestrado em psicologia social no qual investiguei a relação entre a geração Y (jovens nascidos entre 1980 e 2000) e a busca de sentido e felicidade no trabalho, tenho me dedicado a aprofundar a relação de jovens com projeto de vida e o sentido do trabalho. Os atendimentos de Coaching de jovens e a relação que tive com seus pais, me permitiu observar alguns aspectos importantes para a escolha profissional. Alguns pontos devem ser considerados ao pensarmos em orientação vocacional:
O psicólogo Barry Schwartz nos mostra como o crescimento assustador do universo de escolhas tornou-se, paradoxalmente, um problema e não uma solução. Devemos lembrar que o jovem ao se deparar com um universo de possibilidades profissionais muitas vezes fica paralisado. É muito diferente escolher carreira hoje se compararmos com 20 ou 30 anos atrás. E ainda, quando temos muitas opções além da angústia da escolha, temos o efeito colateral do arrependimento pós escolha. Escolhi ser arquiteto, mas minha vida não estaria melhor se tivesse escolhido engenharia?
Para o sociólogo Bauman, a identidade é algo a ser inventado, e não descoberto, é, portanto, um processo de construção. O jovem não vai descobrir sua profissão por um teste vocacional, mas irá se inventar por meio de escolhas sucessivas e conscientes. Na modernidade líquida – conceito cunhado por Bauman para caracterizar o sentido de impermanência, volatilidade da vida contemporânea -, a fragilidade e a condição provisória da identidade ficam mais nítidas. A identidade é construída em movimento, num processo constante e não de forma estática. Segundo Bauman, “no admirável mundo novo das oportunidades fugazes e das seguranças frágeis, as identidades ao estilo antigo, rígidas, e inegociáveis, simplesmente não funcionam”. Existem ilimitadas possibilidades de identidades novas, inexploradas e não experimentadas ao alcance do indivíduo. E isso gera uma ansiedade no jovem.
E ainda, quando a modernidade perde suas âncoras tradicionais (família, religião, Estado, valores, etc..), a identidade torna-se uma tarefa individual, de modo que cada pessoa a constrói de acordo com sua biografia. Essa liberdade e responsabilidade na construção da identidade exigem coragem para ousar e confiança nos atos de escolha. Ou como dizia Sartre, “o ser humano está condenado a liberdade”. A liberdade pressupõe uma responsabilidade. O que acontece é que, muitas vezes, esses jovens almejam liberdade, sem desenvolver a responsabilidade necessária para sustentá-la. Cabe ao jovem e não aos pais, investigar as áreas de atuação que lhe interessam, conversar com os profissionais, ler sobre o que acontece no mundo e nas profissões, etc…
No Brasil, Antônio da Costa Ciampa é referência no estudo da identidade e aborda o conceito remetendo à ideia de metamorfose, num processo de constante formação e transformação em que o indivíduo assume diferentes papéis na relação com o outro. A metamorfose acontece na busca por significado e na invenção de sentido. Assim, é uma ilusão colocar no jovem o peso de escolher uma única carreira que irá representar todos os seus talentos, desejos, sonhos e ambições. É preciso dar leveza ao processo, e saber que a escolha de uma profissão é apenas um primeiro passo no seu processo de construção de identidade. Escolher um curso no vestibular não pode ser tratado de forma fatalista, no sentido de: “Escolha algo que você fará para o resto da vida.” Pode ser que o jovem se encontre nessa profissão, mas pode ser que ele ainda experimente outras áreas.
Para Erik Erikson, a essência da identidade está em responder a questão: “Quem sou eu?” A tarefa de construir a identidade tornou-se algo do tipo “faça você mesmo”. E na modernidade líquida comprometer-se com uma única identidade parece ser um negócio arriscado. O processo de Coaching pode apoiar o jovem a responder a pergunta “Quem sou eu?” e ao mesmo tempo estimular o protagonismo para que ele mesmo trace seu caminho.
Sem as estruturas tradicionais para oferecer sustentação, resta ao jovem traçar o caminho, ou ainda, caminhos. Outrossim, torna-se importante apoiar o jovem nesse empreendimento, não indicando uma direção, mas sim fornecendo subsídios para que ele perceba melhor a si mesmo, seus valores, influenciadores, crenças, sua história de vida, para que assim possa projetar uma identidade aderente e coerente. E ainda, estimular a experimentação de algo que se deseja num processo constante de construção e transformação.
Nos atendimentos de Coaching com jovens pude perceber que em determinados momentos surge um ruído entre conceitos que são dos próprios jovens e que são dos seus pais. Um dos ruídos mais comuns está relacionado à definição de uma carreira de sucesso.
Muitas vezes, o jovem é influenciado por definições de sucesso que são de seus pais e família, porém que muitas vezes não estão alinhadas com seus valores pessoais. E aí, surge uma tensão: sigo os meus valores ou o que aprendi com os meus pais?
Já atendi jovens em que a definição de sucesso estava ligada a uma carreira mais informal, fora do escritório, em contato com a natureza. Contudo, o sonho dos pais era uma carreira tradicional e de status.
Nesse ponto temos um conflito geracional. Sabemos que as gerações anteriores (baby-boomers, tradicionalistas, geração X) tinham uma definição de trabalho mais “dura e fria” que as gerações atuais (geração Y e Z). Hoje, os jovens buscam um trabalho com sentido e que possa ser a expressão deles no mundo. Um trabalho que tenha significado, aprendizado constante e reconhecimento. Eles querem fazer o que amam. As gerações anteriores tinham uma relação menos romântica e mais prática com o trabalho. O trabalho estava muito mais ligado a oferecer uma renda, dar a base para a construção da família, proporcionar uma boa educação para os filhos e uma aposentadoria. E, se para isso fosse preciso trabalhar com algo “chato”, tudo bem!
Ou seja, os pais quando vão orientar os filhos no ensino médio, muitas vezes não percebem essa dissonância entre os significados do trabalho. O mais saudável é um diálogo aberto para encontrar o caminho do meio. Os pais precisam entender que encontrar um trabalho com sentido é a nova moeda de valor para os jovens e os jovens precisam sair da ilusão de que um trabalho com sentido é apenas fazer o que eles gostam. Um trabalho com sentido também terá dor e sofrimento.
Rudolf Steiner ao nos ensinar sobre os ciclos biográficos, esclarece como cada fase da vida é marcada por seus aprendizados e desafios. Assim, não adianta um pai com 50 anos esperar o mesmo discernimento e maturidade de seu filho de 17 anos.
Lievegoed detalha cada ciclo da construção biográfica. Nesse processo existem crises comuns que norteiam nossa evolução. Cada indivíduo adota uma atitude diferente diante das crises, cada biografia torna-se única e singular, com caráter irrepetível. Para Lievegoed, o terceiro setênio (fase dos 14 aos 21 anos) culmina na crise de identidade aos 21 anos. E o quarto setênio (período dos 21 aos 28 anos) culmina na crise dos talentos aos 28 anos. Para o autor, é muito importante que o jovem experimente as diversas atuações possíveis no quarto setênio para que possa buscar e consolidar o seu lugar no mundo nas fases posteriores da vida. E também, é natural a indecisão do jovem em relação a um curso, pois ele vive sua crise de identidade, ainda precisa entender quem ele é.
Quando estudei a Geração Y, me deparei com um termo interessante: “os pais-helicóptero”. ‘Pais-helicóptero’ são os pais que estão sempre girando em torno dos filhos. Praticamente os embrulham em plástico-bolha para que eles não se machuquem, não entrem em conflitos e não sofram. Muitos desses pais, fazem de seus filhos, uma “poupança”. Ou seja, investem o máximo possível em termos de formação e esperam um retorno por isso.
O perigo nesse cenário é que as gerações Y e Z acabam não desenvolvendo resiliência, aceitação do fracasso, habilidade para lidar com frustrações. Com os pais atuando de forma tão significativa na vida dos filhos, muitas vezes surge uma apatia pelo lado do jovem. Para que me movimentar se os meus pais darão um jeito? Essa geração chega ao mercado de trabalho com diversas dificuldades para lidar com o dia a dia laboral.
Enfim, o contexto atual trouxe maior complexidade dentro da questão de orientação vocacional. As profissões se multiplicaram, os ciclos de carreira se tornaram mais curtos, o ciclo de vida aumentou, os pais assumiram novos papéis, os filhos adotam outra postura. Diante de tantas mudanças, o caminho a ser seguido é o da tomada de consciência e a responsabilidade. Ou seja, tantos os pais quantos os filhos precisam entender a influência dos papéis, as mudanças no mercado de trabalho. E os filhos aos poucos, precisam entender que a liberdade que conquistaram exige responsabilidade e empenho da parte deles na construção da sua visão futuro. E ainda, é preciso salientar que o que o jovem precisa não é apenas de uma carreira, mas sim um projeto de vida. Na definição de Damon, projeto de vida é uma intenção estável e generalizada de alcançar algo que é ao mesmo tempo significativo para o eu e gera consequências no mundo além do eu. Ou seja, o jovem precisa encontrar um objetivo de longo prazo no qual ele sinta que vale a pena se comprometer. O processo de Coaching pode apoiar o jovem a encontrar um caminho com significado e caminhar em direção a si mesmo. Afinal, como dizia Soren Kierkegaard: “a mais profunda forma de desespero é escolher ser outro que não si mesmo.”
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]]>Jair Moggi e Daniel Burkhard conseguiram combinar essa visão dentro do contexto organizacional e de carreiras. Sabemos que a nossa história de vida é pessoal, como se fosse um filme único no qual só nós podemos dirigir. Contudo, existem certas leis biográficas que afetam todas as pessoas. Rudolf Steiner notou que pessoas dentro de uma mesma faixa etária traziam inquietações similares.
Gosto muito da visão arquetípica que a antroposofia delineia no ciclo biográfico. Pensando no período dos 21 aos 49 anos, temos 3 setênios bem representativos em termos de carreira. O quarto setênio, a fase dos 21 a 28 anos, é marcado pela imagem do centauro. Ou seja, nessa época somos “metade animais e metade humanos”. Apesar da razão ainda predominar, somos muito levados por nossos impulsos. Muitas vezes, tomamos decisões precipitadas em relação à nossa carreira. Contudo, isso tudo faz parte do processo de aprendizado, pois nesse setênio devemos experimentar o mundo e suas possibilidades profissionais. Ainda não é hora de consolidar, mas sim de buscar um lugar no mundo. Quanto mais experimentarmos, mais referências para lidar com a “crise dos talentos” que costuma chegar com 28 anos.
O período dos 28 aos 35 anos é marcado pela imagem do cavaleiro. Ou seja, nessa fase vamos para o mundo com iniciativa e coragem, contudo ainda usamos a espada (força) e armadura (máscaras). Para conquistar nosso lugar no mundo, atuamos com muita força, mas não queremos mostrar nossas vulnerabilidades e essência. Estamos preocupados em conquistar lugar. E por vezes, somos tomados por certa arrogância ao pensarmos: “Eu posso tudo, eu sei o que é certo.”
Já dos 35 aos 42 anos, surge a imagem do “andarilho”. Alguns brincam que caímos do cavalo. Essa é uma fase de grande questionamento interno. Nos tornamos excessivamente autocríticos e passamos a observar nós mesmos de forma mais objetiva. É uma fase de consolidar nosso lugar no mundo. Geralmente, já achamos nosso lugar no mundo e as coisas externas começam a se consolidar (família, trabalho, etc..). Esse setênio é encerrado aos 42 anos, com a crise da autenticidade. Nessa fase, questionamos os papéis que desempenhamos, as expectativas dos outros, o casamento e outras esferas. Começamos a desmantelar a estrutura psíquica que construímos ao longo dos anos, em busca de algo novo, mais verdadeiro, mais autêntico que deverá criar condições para sermos mais felizes e vivermos mais de acordo com a nossa essência.
De forma resumida podemos dizer que:
Enfim, olhando o ciclo como um todo, podemos dizer que a vida é um processo no qual somos convidados a nos tornarmos nós mesmos. Cada setênio carrega seu aprendizado e suas crises. Ter uma visão do ciclo biográfico ajuda o coach a selecionar melhor as ferramentas de trabalho com base no setênio que o coachee está vivenciando. Por outro lado, mostrar para o cliente as leis biográficas, não o impede de passar por suas crises e angústias, contudo amplia a consciência e traz maior tranquilidade por entender que cada ciclo traz seus desafios e oportunidades.
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]]>O post As diferenças entre Coaching, Psicoterapia, Mentoring e Treinamento apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>O Coaching tem o foco na construção de um futuro desejado e caminha do presente para o futuro. De forma pontual, pode acessar o passado. A psicoterapia tem uma abordagem do passado para o presente, buscando a causa de problemas em eventos passados (infância, etc…). O Coaching tem um número acordado de sessões que costuma ser entre 8 a 12 encontros. A psicoterapia, no geral, não tem um número acordado de sessões. Dependendo da linha da psicologia, pode durar de 3 meses até mais de 10 anos. Em processos de Coaching o cliente vai em direção às suas metas, enquanto na terapia o paciente busca o alívio da dor e angústia. No Coaching o foco é a criação de um plano de ação para o futuro, na terapia a busca é pela saúde mental.
Algumas pessoas buscam no Coaching uma orientação que na verdade é um trabalho de mentoring. No mentoring, um profissional de experiência reconhecida se dispõe a orientar e ensinar novatos a aprenderem de forma mais ágil competências. Já o counseling, segue uma orientação próxima a de consultoria, na qual um agente externo já traz fórmula prontas e que deram certo em outros clientes. E por fim, o treinamento envolve técnicas de ensino e aprendizagem para desenvolver competências.
Nesse cenário, numa primeira sessão de Coaching, além de esclarecer as expectativas, metas e indicadores com o cliente, é fundamental diferenciar esses conceitos. Já que a falta de clareza pode gerar ruídos e insatisfações ao longo do processo. O coach nunca deve achar que o cliente sempre tem discernimento em relação ao que envolve um processo de Coaching.
Considerando essas premissas, no primeiro encontro, o coach deve explorar com o cliente o que ele entende por Coaching e posteriormente detalhar o que de fato é. Assim, por exemplo, um cliente que busca no Coaching ajuda para traçar os próximos passos da sua carreira, pode achar que o papel do coach é dar dicas, conselhos e um passo a passo para esse caminho (visão de counseling). Se isso não for esclarecido, haverá uma dissonância entre o esperado e o entregue.
Diante da banalização do Coaching, encontramos profissionais que deturpam a essência do coach e assumem uma postura de especialistas em dar conselhos. Nesses casos, vale lembrar a célebre citação de Herman Hesse: “Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo.” Essa é a essência do Coaching, na qual o coachee deve ser o protagonista da transformação e encontrar suas respostas dentro de si mesmo com a ajuda do coach, por meio de perguntas transformadoras. Dar conselhos, oferecer diagnósticos, mergulhar no passado, propor soluções e receitas são atitudes importantes, mas não são de Coaching.
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]]>O post Coaching e o desenvolvimento da Inteligência Emocional e Espiritual apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>Nesse cenário dois novos conceitos surgiram ao longo dos últimos anos: a inteligência emocional (QE) e a inteligência espiritual (QS). Grandes pesquisadores contribuíram nessas novas descobertas, o psicólogo Daniel Goleman que realizou pesquisas representativas em QE e a física e filósofa Dana Zohar que trouxe a abordagem do QS.
Os parâmetros do mercado de trabalho estão mudando e novas competências tornaram-se fundamentais, tais como: iniciativa, empatia, sentido, capacidade de adaptação e persuasão. Além da formação acadêmica e especialização, hoje o que importa é a forma como lidamos com nós mesmos e com os outros.
Se observarmos o mercado de trabalho, identificamos uma série de tendências que nos mostram o quanto o trabalho da inteligência emocional e espiritual tornaram-se indispensáveis. Uma primeira tendência é a atuação das empresas de forma enxuta. E a medida que as organizações encolhem, as pessoas que ficam recebem mais e maiores responsabilidades e tornam-se mais visíveis. Assim, não é mais possível ocultar um temperamento explosivo ou uma timidez excessiva.
Outra tendência, é o cenário de instabilidade e insegurança em relação ao emprego. Não existe mais garantia de emprego em lugar algum. Esse contexto contribui para a disseminação do medo, da apreensão e da confusão. Para sobreviver torna-se necessário o desenvolvimento de qualidades interiores como resistência, inciativa, otimismo e adaptabilidade.
E ainda, com as Geração Y e Z, podemos perceber um perigoso paradoxo do QI em alta e QE em baixa. À medida que as crianças são mais espertas, em termos de QI, sua inteligência emocional vem declinando. As crianças e jovens tornaram-se mais solitários, deprimidos, indisciplinados, nervosos, ansiosos, impulsivos e agressivos. E essa geração está chegando ao mercado de trabalho.
E no meio desse cenário sombrio, surge uma luz. Ao contrário do QI que se desenvolve na infância, e pouco se modifica depois da adolescência, o QE e QI podem ser aprendidos e modificados ao longo da vida, com as experiências que acumulamos. Assim, a experiência de vida e a condução de um processo de Coaching focado no desenvolvimento dessas novas competências pode apoiar o individuo.
Para ficar mais claro, vou delinear quais são essas competências. Ao desenhar o mapa da competência emocional, Daniel Goleman divide-o em dois grandes grupos de competência: as competências pessoais que determinam como lidamos conosco e as competências sociais que determinam como lidamos com nossos relacionamentos.
Dentro das competências pessoais existe a autopercepção, capacidade do indivíduo conhecer seus estados interiores e intuições por meio da percepção emocional, autoavaliação precisa e autoconfiança. Temos também a autorregulação, que é a capacidade do individuo lidar com seus próprios estados interiores por meio do autocontrole, responsabilização, adaptabilidade e inovação. E por fim a motivação, que envolve a vontade de realização, iniciativa, otimismo e dedicação.
Dentro das competências sociais temos a empatia e aptidões sociais. A empatia envolve nossa capacidade de compreender e desenvolver os outros e a percepção do grupo. Já nas aptidões sociais encontramos a capacidade de influência, comunicação, liderança, gerenciamento de conflitos, formação de vínculos, colaboração e cooperação.
Já no caso da Inteligência Espiritual (QS), Dana diz: “A inteligência espiritual coletiva é baixa na sociedade moderna. Vivemos em uma cultura espiritualmente estúpida, mas podemos agir para elevar nosso quociente espiritual”. Para a filósofa ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal. O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor.
O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. Hoje falta-nos um sentido profundo de objetivos e valores fundamentais. Essa crise de significado é a causa principal do estresse na vida moderna e também das doenças. A busca de sentido é a principal motivação do homem.
Em 2011, numa entrevista para a revista Exame, Dana Zohar disse que as pessoas poderiam desenvolver melhor o seu QS tomando consciência das dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes e trabalhando para desenvolvê-las. Procurando mais o porquê e as conexões entre as coisas, trazendo para a superfície as suposições que fazemos sobre o sentido delas, tornando-nos mais reflexivos, assumindo responsabilidades, sendo honestos com nós mesmos e mais corajosos. Tornando-nos conscientes de onde estamos, quais são nossas motivações mais profundas. Identificando e eliminando obstáculos. Examinando as numerosas possibilidades, comprometendo-nos com um caminho e permanecendo conscientes de que são muitos os caminhos.
Enfim, fica claro que não é um trabalho fácil e que apenas o processo de Coaching não pode dar conta de tudo isso. Mas o processo reflexivo incitado por meio de sessões e ferramentas de Coaching pode ser um primeiro passo. Mas antes de se aventurar nesse mundo, o coach deve se perguntar como está sua própria QE e QS. Afinal, não podemos dar aos outros aquilo que não temos.
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]]>O post TER X SER: quanto eu realmente preciso TER para SER? apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>Na atualidade, as pessoas começaram a perceber que apenas o desenvolvimento material e a prosperidade financeira não “dão conta” dos nossos anseios mais profundos. Afinal, como dizia Viktor Frankl: “As pessoas têm o suficiente com o que viver, mas não têm nada por que viver; têm os meios, mas não têm o sentido.” O desenvolvimento financeiro quando não acompanhado do desenvolvimento humano pode ser desastroso.
O dinheiro permeia todas as etapas das nossas vidas. Ele é uma força que influencia a maioria das decisões que tomamos. Existe uma forte ligação entre o dinheiro e nossos valores. Isso é tão verdade que quando queremos identificar os valores de uma pessoa investigamos onde ela coloca seu tempo e seu dinheiro. É possível entender muito de um individuo quando observamos a forma como ele ganha, gasta e doa seu dinheiro.
A antroposofia ao abordar o ciclo biográfico e as crises que surgem em cada setênio nos mostra que por volta dos 33 anos temos a crise do TER X SER. Geralmente, até os 33 anos nos preocupamos muito em conquistar “as coisas”: fazer uma boa faculdade, uma pós-graduação, comprar um carro, um apartamento e por aí vai. Todavia, por volta dos 33 anos uma luz vermelha começa a acender no painel de controle para sinalizar que talvez seja a hora de uma revisão. Esse é um primeiro sinal de que precisamos mudar o modo TER para o modo SER.
Tanis Heliwell em seu livro “Trabalhando com Alma” nos mostra que somos indivíduos compostos por uma personalidade dotada de alma. A personalidade é quem desenvolve o TER. Ela busca status, certificados, dinheiro e outras coisas. E não podemos tratar a personalidade como a vilã da história. Afinal, ela é a base que nos foi dada para sustentar a alma. Afinal, como posso seguir meu propósito de vida sem condições financeiras para dar conta dele? O grande perigo é que algumas pessoas nutrem a personalidade e esquecem da alma. E é a alma que nutre o nosso SER, afirma nossos valores e expressa quem somos para o mundo.
Enfim, nossa relação com dinheiro é tão complexa que não faltam livros sobre o assunto. Nilton Bonder em sua obra “Ter ou não ter: eis a questão!” nos mostra um dilema constante da posse: o que ter e o que não ter! O mal não é ter, mas a ausência do dilema de possuir ou não. Assim, tão importante quanto escolher o que temos, é também escolhemos o que não queremos ter. Por exemplo, sei que poderia ter maior sucesso financeiro se estivesse seguindo carreira na área de marketing de uma multinacional, contudo isso não nutre o meu SER. A vida que construí como educadora, coach, consultora e mãe dão propósito e liberdade que nutrem meu ser.
Outro pesquisador que tratou do tema de dinheiro foi George Kinder, consultor financeiro formado na Harvard e autor do livro: “Seven Stages of money Maturity”. Kinder classifica os seguintes estágios da nossa relação com o dinheiro:
O perigo é que vivemos numa sociedade que simplesmente associou certas recompensas emocionais à aquisição de bens materiais. E no fundo, não queremos os bens materiais, mas sim propósito e sentido que são atribuídos a eles. Um contra movimento vem surgindo, o manifesto da simplicidade voluntária, no qual as pessoas perceberam que quanto menos coisas elas possuem, mais liberdade elas têm.
Por fim, fecho com uma citação John Armstrong: “A tarefa da vida é transformar esforços e atividades que valem inerentemente a pena em posses e experiências que são em si de valor perene e verdadeiro. Esse é o ciclo ideal do dinheiro.”
E ai, já parou para pensar quanto você precisa TER para SER?
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]]>Assim, na última sessão do processo, sempre devemos questionar qual o nível de motivação e entusiasmo do cliente para seguir seu plano de ação. Posteriormente, devemos convidar o coachee a escrever sua carta de compromisso. A carta de compromisso nada mais é do que um documento no qual o cliente coloca quais são as ações e atitudes que ele irá adotar para manter seu processo de evolução vivo.
Não é preciso grande força de vontade para fazer coisas prazerosas como divertir-se ou ficar deitado sem fazer nada. Nós temos uma tendência natural para a adaptação hedônica (adaptação natural a acontecimentos considerados positivos e prazerosos). Por isso, a força de vontade pode ser considerada uma virtude porque permite-nos realizar aquilo que naturalmente não é fácil, mas que necessita de grande esforço, dedicação e trabalho da nossa parte.
O que fará a diferença em termos dos resultados finais de um processo de Coaching é a capacidade que o coachee tem de colocar em prática o que desenhou para seu caminho. E essa capacidade pode ser ampliada por meio do treino da vontade. O psiquiatra italiano Roberto Assagioli (fundador da Psicossíntese) nos trouxe grandes contribuições nesse tema.
Um dos pontos importantes da obra de Assagioli foi trazer a “vontade” para a psicologia. A Psicossíntese avalia o indivíduo como um agente dotado com o poder de escolher, relacionar e gerar mudanças em sua própria personalidade, em outras pessoas, nas circunstâncias. Uma das grandes contribuições de Assagioli foi conceituar os quatro aspectos da vontade.
Muitas vezes avaliamos as pessoas por sua força de vontade, esse é apenas o primeiro aspecto da vontade. Quando a força é dissociada dos demais, ela pode se tornar ineficaz e até mesmo prejudicial à própria pessoa e aos outros. Além da força, precisamos treinar o segundo aspecto da vontade, que é a habilidade para lidar com a nossa vontade. A habilidade consiste na capacidade de obter os resultados desejados com o menor dispêndio possível de energia. É importante lembrar que a vontade é capaz de realizar seus desígnios, contando que não conte somente com a sua força, mas igualmente com a sua habilidade. Isso porque a vontade é uma energia limitada que temos e se não usarmos com habilidade podemos não alcançar o que desejamos.
O terceiro aspecto da vontade é o que Assagioli denominou como “boa vontade”. Mesmo quando a vontade é dotada de força e habilidade nem sempre é satisfatória. Aprender a escolher o objetivo certo é um aspecto essencial do treinamento da vontade. É necessário, para o bem-estar geral e individual, que a vontade seja boa, ao mesmo tempo, que forte e hábil. É um grande esforço de vontade substituir competição por cooperação. Para o fundador da Psicossíntese, o perigo da vontade desenfreada é a carência de coração, podendo ser fria, severa e mesmo cruel. Por outro lado, o amor destituído de vontade pode tornar a pessoa débil, sentimental, excessivamente emocional, além de ineficaz.
E por último, temos o quarto aspecto da vontade que é a vontade transpessoal. Aqui é onde acontece o campo de relacionamento interno de cada indivíduo, entre a vontade do Self pessoal e a vontade do Self Transpessoal. O anseio pelo transcendente, muitas vezes se manifesta inicialmente como um “vazio existencial” ou crise de sentido.
É aqui que surge a vontade de sentido sinalizada por Viktor Frankl, quando ele dizia que:
O que o ser humano realmente precisa não é um estado livre de tensões, mas antes a busca e a luta por um objetivo que valha a pena, uma tarefa escolhida livremente. O que ele necessita não é a descarga de tensão a qualquer custo, mas antes o desafio de um sentido em potencial à espera de seu cumprimento. O ser humano precisa não de homeostase, mas daquilo que chamo de “noodinâmica”… Ouso dizer que nada no mundo contribui tão efetivamente para a sobrevivência, mesmo nas piores condições, como saber que a vida da gente tem um sentido. Há muita sabedoria nas palavras de Nietzsche: “Quem tem um por que viver pode suportar quase qualquer como”
Assim, quando um processo de Coaching considera esse aspecto da busca de sentido e da vontade transpessoal, a vontade do coachee torna-se muito mais efetiva e duradoura. Devemos sempre ter cuidado com a visão simplista de que a vontade deve ser avaliada apenas por sua força. É preciso questionar se ela é habilidosa, boa e conectada com um propósito.
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]]>Assim, gostaria de falar sobre três filmes que podem ajudar qualquer coachee a se conectar com seu propósito e vocação. São eles: O pequeno príncipe, Moana e A Bailarina. Todos nós sabemos que, muitas vezes, para acessarmos conteúdos mais profundos, precisamos de estímulos que vão além do mundo racional e de uma série de perguntas. A antroposofia aborda muito as três dimensões do ser humano: o pensar, o sentir e o querer. No geral, os adultos, ficam “presos” na dimensão do pensar. E assim, não conseguem se movimentar, pensam muito e agem pouco. Para ativar o nosso querer, a nossa vontade, precisamos encontrar o propósito e assim ativar o nosso sentir. Num processo de Coaching quando trabalhamos com arte, pintura e filmes, buscamos ativar essa dimensão do sentir que costuma estar “adormecida” nos adultos.
Então, vamos começar pelo Pequeno Príncipe. O filme do diretor Mark Osborne foi inspirado na obra clássica do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry. Para quem leu o livro, sabe que desde as primeiras páginas, somos convidados a descontruir o olhar quando ele mostra o desenho que muitos enxergam como um chapéu e na verdade é uma jiboia com um elefante dentro. O filme não busca reproduzir o livro, mas sim captar a sua essência. O enredo fala sobre uma menina que está lidando com sua mãe insistente que quer que ela cresça rápido demais. A mãe da menina quer que sua filha entre numa escola de renome, e para garantir que sua filha passe na prova de inscrição, lhe impõe um plano de estudo rigoroso para o verão que deixa muito pouco tempo para o lazer. A menina, no entanto, distrai-se com seu vizinho, um aviador aposentado que, ao longo do verão, compartilha com ela a história de um menino chamado “Pequeno Príncipe”.
O filme mostra bem esses dois mundos em que a menina vive: o das metas e planos exigidos por uma mãe executiva e o da imaginação e encantamento retratado pelo aviador aposentado. Além é claro, de mostrar que o “essencial é invisível aos olhos”. E ainda resgata a importância de nos conectarmos com nossos sonhos de infância e nos lembra que “o problema não é crescer, mas esquecer”. Quando trabalhamos no processo de Coaching com mapeamento biográfico, sabemos da força que existe quando um adulto se conecta com seus sonhos de infância e o ressignifica de acordo com o contexto atual. E assim, ao invés de esquecer, cria um plano de ação que resgata isso e não fica restrito na frieza e racionalidade de metas. O combustível para metas são nossos sonhos e desejos mais profundos.
Já Moana é um filme de animação produzido pela Walt Disney. O filme conta a história de Moana, a filha querida do chefe de uma tribo polinésia, escolhida pelo próprio oceano para reunir uma relíquia mística a uma deusa. Ela navega em busca de Maui, um semideus lendário e espera salvar seu povo. No filme, podemos perceber a força que existe quando nos sentimos conectados com uma missão. Desde pequena Moana se sente chamada a ir “além do horizontes” e sair da ilha. Contudo, tem que ter coragem para lidar com seu pai que não quer que ela saia devido a experiências negativas que ele teve ao fazer isso. Moana mostra que não sabe calar seu coração e que sente uma luz que a chama para ir mais longe. A sua grande busca é para saber quem é. Essa obra resgata a importância de nos conectarmos com a nossa missão e depois disso ter coragem para segui-la.
E por último, A Bailarina é uma animação francesa que retrata a história de superação de uma garota órfã que sonha em ser uma estrela do balé. Em 1869, a garota foge para Paris para realizar seu desejo de ser uma grande bailarina. Na capital francesa, ela adquire uma nova identidade e consegue uma vaga na Ópera de Paris. A partir daí, a vida da garota se transforma. O filme evidencia a importância da determinação, do esforço, de termos mentores na construção dos nossos sonhos. E também, que a vida não é um “mar de rosas”. Existem pessoas que surgem para te atrapalhar, as injustiças… É um filme lindo e que fortalece a importância dos sonhos. Para mim, algo muito significativo no filme é a grande pergunta feita pelo professor: “Por que você dança?” Uma das bailarinas responde “porque minha mãe me obriga” e Félice responde “porque sempre fez parte da minha vida, a dança me permite viver, me permite ser eu mesma”.
Enfim, recomendo esses filmes para que nós, como adultos, possamos nos inspirar em nosso processo de construção de sonhos. Afinal, o problema não é crescer, mas sim esquecer. E deixo a pergunta: Por que você faz o que faz?
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]]>No geral, as pessoas têm grande dificuldade em dizer quais são seus valores. Uma das formas de apoiarmos essa descoberta é questionarmos o cliente em relação a algum dilema que viveu ou alguma escolha que teve que fazer. Quando ficamos em dúvida entre duas opções, o que nos faz escolher uma e deixar a outra está muito vinculado aos nossos valores.
Russ Harris diz que os valores são princípios condutores que nos guiam e motivam ao longo da vida. Assim, viver uma vida na qual não honramos nossos valores é sempre motivo de grande insatisfação. Por outro lado, viver uma vida coerente com nossos valores nos traz propósito e sentido.
Todo processo de Coaching trabalha com metas e objetivos. O grande perigo é levar o cliente para definição de metas e objetivos, sem antes investigar quais são seus valores. Não adianta nada o cliente sair de uma sessão com uma lista de atividades e exercícios a serem realizados, se esses não forem ancorados em seus valores pessoais. Aliás, essa é uma armadilha do processo de Coaching, pois a sensação de movimento e realização pelo atingimento de metas pode mascarar uma falta de sentido.
A terapia de aceitação e compromisso (ACT) trabalha muito com a questão de valores e objetivos. Objetivo é um projeto que é determinado e pode ser realizado. Por exemplo, a pessoa pode ter o objetivo de fazer um MBA no exterior. Ela realiza o objetivo e pronto. Por outro lado, valor é tudo aquilo que é importante para nós. De forma muito resumida, valor é tudo aquilo que dedicamos tempo e dinheiro. Um valor é um norte, um direcionador. E diferente de um objetivo, ele nunca é realizado.
É importante não confundirmos valores com objetivos. Nada impede que possamos trocar os nossos objetivos, mas se soubermos o porquê, a finalidade, o valor que está por trás dos nossos objetivos, teremos uma razão para continuar. Assim, se por exemplo, um cliente coloca como meta atingir o cargo de diretor, precisamos entender qual é o valor que está por trás desse objetivo. Para uns pode ser segurança financeira, para outros status e reconhecimento e ainda para algumas famílias (possibilidade de dar um maior suporte para os familiares). Assim, se houver algum obstáculo no caminho, o “plano B” a ser traçado é totalmente diferente dependendo do valor que permeia a meta.
O importante não é ter um ou outro valor. O que traz sentido é que a pessoa possa ser coerente com seus valores. Assim, após o mapeamento de valores, torna-se necessário criar com o cliente algumas ações de compromisso. Ações de compromisso são ações baseadas em nossos valores que se realizam no aqui e agora e não no futuro.
E por que é tão importante descobrirmos nossos valores? Os principais motivos são: para sermos coerentes com eles, para traçarmos ações de compromisso, para dedicarmos tempo suficiente a eles e, por fim, para não viver a vida com base nos valores dos outros.
E aí? Já parou para pensar quais são seus valores?
Se você realiza muitas coisas, atinge muitas metas, mas vive com a sensação de que algo está faltando. Talvez, seja a hora de traçar objetivos baseados nos seus valores. Afinal como dizia Gandhi, felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e o que você faz estão em harmonia.
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