BPs de RH: Quem cuida de quem cuida?
Relevando a necessidade e a importância das Hard Skills do conhecimento técnico, que eram as fundamentais para diversas funções do século XX e extremamente valorizadas no Universo Industrial, ficou de fato claro que em 2022 as que mais se destacaram têm sido as competências Comportamentais.
Afinal, as mudanças geradas pela pandemia de Covid-19 escancararam e aclamaram a importância de contar com pessoas que desenvolveram a experiência aliada à competência para lidar com pessoas. Além disso, para gerenciar conflitos e se reinventar em cenários de crise extremamente complexos, realmente.
E o apoio aos Líderes na capacidade de resolver esses vários problemas complexos, com muita resiliência, tem sido a pauta de cada dia. Na saída e no resgate aos que se encontram em seus “atoleiros humanos”.
Mas, dessa forte evidência, não poderemos fugir e nem negar… De fato, os Líderes estão adoecendo em seus bastidores, dentro de seus lares, dentro de si mesmos e em seus “casulos” (quase ou pouco) protetivos.
Então, temos uma questão emergencial necessária de acolhimento, de apoio e de busca do entendimento. Uma questão que tem gerado reflexões impactantes e também angustiantes para os Business Partners de RH:
“Quem cuida de quem cuida”? E quando quem adoece, desacredita de si mesmo e começa a se achar um “impostor” em suas ações?
Aqui, começamos um novo capítulo de um manual que não foi escrito e, em um território inóspito que ninguém gostaria de estar. Muito menos aqueles Líderes que tinham como um ponto de suas fortalezas, o respeito de quase terem sido os “super-heróis” de uma geração passada. E que tinham em seus manuais de Liderança, o conhecimento de seus passos e ações.
Mas, agora não, apenas pistas, sem pegadas marcadas ou delineadas de qual o passo seguinte a trilhar. E ainda pior, um ambiente devastado com novas emoções e práticas que foram despertadas ou desencadeadas neste momento incerto e inóspito.
Assim, os Business Partners têm entendido que os verdadeiros representantes do mundo empresarial serão os que de fato prezam os valores. Não com rigidez, mas com a confiança de poder alcançar um novo momento. Quando cada ato, terá um destaque: pela coragem, pela resiliência, através da esperança. E, cada vez menos, por feitos brilhantes durante guerras e batalhas, como eram considerados os heróis.
Mas agora, abre-se um espaço de admiração e consideração por aqueles Líderes que genuinamente entenderam que antes de serem Líderes de pessoas, cada um, é líder de si mesmo. E que deixar-se ser ajudado e cuidado será essencial dentro das novas perspectivas nas Escolas de Lideranças do século XXI. Com destaque aos ambientes colaborativos, com novos patamares de cuidados e compaixão nos diferentes e amplos relacionamentos.
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Fátima Farias
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