Brasil: O País da Paz e do Amor… ou da Intolerância?
Por muito tempo o brasileiro era visto como um povo acolhedor, alegre, criativo, mas de uns tempos para cá a intolerância tomou conta e o Brasil tem vivido tempos sombrios nunca imaginados.
Tornaram-se comuns boicotes às empresas, ameaças às pessoas públicas, xingamentos nas redes sociais, brigas entre pessoas próximas, amigos, familiares, colegas de trabalho, algumas que culminaram em agressões e mortes por divergências de ideias, ideologias, política, esportes, religião etc.
Intolerância caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer, respeitar diferenças e aceitar pessoas com pontos de vista diferentes. Comportamento que, além de prejudicar relações, coloca em risco a evolução da sociedade, pois inibe a troca de experiências, reflexões e criação de novas perspectivas.
O Brasil é um país gigante, a 5ª maior área territorial do mundo e 220 milhões de pessoas com vivências, culturas, gostos, exigências, pontos de vista, biotipos, raças, etnias, gêneros, orientação-afetiva, identidade de gênero, condições físicas, sociais, localizações geográficas, comportamentos, personalidades diversas, ou seja, a Diversidade é nossa essência.
A mera compreensão deste contexto deveria fazer com que a sociedade lidasse melhor com as diferenças. Inclusive usufruindo os benefícios de tamanha riqueza, mas as pessoas ainda têm dificuldade de lidar com elas.
A indisposição de ouvir o outro ou avaliar uma ideia divergente, além de acirrar os ânimos, empobrece as relações. Forma-se um ciclo vicioso onde as pessoas se unem somente com aqueles com ideias semelhantes reforçando vieses enraizados e perdendo a habilidade de lidar com negativas.
As redes sociais com seus algoritmos reforçam os vieses ao conectar conteúdos e contextos semelhantes, fortalecendo a percepção de verdades absolutas e criando um ambiente confortável.
Nunca foi tão importante furar a bolha, derrubar os muros dos julgamentos, dos preconceitos, exercitar a capacidade de ouvir, da humildade de saber que muitas vezes acertamos em nossas conclusões. Contudo, somos passíveis de erros e conclusões precipitadas ou distorcidas.
É preciso haver uma tomada de consciência, precisamos ouvir, conversar, estar aberto a compreender as diferenças. Praticar a escuta ativa para contribuir com a construção de uma sociedade, ambiente inclusivo e saudável pata todos.
Conviver com o diferente te coloca mais próximo da verdade, de como é a sociedade. É uma experiência que pode enriquecer e até transformar sua vida, pois exercita a empatia e gera um olhar mais humano e gentil.
É este convite que lhe faço. Se proponha a ouvir, respire antes de responder impulsivamente, avalie os vários lados de uma história e seja gentil, afinal Gentileza, gera gentileza.
Gostou do artigo? Quer discutir mais sobre essa intolerância que tomou conta do Brasil? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar com você.
Luciano Amato
http://www.trainingpeople.com.br/
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