Cérebro e Mente: Existe diferença entre eles e quais são?
Prezados leitores, hoje o conteúdo é muito específico e bem alinhado às ciências que estudam o cérebro, a cognição, o comportamento, as emoções e, enfim, ao desafio de entender o ser humano na sua plenitude. Todos aqui sabem que eu não sou um profissional com especialização nesse meio, mas minha formação acadêmica me permite interpretar um assunto tão fundamental e traduzir as conclusões em linguagem mais popular e cotidiana.
Recentemente, eu tive acesso a uma plataforma que apresenta grande variedade de conteúdos sobre psicologia, neurociências, saúde, bem-estar, crescimento pessoal e profissional, entre outros. A plataforma é chamada “A mente é maravilhosa” (amenteemaravilhosa.com.br). Um dos artigos que muito me chamou a atenção foi o “7 diferenças entre o cérebro e a mente”, de autoria da psicóloga Valéria Sabatier (clique aqui para conhecer o currículo profissional).
Dada a extensão e complexidade do conteúdo, vou aqui trazer as duas principais referências que, em meu entender, ajudarão a compreender melhor essas diferenças. No entanto, fica minha sugestão (e até estímulo a quem gosta do tema) para que acessem a matéria completa clicando aqui. O texto começa com esta expressão que nos remete ao conteúdo bem desafiador:
Cérebro e mente estão ligados, mas o primeiro é biológico e o segundo é fenomenológico. Cada um possui funções e peculiaridades maravilhosas.
Vamos entender isso?
Conforme o texto nos explica, o cérebro e a mente têm diferenças, mas ambos partem desse incrível edifício formado por mais de 69 bilhões de neurônios. Enquanto os cientistas apontam que sabemos quase mais sobre o universo do que sobre esse órgão fascinante, estamos obtendo cada vez mais novas respostas para seus mistérios. Para qualquer profissional, em qualquer atividade, cabe bem hoje uma conclusão do estudo:
“Embora por muito tempo se tenha assumido que o cérebro governava todo comportamento e pensamento, a verdade é que o mental tem mais poder do que pensamos.”
Atualmente, quem assiste a competições esportivas, ouve muito os locutores tratarem da força mental de um determinado atleta (ou de um time), muitas vezes até revertendo resultados adversos. Ou, ao contrário, a falta de poder mental de um atleta (ou de um time) que diminui sua competência técnica e física durante a competição. Nessa linha de pensamento, por mais paradoxal que possa parecer, a mente exige a existência do cérebro.
O artigo a que me refiro nesta postagem cita, em determinado trecho, que na obra Da Alma, em 350 A. C., Aristóteles apresentou notável tratado que, embora abordasse a alma como tema central, delineou as bases da Biopsicologia. A mente, disse ele, é tudo o que é pensável. Cabe lembrar, a Biopsicologia é um ramo da Psicologia que analisa como o cérebro, os neurotransmissores e outros aspectos de nossa biologia influenciam nossos comportamentos, pensamentos e sentimentos.
Voltando ao trabalho da Valeria Sabatier, uma primeira diferença está nesta definição:
“A mente é um fenômeno do cérebro, uma entidade abstrata que integra a consciência e um número infinito de processos cognitivos. O cérebro, por sua vez, faz parte do sistema nervoso central (SNC) e constitui a área mais volumosa do cérebro. É um órgão complexo que se destaca como resultado de milhares de anos de evolução.”
Neste ponto nos é apresentada uma conclusão: Até hoje ninguém sabe o que é a mente e como o cérebro a cria.
A seguir, o texto faz uma analogia entre hardware e software. Segundo a autora, o cérebro é como a estrutura, os componentes (hardware) e a mente como o software que roda nele. Assim, é importante entender que, embora estejam intimamente ligados, o cérebro e a mente possuem diferenças em suas funções. Resumidamente, a cada um cabe a responsabilidade pela execução de funções de processos fundamentais.
Para o cérebro estão reservados, entre outros, processos associados com a Memória; Linguagem; Emoções; Respiração; Autocontrole; Personalidade; Ritmo cardíaco; Ciclos de sono; Atividade motora; Equilíbrio e coordenação; Processamento de informações sensoriais; Funções homeostáticas; Funções de diferentes órgãos do corpo; Funções endócrinas e hormonais e, ainda; As bases para os processos cognitivos e emocionais.
Para a mente estão reservados, entre outros, processos associados com
- A Regulação das emoções;
- O modelamento da identidade;
- O sentido ao que vemos e ao que nos acontece;
- A consecução dos processos cognitivos (pensamentos);
- Os três níveis de consciência (consciente, subconsciente e inconsciente);
- A estrutura da pessoa no conjunto de crenças, autoestima, emoções, julgamentos e memória.
O texto complementa afirmando que “a consciência faz parte da mente porque graças a ela damos sentido à pessoa que somos, ao que nos rodeia e a cada experiência”.
No artigo original há mais cinco diferenças para o cérebro e a mente, que deixo ao leitor interessado investigar. Uma das principais conclusões que ainda quero resgatar é a de que:
“O cérebro é um órgão biológico, resultado da nossa evolução, que segue os princípios da neurobiologia, fisiologia, anatomia e neurobiologia. Ele é governado por processos biológicos, enquanto a mente é governada por processos psicológicos. Enquanto a neurociência aborda a compreensão do cérebro e seus processos, a psicologia tem passado décadas tentando entender como a mente funciona”.
Acreditem nesta frase que encerra o artigo e pode fazer muita diferença na vida de todos nós:
“O cérebro e a mente são duas dimensões maravilhosamente interconectadas. O primeiro configura um edifício e nós seríamos a mente, aquela entidade que lhe dá vida, a decora e a habita. Assim, enquanto o cérebro estrutura todo processo fisiológico, a mente é a expressão intangível de todo pensamento, emoção, experiência processada, crença construída ou medo superado.”
Para os profissionais de coaching, mentoria, consultoria ou mesmo aconselhamento, fica aqui a provocação para que leiam o artigo completo e façam as devidas associações com os trabalhos que desenvolvem, bem como com os problemas típicos de seus clientes. Indo além, que consigam entender que suas melhores decisões futuras nascerão da adequada conjugação entre os impulsos do cérebro e as emoções da mente.
Gostou do artigo?
Quer saber mais sobre as diferenças entre cérebro e mente? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em orientar.
Eu sou Mario Divo e você me encontra pelas mídias sociais ou, então, acesse meu site www.mariodivo.com.br.
Até nossa próxima postagem!
Mario Divo
https://www.mariodivo.com.br
Confira também: TED: Uma série imperdível de palestras, vai ficar de fora?
Participe da Conversa