Recebi uma dica linda de uma amiga e consultora sobre o que poderia escrever.
Ela disse: Claudia, por que você não fala sobre deixar o cliente trazer mais livremente o que ele precisa antes de categorizarmos? Fui entender o que ela estava querendo dizer com “categorizar”.
Amei a provocação dela. Temos alguns instrumentos ou perguntas já prontas para colocarmos o coachee numa “categoria” a ser trabalhada. Rapidamente lançamos mão da famosa “Roda da Vida”, entre outros, para que ele se encaixe em alguma área.
O que ela me disse, é sobre o cuidado em ouvirmos atentamente o que alguém nos traz antes de tentarmos empacotá-lo numa categoria, profissional, pessoal, saúde, relacionamento, etc.
Acho lindo ouvir coisas assim também por quem passa por processos de Coaching e resolvi perguntar. É muito rico ver como estamos sendo percebidos, como os processos e ferramentas são entendidos.
Confesso que estava até evitando trazer reflexões sobre a atuação dessa atividade que tem se tornado cada vez mais popular e abrangente.
Estamos diante de uma oportunidade linda de sermos mais profundos nos aspectos humanos do atendimento.
É claro que isso sempre passa em olharmos muito para nossa forma de atuar. Existem técnicas e parâmetros que são só norteadores para um processo de Coaching, existem algumas ferramentas ótimas, mas não podemos ser escravizados por elas como se não houvessem outras formas de lidar com o outro.
A mais preciosa delas é, sem dúvida, o diálogo, e aqui, a escuta e presença na interação com o outro são mais poderosas do que qualquer instrumento que nos categorizem também.
Por outro lado, tenho conhecido cada vez mais profissionais que estão trazendo uma grande riqueza de repertório e conhecimentos para os seus processos de Coaching e então, utilizando de seus talentos para contribuir com a evolução de si mesmo e do outro.
Vamos abandonando as formas “categorizadas” para dar profundidade no entendimento do outro, de suas necessidades e assim conseguir caminhar com o cliente na construção de um processo de trabalho. Ou seja, com o coachee mais do que com as ferramentas.
Acredito que mesmo uma profissão que nasce de uma profunda demanda de humanização, precisa estar constantemente se humanizando.
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