Nos Programas de Diversidade das empresas em geral uma das estratégias que tem sido utilizada em âmbito nacional e internacional e que compõe as ações realizadas para promover o desenvolvimento de mulheres, pessoas com deficiência, negros, LGBT+, entre outros, é o Coaching e o Mentoring.
Por vezes há um certo receio das empresas em proporcionar estas ferramentas somente para estes públicos e diferenciar o tratamento aos funcionários. Porém, como dizem os especialistas do direito, “é preciso tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais”. Ou seja, em um contexto no qual apenas 13% das lideranças das 500 maiores empresas são mulheres, apenas 4,7% são negros e apenas 0,6% pessoas com deficiência é fundamental gerar impulso na direção de um cenário mais equânime.
Segundo a Sociedade Brasileira de Coaching, “Coaching é um processo que visa elevar a performance de um indivíduo (grupo ou empresa), aumentando os resultados positivos por meio de metodologias, ferramentas e técnicas cientificamente validadas, aplicadas por um profissional habilitado (o coach), em parceria com o cliente (o coachee).” E o “Mentoring exerce a função de traçar planos para o desenvolvimento pessoal, aplicando o que já acumulou em termos de experiência, junto com as técnicas que aplicará”. Ou seja, estamos falando de duas estratégias fundamentais para o desenvolvimento dos indivíduos, e a melhoria de desempenho das empresas que terão profissionais mais capacitados e alinhados à estratégia das organizações.
Não à toa, a Ernst Young, por exemplo, apoia a inserção da mulher no mercado de trabalho por meio de programas de incentivo ao empreendedorismo feminino, como o Winning Women, Coaching para mulheres empreendedoras. Ou a Procter and Gamble que proporciona Coaching para as mulheres que já são gerentes e diretoras.
Por isso, este tipo de iniciativa, quando focadas nos diversos, representam verdadeiros pontos de alavanca, que impulsionam a carreira desses profissionais, por vezes, os auxiliando na construção de novos paradigmas sobre eles próprios, bem como as possibilidades de futuro para as suas carreiras.
Além disso, essas são ferramentas que literalmente podem ajudar esses grupos no nivelamento de oportunidades e ascensão. Claro que, em uma empresa na qual o quadro de funcionários seja um reflexo da demografia da sociedade, no quadro funcional, assim como no quadro da alta liderança, estas possibilidades podem e devem ser oferecidas para todos. No entanto, em empresas onde existe uma demanda por avanço na valorização da diversidade, realizar estes programas de forma customizada para os grupos diversos certamente contribuirá para avanços exponenciais.
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