Hoje eu dividirei o espaço em dois tempos, com a abordagem de assuntos que se não chegam a ser preocupantes, merecem a nossa atenção. O primeiro deles nasceu de uma conversa ocorrida pouco antes do início de uma reunião profissional, no final da semana passada. Os três que me acompanhavam, de uma forma ou outra, já tiveram experiências como Coachees.
Um deles dirigiu-se a mim e falou o seguinte: “Você que escreve para muita gente ligada ao Coaching, e a atividades de desenvolvimento de pessoas, precisa escrever algo criticando a proliferação e banalização que tem havido nessa área”. No que foi apoiado por outro: “Hoje em dia tem gente se oferecendo como Coach até para as pessoas tratarem melhor o seu pet de estimação”. O terceiro deu risada, não fez nenhum comentário específico, mas concordou com essa explícita crítica à banalização que tem sido dada ao Coaching.
Na visão dos três, o Coaching tem sido apresentado e divulgado como uma panaceia para todos os males, desde as questões que envolvem a vida pessoal, como aquelas do ambiente profissional. Isso é ruim pois, com o passar do tempo, muitas das expectativas dos clientes serão frustradas e o processo começará a cair em descrédito. Como resolver o assunto?
Confesso que eu não tenho uma resposta pronta e nem única, daí ter preferido compartilhar com os leitores esse tipo de alerta daqueles três que têm boas recordações do processo e dos resultados que alcançaram. Acredito que caiba sempre ao Coachee analisar a proposta do Coach, sem perder de vista a racionalidade, critério de escolha e objetividade que existe em qualquer processo de compra de produto ou serviço. Começando por não acreditar nas promessas de que “seu amor será atraído em, no máximo, três dias”. Intervalo!
Começou o segundo tempo. Escolher bem depende de vários fatores, sendo um deles a autoconfiança. Com o objetivo de ajudar as pessoas que, de alguma forma, estão precisando desse tipo de apoio, vou me inspirar em artigo publicado na Revista Forbes, ao final de 2015, por Travis Bradberry. Que cada leitor, após reflexão apurada sobre cada uma das oito dicas sugeridas, conquiste ganhos importantes para a sua vida. Como dizia o pensador romano Cícero, ninguém consegue dar melhor explicação sobre sua vida do que você mesmo!
- Sempre tenha olhar honesto sobre si mesmo pois, diante do espelho, você não se engana;
- Aprenda a dizer não quando isso for importante para você, sem sofrer ou se estressar;
- Tente entender como funciona a sua relação com o superior, para o bem e para o mal;
- Nunca deixe de vibrar com suas vitórias, mesmo as pequenas, e veja qual a lição aprendida;
- Não perca a perspectiva de ter sempre um Coach ou um mentor para lhe dar apoio;
- Tenha uma vida ativa, que inclua exercícios, pois isso lhe trará confiança e sociabilidade;
- A imagem pessoal é um fundamento, a começar pelo tipo e adequação da roupa escolhida;
- Aprenda a ser assertivo (ser claro e objetivo) sem usar de agressividade ou de arrogância.
Autoconfiança não significa ficar esperando para ver o que vai acontecer no futuro, mas em construir a sua própria realidade, garantir que será feito o que precisa ser feito. Vamos tentar?
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