
Como administrar nossos vieses cognitivos em Coaching?
Neste artigo, convido as leitoras e leitores a explorarem comigo este tópico, e assim, juntos pensarmos como nossos vieses cognitivos impactam e afetam nossa atuação como coaches.
Antes da exploração, é importante, alinharmos uma definição, mesmo que básica, sobre os vieses cognitivos, como pré-julgamentos que influenciam o processamento de informações pelo cérebro, frequentemente estudadas em psicologia comportamental. Vieses cognitivos funcionam como atalhos mentais que tornam o pensamento mais fácil e veloz que podem ser perigosos ao nos levarem a tomar decisões irracionais.
A partir do nosso entendimento, que os vieses fazem parte da condição humana, baseada em experiências de vida, podemos mudar nossa mentalidade gerenciando-os adequadamente para os diferentes papéis que assumimos em nossas vidas, e em nossa prática de coaching não é diferente.
Entre os vários vieses cognitivos, conhecidos como:
- Viés de confirmação;
- Vieses voltados para ação, interesse, reconhecimento, estabilidade e para o social.
Quero neste momento concentrar minhas observações no chamado efeito Dunning Kruger que pode nos levar ao erro de superestimarmos nosso conhecimento sobre muitos assuntos, e assim agirmos com excesso de otimismo, confiança e o pior, com negligência competitiva.
Nem sempre estamos cientes de nossos vieses e eles caem em um continuum de consciência
ou falta dela. Se estivermos cientes ou conscientes de nossos vieses, por exemplo, conhecendo nossas atitudes, crenças ou preferências frente a uma dada situação, também podemos ter alguma consciência de como estes afetam nossas percepções e decisões.
Se, no entanto, não temos conhecimento de nossos vieses teremos pouca ou nenhuma ideia de como eles estão afetando nossos pensamentos ou objetividade.
Para isso, listo aqui algumas dicas que podem nos ajudar a administrar nossos vieses cognitivos em Coaching:
- De forma regular, realista e verdadeira recordar e falar sobre nossas habilidades de coaching nas várias fases de nossa jornada;
- Como éramos ou atuávamos quando ainda coaches principiantes?
- Com uma certa prática, como passamos a atuar?
- Quais foram nossos pontos fortes em cada um desses níveis de experiência?
- Quais os nossos padrões e hábitos adquiridos ao longo da jornada?
- Abandonar a necessidade e o desejo de ser a(o) coach perfeita(o), e nos conectarmos com o melhor coach que podemos ser;
- Regularmente passarmos por sessões de supervisão;
- Participar de grupos de peer coaching;
- Refletir profunda e verdadeiramente, sobre nossos preconceitos, valores, dogmas e como eles podem interferir no nosso “ser coach” e no nosso “fazer coaching”;
- Sairmos do lugar do “saber tudo” e visitar o lugar do “não saber”;
- Colocarmo-nos como coachees, pelo menos uma vez ao ano, com coaches mais experientes;
- Organizarmos os fatos e dados;
- Questionarmos tudo, mas sem nos tornarmos céticos.
Já pensou nisso? Como você administra seus vieses, preconceitos, dogmas e valores?
Deixe aqui seu comentário, e eu terei imenso prazer em interagir com você, e responder a eventuais perguntas.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre vieses cognitivos em Coaching? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer para uma boa conversa.
João Luiz Pasqual
Coach MCC/ICF, Coach Mentor Certificado e
Accredited Coaching Supervisor
https://www.intervisionclub.com.br/
Confira também: Team Coaching: O que é e como se diferencia de outras práticas de intervenção de equipes (parte I)
Participe da Conversa