A metáfora é uma ferramenta linguística muito utilizada no dia a dia, sendo importantíssima na comunicação humana. Seria praticamente impossível falar e pensar sem recorrer à metáfora. Algumas pesquisas demonstram que durante uma conversa o ser humano usa em média 4 metáforas por minuto.
As metáforas são usadas de forma recorrente quando as pessoas não querem ou não conseguem expressar o que realmente sentem. Então falam frases por metáforas onde seu significado fica subentendido.
No livro Metáfora da Vida Cotidiana (em inglês: Metaphors We Live By) os autores George Lakoff e Mark Johnson afirmam: “A essência da metáfora é a compreensão e a experiência de uma coisa em termos de outra”.
Esta obra causou um grande impacto no mundo acadêmico e Lakoff e Johnson abordam a metáfora e o seu impacto no ser humano, e com este livro desafiam a forma de pensar que vê a metáfora como um simples enfeite do pensamento, e defendem que o próprio pensamento e desenvolvimento cognitivo do ser humano está estruturado graças à metáfora, pois elas estão ligadas à forma como vemos e apreendemos o mundo externo.
Nos processos de Coaching, a metáfora, de uma certa forma se disfarça de uma mensagem objetiva para que, tanto o lado consciente, quanto o inconsciente possam concorrer na busca de um objetivo.
A metáfora é um recurso poderoso, muito próprio do Coaching, as metáforas são ferramentas básicas e para o seu bom e adequado uso, é necessário conhecer e compreender como podem atingir as emoções de nossos(as) Coachees a ponto de produzir um efeito observável durante a interlocução Coach/Coachee.
É relativamente fácil, observarmos como nos referimos e contamos a nossa história (nossa biografia), de forma metaforizada, pois é originada a partir de uma perspectiva pessoal. Por isso, o(a) nosso(a) Coachee, precisa, no processo de Coaching, de liberdade para criar suas próprias metáforas.
Não raro, nossos(as) Coachees respondem às nossas perguntas com as expressões “não sei” ou “não consigo” que podem ser indícios de ansiedade, medo, culpa e talvez de angústia, as chamadas crenças limitantes. Nestas situações o(a) Coach pode se valer das metáforas para propiciar clareza; as metáforas vão funcionar como uma bússola que dá ao(a) Coachee a oportunidade de redirecionamento, de reconexão com as soluções que apenas ele(a) mesmo(a) está apto(a) para construir.
Uma das competências do (a) Coach, é confiar na capacidade e na forma de aprender de seu(sua) Coachee e em seu processo de trabalho através de metáforas manter como coluna dorsal a convicção de que os indivíduos possuem todos os recursos que precisam, mas que em certas situações estes recursos tenham sido ofuscados.
E você meu caro leitor, como tem trabalhado com as metáforas?
João Luiz Pasqual
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