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Como contribuir com as estratégias e táticas do cliente?

Imagine que seu cliente queira rever a estratégia do negócio para os próximos anos cuja equipe desenvolverá o planejamento. Sabe o que pode acontecer e complicar a vida do Coach em sua relação com o cliente?

Muita gente que se assume como Coach Executivo teve pouca (ou, às vezes, nenhuma) experiência real no mundo dos negócios. Não quero entrar aqui no mérito ou na competência (maior ou menor) de quem se enquadra nesse contexto, mas meu interesse é o de explorar algo que pode arrebentar com a reputação desse Coach: o não entendimento claro quando o cliente quiser tratar de planejamento estratégico ou planejamento tático para a empresa.

Se alguém for buscar em compêndios ou dicionários, de forma simplista encontrará como diferenças clássicas a questão temporal (o estratégico é de longo prazo; o tático é de médio prazo), a linha decisória (a estratégia é gerenciada pelos mais altos níveis, enquanto as táticas ficam com uma hierarquia média) e, ainda, o alcance dos planos, pois a estratégia envolve toda a empresa e a tática fica afinada a unidades e/ou departamentos. Claro que outras abordagens são sempre possíveis, mas essas já nos servem para mostrar que em um atendimento para o cliente executivo, que está com desafios estratégicos ou táticos, a capacidade de o Coach saber se localizar dentro do processo técnico-conceitual é da mais alta importância.

Imagine que seu cliente queira rever a estratégia do negócio para os próximos anos. Para isso, a equipe profissional estará desenvolvendo um processo de planejamento. Sabe o que pode acontecer e complicar a vida do Coach em sua relação com o cliente?

Alguns membros da equipe (mesmo até no alto nível hierárquico) podem manter foco no “como vamos fazer”, tentando definir caminhos de implantação antes mesmo de terem um plano integrado para a empresa. Outros ficam a questionar a própria construção do plano de longo prazo, porque não há caminho claro de como fazer as metas tornarem-se realidade. Os grandes estrategistas de empresas, de seu lado, olham para resultados bem ambiciosos (por vezes até assustadores), criando mobilização em torno de tecnologia e inovação às equipes.

O sucesso geralmente chega, com sustentabilidade, para aqueles que definiram um objetivo alcançável, porém nada fácil. Cria-se um ambiente de perseguição dos resultados com trabalho e fé, aqui sem conotação religiosa, mas com o sentido de acreditar, é a fé na capacidade de enfrentar e superar qualquer adversidade ao longo do caminho. Fé de saber que a equipe tem o potencial de criar coisas maiores do que eles próprios até podem imaginar.

Aí então, vem outra questão, que é a do planejamento tático, uma faceta crítica da realização das metas estratégicas. Se as preocupações táticas entrarem no processo de planejamento estratégico cedo demais, isso pode gerar problemas. Muitas equipes ficam presas ao nível tático e perdem de vista o longo prazo, esquecendo que, para conseguir grandes resultados, uma das principais lições está em a empresa (e suas lideranças) saírem da zona de conforto.

Voltando ao ponto inicial deste artigo, como deve agir o Coach se perceber que o líder ou o gerente (o seu cliente, enfim) está deixando os aspectos táticos da organização impedirem que se busque níveis inexplorados? Se o planejamento não perseguir esses objetivos maiores, as empresas acabam jogando no nível do status quo. A lição é começar com a visão da empresa e depois entender a missão, definir as metas desafiadoras, obter o alinhamento com a equipe para, em seguida, concentrar-se em aspectos táticos.

Mudar os caminhos de alguém ou de uma empresa requer estratégia e tática, com foco e ação!

Mario Divo Author
Mario Divo possui mais de meio século de atividade profissional ininterrupta. Tem grande experiência em ambientes acadêmicos, empresariais e até mesmo na área pública, seja no Brasil ou no exterior, estando agora dedicado à gestão avançada de negócios e de pessoas. Tem Doutorado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com foco em Gestão de Marcas Globais e tem Mestrado, também pela FGV, com foco nas Dimensões do Sucesso em Coaching (contexto brasileiro). Formação como Master Coach, Mentor e Adviser pelo Instituto Holos. Formação em Coach Executivo e de Negócios pela SBCoaching. Consultor credenciado no diagnóstico meet® (Modular Entreprise Evaluation Tool). Credenciado pela Spectrum Assessments para avaliações de perfil em inteligência emocional e axiologia de competências. Sócio-Diretor e CEO da MDM Assessoria em Negócios, desde 2001. Mentor e colaborador da plataforma Cloud Coaching, desde seu início. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Marketing & Negócios, ex-Diretor da Associação Brasileira de Anunciantes e ex-Conselheiro da Câmara Brasileira do Livro. Primeiro brasileiro a ingressar no Global Hall of Fame da Aiesec International, entidade presente em 2400 instituições de ensino superior, voltada ao desenvolvimento de jovens lideranças em todo o mundo.
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