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Como está sua credibilidade ao se comunicar com as pessoas?

Quando você se comunica, o outro lhe dá crédito? Uma pessoa é digna de crédito quando demonstra coerência entre sua fala e sua ação. Mas isso não basta!

Como está sua credibilidade ao se comunicar com as pessoas?

Como está sua credibilidade ao se comunicar com as pessoas?

Quando você se comunica, o outro lhe dá crédito?

Uma pessoa é digna de crédito quando demonstra coerência entre sua fala e sua ação.

Mas não basta!

Uma pessoa tem credibilidade quando consegue estabelecer relações interpessoais nas quais o outro se sente confortável em concordar e discordar de suas ideias, e se sinta livre para tomar suas próprias decisões, ou seja, a autonomia individual é respeitada e não julgada.

Estamos falando do diálogo genuíno. Martin Buber, (Elementos do inter-humano, texto de Martin Buber in, MORTENSEN, C. David. Teoria da Comunicação – textos básicos, p. 409), autoridade no assunto diz:

“O principal requisito para o diálogo genuíno é que cada um deve considerar seu parceiro tal como ele realmente é. Tome consciência dele, de suas diferenças em relação a mim, no modo definido e único que é peculiar a ele. E eu o aceito como vejo, para que possa me dirigir seriamente à sua pessoa. Talvez eu deva me opor a ele quanto ao assunto de nossa conversa. Mas eu aceito essa pessoa, em seu ser definido de onde se desenvolveu a convicção que carrega. Mesmo que eu deva mostrar, minuciosamente, o equívoco de sua posição, eu afirmo à pessoa que enfrento: luto com ele como parceiro, confirmo-o como criatura e criação. Eu confirmo a quem me opõe como ele a mim.

É verdade que agora depende do outro que o diálogo genuíno e o discurso mútuo se instalem entre nós. Mas se eu lhe der sua posição legítima como homem com o qual estou pronto a dialogar, então poderei confiar nele e supor que ele também estará apto para me considerar seu interlocutor.” 

No diálogo, a verdade se aplica a pessoas que se comunicam tal como elas são. Assim, uma pessoa tem credibilidade quando o seu interlocutor lhe atribui o conceito de ser e parecer verdadeiro.

O QUE VOCÊ É?  VERDADE, MENTIRA, SEGREDO OU FALSIDADE

O quadrado aristotélico pode nos mostrar as posturas e consequências da interação humana, por meio da combinação das variáveis SER e PARECER e NÃO SER e NÃO PARECER.

Vamos considerar que SER se refere aos conhecimentos, às habilidades e atitudes pertinentes ao contexto da interação entre duas pessoas.

Por exemplo, se você está em uma entrevista de emprego, é pertinente vestir-se com roupa formal e falar sobre suas competências. Mas se você está na praia agindo da mesma forma, seu comportamento será visto como não pertinente.

Vamos considerar que PARECER se refere à interpretação do SER na percepção do outro. Quanto mais o SER e PARECER estiverem sintonizados e pertinentes ao objetivo do ato comunicacional, tanto maior será a credibilidade do emissor da mensagem.

O quadrado aristotélico sugere quatro combinações possíveis das variáveis, com resultados positivos ou negativos nas relações interpessoais:

QUADRANTE 1: SER E NÃO PARECER – VOCÊ É UM SEGREDO

Muitos profissionais vivem anos a fio trabalhando em empresas, ocultos em suas atividades, sem transformar seu real potencial em competências, seu conhecimento tácito em conhecimento explícito. Não se destacam e não fazem diferença no meio ambiente, limitando o seu crescimento pessoal, profissional e, inclusive, financeiro.

Guardam seu conhecimento como um SEGREDO, talvez por falta de confiança em si ou, quem sabe, por não conhecerem o próprio potencial.

Mas pode ocorrer o contrário, o profissional NÃO SER realmente competente e vender-se melhor do que é. Vejamos o que acontece.

QUADRANTE 2: PARECER E NÃO SER – VOCÊ É UMA MENTIRA 

O resultado é a MENTIRA. Relações interpessoais estabelecidas de acordo com essa combinação não conseguem sobreviver por muito tempo. São relações breves que vão se deteriorando pela frustração e expectativas não atendidas. Profissionais conseguem emprego, porém “vendendo” um currículo melhor do que realmente são. Seu interlocutor vai se decepcionando, pois não consegue ver os resultados de seu trabalho.

O processo de comunicação torna-se difícil e conflitante. O término da relação é inevitável, chegando-se à seguinte conclusão – “Ele parecia competente e, no entanto, mostrou-se diferente do que aparentou inicialmente. Foi uma grande mentira”. 

QUADRANTE 3: NÃO PARECER E NÃO SER – VOCÊ É UMA FALSIDADE

Existem aquelas pessoas que NÃO PARECEM e NÃO SÃO competentes.

Enquanto a mentira engana por algum tempo, a FALSIDADE, resultado dessa combinação, é denunciada imediatamente. Na relação NÃO PARECER e NÃO SER, o bloqueio da comunicação aparece logo nos primeiros contatos, impedindo a continuidade de um relacionamento duradouro. Se analisarmos o mercado de trabalho atual, podemos constatar uma incidência de desempregados que se enquadram nesta combinação.

Os novos tempos de um mercado globalizado exigem novas competências dos profissionais e aqueles que não percebem a necessidade de mudar e não reagem na mesma velocidade das mudanças, se perdem pelo caminho, despreparados e incompetentes para as novas demandas organizacionais. Perdendo sua credibilidade, não convencem e nem persuadem os empregadores, e o destino certo é a exclusão.

Por último, existem as pessoas que se enquadram na melhor combinação.

QUADRANTE 4: SER E PARECER: VOCÊ É UMA VERDADE

É a combinação que resulta na VERDADE. É a mais convincente, pois não só o emissor da mensagem acredita e sabe das suas próprias competências como também é percebido como tal, aos olhos do outro. Sua credibilidade é baseada no SER.

E você, onde se encaixa? Como está sua credibilidade? Como está sua comunicação? Sua voz está sendo ouvida?

Se você quiser aprofundar esse tema, leia o livro Seja Assertivo, editora Altabooks, da minha autoria ou então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar..

Um grande abraço.

Vera Martins
https://vera-martins.com/

Confira também: Os Quatro Compromissos para Conseguir sua Liberdade Pessoal

 

Vera Martins Author
Vera Martins é autora dos livros: “Seja Assertivo!” e “O Emocional Inteligente”. Trabalhou por 21 anos como Executiva em Recursos Humanos e há 18 anos atua em consultoria de desenvolvimento humano. É educadora com especialização em desenvolvimento de pessoas. Possui mestrado em Comunicação e especialização em Medicina Comportamental.Atua como coach, palestrante, facilitadora de seminários e professora de universidades, tais como: Fundação Vanzolini e Escola de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo em cursos de pós-graduação.Através de intensos estudos e publicação dos seus livros tornou-se precursora da competência Assertividade e especialista em comunicação e inteligência emocional. Por isso, vem atuando fortemente nos diversos níveis profissionais nas empresas, em competências que envolvam a comunicação relacional, tais como: Estratégias de Negociação, Gestão de Conflitos, Comunicação e Influência, Liderança Assertiva, Inteligência Emocional, Coaching, Gestão de Pessoas, Formação de times e competências correlatas. É fundadora da Assertiva Educação e Cultura.
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