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O Desafio de Levar a CNV para o Ambiente de Trabalho

Como levar a CNV para o Ambiente de Trabalho, as Empresas e o Mundo Corporativo? E por que isso é de extrema importância para resultados sustentáveis?

Como levar a CNV para o Ambiente de Trabalho, as Empresas e o Mundo Corporativo? 

Como levar a CNV para o Ambiente de Trabalho, as Empresas e o Mundo Corporativo? 

Vivi no mundo corporativo por mais de 30 anos e uma das coisas mais desafiadoras é o relacionamento interpessoal, pois estamos lidando com pessoas das mais diversas educações, nacionalidades, regionalidades, classes sociais, culturas, crenças e experiências. A nossa tendência é buscar os iguais, porque acreditamos que seja dessa forma a melhor maneira de não termos muitos conflitos, desgastarmos menos, criar vínculos sejam eles positivos ou negativos. O que não sabemos é que muitas vezes o outro que aparentemente é diferente de mim, pode necessitar das mesmas coisas que eu. E o que nos difere é a maneira como nos expressamos, que em vez de criarmos conexão, criamos então desconexão.

Apesar do Ser Humano ser na sua essência compassivo, quando adentra no mundo corporativo em virtude das experiências da infância e da adolescência sejam com os pais, professores ou pessoas próximas, tendem a ter uma linguagem que aliena a vida. E, ainda por cima, as experiências muitas vezes não são as melhores.  

Na CNV, Marshall criou uma simbologia, chamada a linguagem do chacal. Para mim o chacal é a sombra, o lado negativo que existe em todos nós e, de fato, estamos constantemente ligados a ela. A comunicação alienada à vida só fica entre imagens e pensamentos, e acredita que os sentimentos só atrapalham. Mesmo hoje no século XXI ainda existem líderes que acreditam nessa máxima.

Lembro bem que costumava ouvir de várias pessoas, principalmente em avaliação de desempenho, que quando pisasse dentro da empresa minha vida pessoal e meus problemas ficassem do lado de fora. Sempre achei isso um absurdo porque não dava para eu me separar de mim. E como poderia estar trabalhando em paz, se em casa minha filha estava com virose e quase 39° de febre. Era um conflito entre continuar trabalhando ou ir para casa cuidar dela. Tudo porque emoção, sentimento e necessidades não podiam fazer parte desse mundo e que isso era falta de maturidade.

Outro aspecto importante é a coerção que, se adotadas, podem levar o outro a sentir ressentimento, se desconectar ou entrar em conflito. O resultado, além do financeiro, é o baixo engajamento, comprometimento e produtividade. Algumas das características da coerção é quando a pessoa sente medo, culpa, vergonha, obrigação, recompensa, punição. Além da pessoa utilizar verbos que negam a responsabilidade: Devo, tenho que, deveria.

Será importante percebermos que tudo o que falamos ou fazemos para nós mesmos e para o outro causam impacto. Vindo desde a tenra idade e muitas vezes a pessoa vai levar com ela essas palavras e/ou atitudes e comportamentos por muitos e muitos anos. Acreditando que é uma verdade e acaba por incorporar na sua vida. Dessa maneira, bloqueando o seu crescimento e evolução, assim como as suas relações intra e interpessoais.

Se ele perceber que essa maneira o leva ao sofrimento, que as pessoas se afastam por mais que ele diga que não precisa de ninguém, e isso não é verdade porque todo ser humano é gregário, isso pode levá-lo a um custo tão alto que ressignificar poderá ser muito doido, mas será o melhor caminho para ter uma vida com mais sintonia e conexão consigo mesmo e com o outro.

Por fim, adiante alguns caminhos possíveis para iniciar essa jornada:

  • ter a clareza de quais são os seus sentimentos, necessidades e valores diante de uma fala ou situação, sem entrar no modo acusação;
  • buscar a autoempatia e depois poderá abrir espaço para empatia;
  • exercer a paciência e tolerância antes de sair julgando. Procurar entender o porquê do outro ter falado ou feito algo que te doeu, antes de entrar no modo “o ataque é a melhor defesa”;
  • se estiver muito nervoso diga ao outro que é importante ter um tempo, a fim de evitar falar ou ter atitudes que não gostaria;
  • existem diversas outras maneiras de exercitar a linguagem da girafa (linguagem do coração), outro símbolo criado por Marshall Rosenberg. A linguagem da girafa, além das imagens e pensamentos, ela inclui sentimentos e necessidades.

Exercitar a CNV está além de ferramentas, livros ou vídeos. É a prática diária e a todo momento, para nos conectar com o que temos de mais genuíno dentro de nós, a nossa humanidade. Vão existir momentos que não vão dar certo e está tudo bem, mas o importante será continuar até que o nosso cérebro se acostume e o nosso coração possa estar em paz.

Viver a CNV no ambiente de trabalho, nas empresas e no mundo corporativo poderá, de fato, contribuir em muito para melhores resultados sustentáveis. 

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre a CNV no ambiente de trabalho, nas empresas e no mundo corporativo? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.

Abraço,

Wania Moraes
http://www.waniamoraes.com.br/

Confira também: Negar se cuidar é negar o cuidado com o outro e deixar de sentir compaixão

 

Wania Moraes Troyano possui MBA em Gestão de Negócios e Coaching, Pós-Graduada em Dinâmicas dos Grupos Administradora de Empresas e Pedagoga, com mais de 30 anos com sólida carreira corporativa em empresas multinacionais e em cargos de gestão e assessoria executiva. Foco em Desenvolvimento Humano, especialista em CNV-Comunicação Não Violenta, Coach em Resiliência, Profissional, Vida e Executivo, Neurocoaching, mentora e supervisora para líderes e coaches, com mais de 1000 horas em processos de Coaching. Facilitadora de Grupos. Especialista nos assessments de Estilos de Liderança e Resiliência. Palestrante e Facilitadora de Grupos. Facilitadora em Barras de Access – Expansão da Consciência. Co-autora do livro Coaching Aceleração de Resultados, Capítulo Quantos Antes Melhor! Programa Mulheres Poderosas, na alltv.com.br, todas as terças-feiras, 15h00 às 16h00. Voluntária em programas de Jovens Aprendizes.
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