Pandemia – a possibilidade de líderes desenvolverem resiliência em seus filhos
Por George Barbosa, João Marcos Varella e Monica Barbosa (*)
Muito se investe na capacitação de líderes dentro das organizações. A finalidade é elevar de modo significativo a sua produtividade profissional. No entanto, nos encontros da SOBRARE – Sociedade Brasileira de Resiliência, temos debatido sobre como líderes podem vir a ser promotores de resiliência nos próprios filhos.
É de conhecimento amplo que a promoção de processos resilientes em uma pessoa pode prepará-la para superar problemas imprevistos e melhor enfrentar suas crises. Também é bastante difundido que o indivíduo influencia seus pares e demais colaboradores.
Quando focamos nos líderes e seus filhos, como isso pode se dar?
O debate se pautou a partir dos conceitos da “Abordagem Resiliente” – teoria na qual a resiliência surge a partir dos modelos de crenças de uma pessoa. O que nos propicia pensar que as crenças dos pais compartilhadas com todo o grupo. Também que moldam as normas familiares e governam a vida familiar. Que, explícitas ou implícitas, tais crenças proporcionam expectativas sobre papéis, ações e consequências que guiam a vida familiar.
Por fim, que a maneira como líderes extraem sentido de uma situação de crise e atribuem significado pode ser fundamental para resiliência em casa.
A concepção teórica também nos diz que há áreas específicas que constituem a resiliência. Nesse artigo nos referimos a três delas, como segue:
1. A área da ANÁLISE DE CONTEXTO
Líderes que são pais quando mantêm uma abertura para muitos pontos de vista, estilos de vida e percepções diferentes em seus filhos, promovem na família o bom funcionamento no que se refere à resiliência.
Os filhos necessitam aprender tais habilidades com seus pais.
2. A área do AUTOCONTROLE
Uma orientação global para ser bem compreendido e significativo emocionalmente, retirando de cena a insensatez da impulsividade ou dos extremos.
Nos líderes e pais engloba a capacidade de expressar emoções na medida adequada ao se envolverem nos problemas, a fim de que eles pareçam ordenados, previsíveis e acessíveis aos filhos.
3. A área do SENTIDO DE VIDA
É a área que possibilita haver perspectiva confiante face à adversidade. Facilita o Norte para os papéis e interações dentro de uma estrutura flexível (papéis estáveis e compartilhados, negociações abertas, etc.). Devido ao sentido de vida ser notório aos filhos, as fontes de estresse, na rotina de vida, são encaradas como desafios ao sucesso.
Concluiu-se no grupo que a consequência de líderes-pais vivenciarem as áreas da resiliência, como essas mencionadas, é que elas estimulam adaptações psicoemocionais saudáveis a eventos inesperados que afetam fortemente nossas vidas e provocam transformações nas estruturas de famílias inteiras.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como líderes podem vir a ser promotores de resiliência nos próprios filhos? Então entre em contato conosco. Teremos o maior prazer em responder.
(*) George Barbosa – Pedagogo, Mestre e Doutor em Psicologia, Pós-Doutor em “O Coaching psicológico”. Presidente da Sociedade Brasileira de Resiliência (SOBRARE). Facilitador do Núcleo de Estudos em Resiliência da Assoc. Bras. de Recursos Humanos (ABRH-SP).
João Marcos Varella – Psicólogo, Professor convidado na SOBRARE, atua na orientação de empreendedores, na orientação de herdeiros e famílias. Facilitador de Grupos de Resiliência na ABRH-SP.
Monica Barbosa – Consultora em Gestão de Mudanças e DHO e Coach em Resiliência. Psicóloga (PUC-SP), Pós-graduada em Psicologia Social e do Trabalho (Instituto Sedes Sapientae), Psicodramatista (ABPS) e formada em Coaching pela ICI e Especialista em promoção de Resiliência pela SOBRARE. Executiva de Recursos Humanos, mais de 30 de experiência em empresas multinacionais e nacionais. Facilitadora de Grupos de Resiliência na ABRH-SP.
George Barbosa, João Marcos Varella e Monica Barbosa
http://sobrare.com.br/
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