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Como os Hormônios Afetam Seu Bem-Estar: O Guia Completo

Descubra como os hormônios afetam seu bem-estar físico e emocional. Aprenda sobre os principais sintomas de desequilíbrios hormonais e como hábitos saudáveis podem ajudar a manter os hormônios em equilíbrio, promovendo uma vida mais feliz e saudável.

Como os Hormônios Afetam Seu Bem-Estar: O Guia Completo

Como os Hormônios Afetam Seu Bem-Estar: O Guia Completo

A palavra hormona ou hormônio representa uma substância química específica fabricada pelo sistema endócrino ou por neurónios altamente especializados e que funciona como um sinalizador celular. O termo provém do grego ormóni (ὁρμῶν) que significa evocar ou excitar. São liberados na corrente sanguínea e atuam sobre tecidos-alvo, ligando-se a receptores específicos.

Recebo diariamente em meu consultório pacientes em busca de explicações hormonais para suas questões físicas, emocionais e psicológicas, que variam desde depressão, ansiedade, queda de cabelo, acne, ganho de peso até insônia.

É claro que hormônios como estradiol, progesterona e testosterona diminuem sua produção no climatério e na menopausa, sendo as quedas responsáveis por uma série de sintomas que variam desde mudanças de humor, cansaço, esquecimentos, desânimo, baixa libido, pele e unhas secas, mucosas ressecadas, insônia e ganho de peso.

No entanto, há outros hormônios, como os tireoidianos e a prolactina, produzidos pela hipófise, que também têm várias repercussões clínicas em nosso organismo.

Existem ainda outros tipos de hormônios, também bastante estudados e de grande importância nos dias atuais, intensos, modernos e acelerados.

A serotonina é conhecida como o hormônio da felicidade, pois está diretamente ligada à regulação do humor, entre outras funções.

Uma das principais causas da ausência de serotonina no cérebro está relacionada à falta de bons hábitos, como alimentação adequada, momentos de lazer, prática de exercícios físicos, etc. Como esse hormônio nos proporciona a sensação de felicidade e bem-estar, estabelecer hábitos que estimulem isso é fundamental. Neste contexto, a alimentação desempenha um papel determinante, sendo a forma mais fácil de absorver triptofano, substância responsável pela produção de serotonina.

Portanto, aposte em alimentos como carnes e lácteos, e evite uma dieta rica em açúcar e farinhas processadas, que dificultam o funcionamento intestinal e, consequentemente, a absorção de triptofano.

Outro fator que pode interferir nos níveis de serotonina no organismo são altos níveis de estresse, que elevam os índices do hormônio cortisol.

Vale lembrar que a baixa serotonina não é necessariamente um sinal de depressão ou vice-versa. No entanto, baixos níveis desse hormônio estão muitas vezes associados a casos de ansiedade ou depressão.

Por isso, muitas medicações utilizadas para tratar essas condições atuam aumentando a serotonina e regulando seu funcionamento. Em muitos casos, o problema não está na falta dessa substância, mas sim em sua transmissão.

Dessa forma, muitos antidepressivos fazem com que o paciente sinta melhora no humor e diminuição da ansiedade, através da recaptação do hormônio (reabsorção do neurotransmissor para que seja utilizado novamente). Assim, o medicamento aumenta a quantidade de serotonina nos espaços entre os neurônios, permitindo que ela realize seu efeito.

Quando a serotonina está em baixas concentrações, a pessoa tende a sentir o impacto nas áreas em que ela atua, como humor, sono e apetite. Entre os principais sintomas da falta desse hormônio estão irritação, ansiedade e insônia. Outros sintomas que podem surgir incluem: fadiga e cansaço, mau funcionamento do intestino, enxaqueca, alterações no desejo sexual, distúrbios de memória e concentração, e instabilidade emocional de forma geral. Além disso, índices exacerbados de serotonina podem causar sintomas como irritação, agitação, tremores, febre e vermelhidão.

O tratamento para aumentar a serotonina geralmente é feito de duas formas: mudanças de hábitos e/ou uso de medicação, como antidepressivos e suplementos vitamínicos, dependendo do caso.

Nesse sentido, podem ser indicados suplementos vitamínicos — as vitaminas do complexo B, por exemplo, são grandes aliadas na produção de serotonina. Alimentos ricos em triptofano (aminoácido que aumenta a produção de serotonina no sistema nervoso central), como chocolate, carne branca, banana, abacaxi, tomate, leite e seus derivados, e castanha do Pará, também podem ser recomendados.

Além disso:

1. Praticar exercícios:

Não é novidade que os exercícios físicos são benéficos à saúde e podem alterar as concentrações hormonais no corpo, incluindo a serotonina. De forma geral, a prática de atividades físicas é uma das maneiras mais saudáveis de aumentar a produção de serotonina no organismo. Por isso, quando incluímos esse hábito em nossa rotina, é comum sentirmos maior sensação de bem-estar, disposição e felicidade.

2. Tomar sol:

Já ouviu falar sobre pessoas que sofrem de um tipo de depressão sazonal, que as afeta durante os períodos mais frios do ano? Isso pode ocorrer devido à falta de vitamina D, um nutriente importante para a produção de serotonina. Por isso, tomar sol pode ajudar muito a equilibrar os níveis desse hormônio, tão importante para nosso bem-estar.

Entretanto, é preciso tomar cuidado. A exposição solar em excesso ou de forma inadequada pode ser prejudicial. Então, opte sempre por se expor ao sol nos horários seguros: antes das 10h e depois das 16h. Se você mora em uma região onde o clima é mais fechado ou não consegue tomar sol regularmente devido a outras questões, busque a orientação de um médico. Dessa forma, ele poderá indicar uma suplementação de vitamina D, se necessário.

3. Ter momentos de lazer:

Como vimos, a serotonina é responsável, entre outras coisas, pela regulação do humor. Nada melhor para isso do que valorizar momentos de lazer e garantir que façam parte da rotina. Muitas pessoas abdicam de pequenos momentos diários de lazer, como assistir algo que gostam, passar tempo com a família, ter contato com a natureza, relaxar, etc. No entanto, isso pode ser prejudicial ao pleno funcionamento do corpo.

Diferenças entre serotonina, dopamina e noradrenalina

Esses hormônios são neurotransmissores que de alguma forma afetam e interferem nas sensações de bem-estar, prazer e felicidade:

  • Serotonina — regula o sono, apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal, sensibilidade e funções intelectuais;
  • Dopamina — é conhecida como o neurotransmissor do prazer, proporcionando sensação de recompensa, mas também atua nos níveis de atenção, funções motoras, aprendizado, etc;
  • Noradrenalina — está diretamente ligada ao estado de alerta do corpo, sendo sua principal função a manutenção da pressão arterial.

Os hormônios são substâncias que atuam diretamente em nossa sensação de bem-estar e felicidade. No entanto, lembre-se que cultivar bons hábitos pode ser a principal forma de mantê-los em seus níveis normais e possibilitar uma boa qualidade de vida.

O bom funcionamento do nosso organismo requer que nossa fisiologia e bioquímica estejam em pleno funcionamento. No entanto, não podemos esquecer que, para que tudo se encaixe perfeitamente como em uma engrenagem, é preciso haver sintonia entre mente, corpo e espírito. Esse entendimento leva ao conceito de autoconhecimento e à aceitabilidade de cada fase de nossas vidas e suas repercussões nos nossos dias.

A sabedoria que muitas vezes buscamos no mundo exterior e nos livros encontra-se bem aqui, diante dos nossos olhos e debaixo da nossa pele. Basta parar para sentir, ver e ouvir.

Permita-se.

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Quer conversar mais sobre como hormônios afetam seu bem-estar? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.

Prazer, Clarissa!

Clarissa Marini
Ginecologista, Sexóloga & Escritora
CRM 11468-GO
https://www.instagram.com/clamarini/

Confira também: O que te impede de ser feliz?

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Clarissa Marini é ginecologista, sexóloga e escritora. Especialista em Uroginecologia e Reposição Hormonal. Autora de Poetizando o Sexo e Inenarrável. É mãe, poeta e amante da vida. Formada há 17 anos, escuta e ausculta almas e corações de suas pacientes.
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