Sempre fui uma criança tímida, daquelas que morria de medo da professora chamar à frente da sala para uma simples leitura. Eu me escondia dos amigos de meus pais para não ter que dizer oi. Fugia do “olho no olho” por vergonha. Tinha medo de dizer o que eu pensava e, por conta disso, fui uma criança de poucos amigos. Mas como a comunicação não é “dom” e sim “habilidade”, venci todos os desafios e hoje trabalho justamente com ela.
A timidez me perseguiu por muitos anos e o medo de falar em público me tirou algumas oportunidades de crescimento profissional. Resolvi então enfrentar os obstáculos. Percebi que minha maior insegurança vinha da falta de conhecimentos gerais. Cheguei a fazer um curso de teatro para aprender a me soltar e técnica vocal para a dicção. Mas o item mais importante para ultrapassar esta barreira foi a leitura.
Ler muito e ler de tudo nos torna pessoas conscientes, seguras e formadoras de opinião. Através do conhecimento podemos influenciar pessoas a comprarem nossas ideias. E uma vez que você conhece o assunto não há o que temer. Se o hábito da leitura não faz parte da sua rotina é hora de rever o que importa para você. Livros, revistas, jornais, internet, não importa o meio. O que importa é sua autoconfiança na hora de se expor.
Quando você lê, ganha vocabulário além de conhecimento. Além disso, você pode ir treinando a dicção enquanto lê, outro item importante para quem precisa da oratória. Alguns exercícios melhoram a nossa dicção como, por exemplo, trava-língua. Além dos trava-linguas tradicionais você também pode repetir as seguintes sílabas: patacá – badagá – patacá- badagá. Faça várias vezes com rapidez. Depois vá substituindo a vogal até chegar na letra “u”. Quanto mais rápido fizer, mais irá melhorar sua articulação. Faça um teste. Pegue um texto desconhecido. Leia em voz alta pela primeira vez. Depois faça os exercícios, pelo menos 5 minutos, leia novamente. Sinta a diferença.
Não tenha medo de ser quem você é. Na verdade não existe um único molde perfeito de comunicador, o que existe é a individualidade, a essência e a experiência de cada um. É isso que faz a diferença. Se todos fôssemos iguais não teria graça e nem novidades. Quer uma dica? Quem você admira como grande comunicador? Faça desta pessoa seu mentor. Siga seus exemplos. Se ela conseguiu, você também consegue.
Se executar estas dicas, assim como as outras que passei no artigo anterior, você terá caminhado 70% em direção à sua meta que é perder o medo de falar em público. Os outros 30% fazem parte da sua essência, do seu “eu”. Confie em você para que os outros também possam confiar. Você pode! Pode ter certeza.
Participe da Conversa