Como recuperar a Confiança e atuar com Consistência junto ao cliente?
Cris se certificou há três anos como Especialista em Resiliência. Naquela época estava empregada e sonhava com uma promoção na sua área. Desde o início da sua carreira havia trabalhado em TI. Aos 45 anos estava cansada da rotina e considerando seriamente ir para o campo da gestão de pessoas.
Mas antes havia algo a ser feito, e aquele era o melhor momento.
Estava com um bom trabalho, era formada como Coach. Agora se formava em uma inovadora metodologia científica em resiliência. Além disso, em paralelo, também houve o sonho de ser mãe pela segunda vez.
Com isso, ela ficou sete meses longe das atividades profissionais. Por desejar se dedicar mais à filha recém-nascida, sem renunciar às suas formações, então postergou atuar como especialista em resiliência somente no ano seguinte – que é exatamente este ano.
Ocorre que no início deste ano então veio a demissão.
Agora era hora de colocar a sua formação em resiliência, em prática.
Entretanto, diante de um cliente se viu insegura para atuar com consistência por se tratar de uma pessoa que possuía formação no campo das humanas. Além disso, essa pessoa era da diretoria de uma empresa que trabalhava exatamente com o desenvolvimento humano.
A estratégia foi voltar a ter mentoria com os professores da sua escola em resiliência.
Quando nós tivemos contato com ela, constatamos de que a dificuldade maior era, de fato, recuperar o conhecimento de cada uma das oito áreas da resiliência e alinhar esse conhecimento com as necessidades da pessoa com quem estava trabalhando. Por isso, mesmo passamos a debater sobre cada uma dessas áreas.
Aqui vamos comentar duas em particular que muito nos dedicamos para a Cris recuperar sua confiança para atuar com consistência junto ao cliente, a saber:
A primeira delas foi o AUTOCONTROLE.
No relatório do assessment de resiliência disponibilizado para ela (QUEST_Resiliência), constatamos características de intolerância quando diante de uma circunstância permeada por stress.
Vimos que, frequentemente, tal característica colocava o cliente em uma posição de vulnerabilidade. Havia na sua forma de atuar uma clara tendência comportamental explosiva. Era conhecido na empresa com agressividade e ansiedade altamente preocupante.
Nos nossos encontros de mentoria, estudamos as convicções mais comuns para esse padrão de respostas no assessment como: “Não vou me apresentar em uma condição vulnerável. Isso não suportarei. Tenho que me defender”.
Essa maneira de raciocinar desencadeava uma reação de ataque para se defender, em geral, com uma agressividade desproporcional acompanhada de intolerância a todos que estivessem de algum modo envolvidos com a situação. O risco maior que se vislumbrou foi de ele tomar decisões com base em julgamentos emocionais equivocados prejudicando assim os colegas de trabalho e a empresa.
Para a nossa Especialista em Resiliência a clareza desse modo de funcionamento inadequado e desse agressivo estilo de liderança no cliente, deu a ela a exata noção da urgente necessidade de investimentos no equilíbrio emocional do seu cliente, e a percepção dos riscos que ele acarretava para todos. Além disso, é claro, o alto prejuízo para a resiliência na própria vida pessoal dele.
Outra área que dedicamos tempo para compreender melhor foi a ANÁLISE DE CONTEXTO.
De acordo com as nossas observações sobre as respostas relacionadas com essa competência, identificamos que denotavam uma propensão de apresentar certa passividade face às situações de stress. Essa leve alteração no decorrer dos anos gerou um modo de funcionar a partir da desatenção na leitura e exame do ambiente.
Com certeza percebemos que possuía uma boa capacidade de reflexão sobre o que se passava no ambiente, o que podia ser uma fonte de proteção para ele e para o seu time. Contudo, a tendência era a de se manter disperso e distante dos desafios, o que diminuía a sua capacidade de contribuir para o grupo com efetividade e assertividade.
Também levantamos a hipótese de haver leve prejuízo na sua capacidade de ser flexível para fazer a coisa certa para a situação, por valorizar além do necessário as rotinas e as regras.
A relativa dificuldade em ler o ambiente com uma aprimorada percepção de detalhes e exata interpretação dos significados da realidade pode, de fato, favorecer o surgimento de receios, desconhecimento sobre temas específicos e o possível afastamento dos enfrentamentos necessários. Tal condição estava sendo prejudicial à sua capacidade de resiliência.
Pois foi a partir dessa nova perspectiva que a nossa especialista em resiliência foi se encontrar com o seu cliente. Aos poucos foi tendo abertura e possibilidades de trabalhar as habilidades, de ler pistas e sinais no ambiente, tão importantes para lideranças envolvidas em mudanças e desenvolvimento.
Nos encontros seguintes que tivemos, ela rapidamente recuperou a sua confiança e viu-se em condições de atuar sozinha com consistência junto aos novos clientes.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como recuperar a sua confiança para atuar com consistência? Entre em contato conosco. Teremos muito prazer em responder.
Até outro artigo!
Professores da Formação de Especialista na promoção de Resiliência
http://sobrare.com.br/
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