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Como se Libertar das Prisões Emocionais (parte II de II)

As prisões mentais são algo que aprendemos de alguma forma e está dentro de nós, mas não faz parte da Vida, por isso precisamos desenvolver nossa Sabedoria para não sermos governados por elas.

Como se Libertar das Prisões Emocionais (parte II de II)

Como se Libertar das Prisões Emocionais e Mentais (parte II de II)

Dando continuidade ao artigo publicado anteriormente, hoje vamos à parte II. Caso não tenha lido, então acesse: Como se Libertar das Prisões Emocionais e Mentais (parte I)

Ao mesmo tempo em que estamos presos nesse “gosto” (de querer ter), existe o que a gente “não gosta”. E quando estamos inclinados para esse “não gosto”, há o mal-estar, desagradabilidade, existe uma aversão, aí vem expressões do tipo: “que coisa chata”, “que raiva”, “que ódio”… Às vezes, surge o medo de algo que ainda não vivenciamos, porque pensamos que, quando realmente acontecer, não vamos nos sentir bem. Ou, então, um aborrecimento, porque determinada pessoa, considerada por nós como “chata”, chega perto de nós.  Isso gera agressão, uma forma de não vivermos a aversão, pois nos sentimos mal e buscamos somente as coisas que nos fazem feliz. Queremos nos livrar do sofrimento, então as pessoas têm essa agressão, uma “gana”, uma raiva, uma indignação.  Há muitas emoções perturbadoras que surgem desse não gostar.

Essa ignorância gera o que a gente gosta e não gosta, apego e aversão, bem como obtusidade, indiferença, estupidez. Uma pessoa imbecil é uma pessoa grosseira, rude e, quase sempre, extremamente egoísta. Ela só pensa em si, “eu e o meu ego”, “eu sou o máximo”. É uma pessoa que não tem nenhuma compaixão pela Vida, por si e pelos outros seres. A pessoa vive um ego enorme, e começa a fazer essas construções mentais.

Tudo isso é o que definimos como prisões mentais, edificadas pela nossa mente. É algo que aprendemos de alguma forma, está dentro de nós, mas não faz parte da Vida, é algo condicionado dentro de nós, um costume, um hábito, não é normal da Vida, já que existe o bem-estar sem nenhum apego e aversão.

Temos que começar a investigar esses olhares para desenvolvermos nossa Sabedoria e não sermos governados por essa prisão mental do gosto e não gosto, do apego e da aversão. Eu posso começar a observar como essa dicotomia age dentro de mim, e aí eu começo a treinar para que isso não me governe mais. Assim, começamos a nos livrar dessas inúmeras emoções que acabam prejudicando nossa vida.

Observar as emoções significa percebê-las e compreendê-las quando surgem em nossa mente.

Desse modo, estaremos observando-as “de fora”. Essa iniciativa permite identificarmos a origem dessas emoções e de onde advêm o apego, a ignorância, a aversão. É um modo eficiente para neutralizar, por exemplo, a ação do apego. Além disso, contribui para que não nos liguemos a tais emoções, que quando compreendidas tendem a desaparecer, deixando-nos livres de seus efeitos perturbadores. Com esse exercício mental, você consegue acessar o estado livre, feliz e pleno, sem obstruções. Todos nós temos uma plenitude, basta treinarmos nossa mente para acessá-la de forma assertiva.

Todos nós temos uma felicidade natural, que só pode ser vivida  no momento presente.

Quando vivemos no aqui e agora, as emoções perturbadoras não têm mais poder sobre nós. Eu mesmo já fui uma pessoa muito “estourada”, mas adquiri o hábito de treinar minha mente e meditar até que pude perceber de onde e como surgem esses mecanismos que levam a emoções perturbadoras. Hoje eu sei lidar com isso, mesmo que eu sinta raiva, ela não me domina mais, eu identifico a sua origem e, assim, desaparece de minha mente.

Quando você sentir raiva, observe-a, olhe para ela e fale com ela. Diga a raiva que ela não exerce poder sobre você. Perceba o quanto essa raiva está vinculada a um apego, uma aversão ou um ego inflado. Assim, você está treinando para não viver em função nem dos desejos e nem dos apegos. Claro, podemos ter desejos disso, daquilo, mas não se apegue a eles.

Você pode planejar, almejar, dar uma direção aos seus projetos e sonhos, mas não se apegue.

Procure viver o momento presente em sua plenitude e permita que o fluxo da Vida também exerça a sua graça e força sobre você e seus sonhos.

Quando você age dessa maneira, você alcançou o primeiro estágio da Sabedoria e não é mais arrastado pelos mecanismos mentais, você começa a ter um estado livre, começa a viver uma liberdade interior. Isso é o que também chamamos de caminho espiritual, a libertação desses extremos de emoções mentais.

Observe este outro exemplo. Você está caminhando por uma rua onde tem um mau cheiro, um cheiro forte de esgoto, por exemplo. Você tem duas opções: pode ficar muito irritado e chateado, com raiva até, ou então você sente aquela desagradabilidade, mas ela não te governa mais. E você sai do local sem se perturbar com a situação. Neste caso, você experimentou um estado de liberdade. Ficou claro como a profusão de emoções e conceitos negativos nos tiram desse estado de liberdade.

Por meio do autoconhecimento, a Sabedoria transcendental vai se estabelecendo, ela emerge quando você se conhece, entende seus mecanismos mentais, ou seja, exercita, de certo modo, sua inteligência emocional. Não permita que o gosto e não gosto governe sua Vida. As emoções vêm e vão, não se agarre a nenhuma delas.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como se libertar das prisões emocionais e mentais? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Marcos Wunderlich 
https://holos.org.br

Confira também: Como se Libertar das Prisões Emocionais (parte I de II)

 

Marcos Wunderlich é Empresário e Presidente Executivo do Instituto Holos. Pioneiro do Coaching e Mentoring no Brasil, é referência nacional em Formação e Instrumentação de Mentores e Coaches no Brasil com abordagem holossistêmica e complexa, tem mais de 30 anos de experiência profissional. Consultor, palestrante, Master Coach e Mentor de Executivos. Mentalizador do Sistema ISOR® um conjunto instrumental científico-pedagógico de Desenvolvimento de Pessoas e Organizações com base na moderna ciência e neurociência, na milenar sabedoria humana e nas inovações da administração. Filiado ao ICF – International Coach Federation. Consultor CMC – Certified Management Consultant credenciado pelo IBCO – Instituto Brasileiro de Consultores de Organização em convênio com o ICMCI – International Council of Management Consulting Institutes. Formado e pós-graduado na área tecnológica, tem várias formações no campo da Gestão e Humanidades,
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